DCI - 12/09/2011 – 00:00
São Paulo - A Caixa Econômica Federal aumentou a faixa de renda familiar máxima para compra de imóveis usados e novos, incluindo aqueles que participam do "Minha Casa, Minha Vida", e para aquisição de terrenos e material de construção, pelo sistema de carta de crédito, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que cobra juros de até 8,16% ao ano mais a variação da taxa referencial (TR).
A renda máxima, que antes era de R$ 3.900, passa a ser de R$ 5.400. Para os participantes do "Minha Casa, Minha Vida", a renda foi ampliada para R$ 5 mil.
O aumento é válido dentro dos municípios integrantes da região metropolitana ou equivalente dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, além dos municípios-sede de capitais estaduais, ou municípios com população igual ou superior a 250 mil habitantes.
A Caixa também aumentou o valor máximo dos imóveis novos ou usados e de terrenos que podem ser financiados pela Carta de Crédito FGTS. Os consumidores passam a poder adquirir imóveis ou terrenos avaliados em até R$ 170 mil no Distrito Federal ou em municípios integrantes das regiões metropolitanas ou equivalentes dos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Para os municípios de população igual ou superior a 1 milhão de habitantes ou em municípios-sede de capitais estaduais, o valor máximo dos imóveis passa para R$ 150 mil.
Também houve mudança do valor máximo dos imóveis dos municípios com população igual ou superior a 250 mil habitantes ou municípios integrantes de regiões metropolitanas ou equivalentes, inclusive dos integrantes da Região Integrada do Distrito Federal e Entorno (Ride-DF ), que agora é de R$ 130 mil.
No municípios de população igual ou superior a 50 mil habitantes, o valor máximo dos imóveis passa a ser de R$ 100 mil.
Demanda maior
A decisão vem em um momento de crescimento da procura por crédito pelos consumidores. Depois de dois meses de queda, a quantidade de pessoas que procuraram crédito avançou 8% em agosto ante julho, de acordo com pesquisa divulgada na sexta-feira pela Serasa Experian. Em julho e em junho, a demanda do consumidor por crédito havia caído 1,2% e 3,0%, respectivamente, na comparação em bases mensais.
Já na comparação entre agosto de 2011 com o mesmo mês do ano passado, a demanda do consumidor por crédito aumentou 14%, enquanto no acumulado do ano (janeiro a agosto), a busca foi 13,1% superior à verificada no mesmo período do ano passado.
Na avaliação da Serasa Experian, a maior procura do consumidor por crédito em agosto está relacionada às vendas para o Dia dos Pais e ao maior número de dias úteis do mês (foram 23 em agosto, 21 em julho). No entanto, a entidade estima que, se for mantido esse ritmo de crescimento do indicador, ele deve terminar o ano com uma expansão inferior à de 2010, quando registrou elevação de 16,4%.
O aumento da procura por crédito em agosto ante julho foi verificado entre consumidores de todas as faixas de renda analisadas pela Serasa Experian. No período, a maior expansão foi registrada entre pessoas mais pobres, com renda mensal de até R$ 500: alta de 12,4%. Na sequência, aparecem consumidores com renda entre R$ 500 e R$ 1 mil (9,0%), de R$ 1 mil a R$ 2 mil (7,0%), de mais de R$ 10 mil (6,1%), de R$ 2 mil a R$ 5 mil (5,7%) e de R$ 5 mil a R$ 10 mil (5,1%).
No mesmo período, foi registrado aumento da demanda por crédito de consumidores de todas as regiões do País. A maior alta na procura foi na Região Nordeste (20,3%), seguida por Norte (12,7%), Centro-Oeste (10,6%), Sul (6,6%) e Sudeste (3,8%).
Taxas estáveis
Uma redução fixada por um único banco determinou a leve queda de 0,01 ponto percentual da taxa média dos juros cobrados em empréstimo pessoal no mês de setembro, segundo pesquisa da Fundação Procon de São Paulo, divulgada na sexta-feira. Este é o primeiro levantamento após a redução de 0,50 ponto percentual da taxa Selic, decidida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira da semana passada, que passou de 12,5% para 12% ao ano.
A taxa média do empréstimo pessoal ficou em 5,86% ao mês, influenciada pela redução da cobrança do banco Safra, de 5,50% para 5,40% ao mês. A taxa média do cheque especial também apresentou variação de 0,01 ponto percentual, mas no sentido inverso: passou de 9,56% ao mês em agosto para 9,57% em setembro.
A taxa média para o empréstimo pessoal de 12 meses teve em agosto a primeira, embora tímida, queda, após dois meses seguidos de alta. O Bradesco foi o único banco que reajustou para cima sua cobrança, de 6,34% para 6,37% ao mês. A maior taxa cobrada em setembro é a do banco Itaú (6,45% ao mês), e a menor, do Banco do Brasil (5,39%). O Bradesco também foi o único banco pesquisado pelo Procon-SP que elevou a taxa do cheque especial - passou de 8,91% ao mês em agosto para 8,95% em setembro.
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