quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Novo Plano Diretor pode encarecer imóveis

A pauta das preocupações do setor é extensa e foi exposta ao secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco, no dia 3 de setembro


Novo Plano Diretor pode encarecer imóveis 
 
Simulações feitas pelo Sindicato mostram significativo aumento das outorgas onerosas
Dia 3/9, na sede do Secovi-SP, foi realizada reunião participativa para análise e discussões sobre a proposta de revisão do Plano Diretor Estratégico da cidade de São Paulo, em finalização pelo Executivo municipal.
Mais de 200 empresários do setor imobiliário participaram da oficina, que contou com a presença do secretário de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco, que fez a apresentação dos dois eixos estratégicos sobre o qual a revisão se baseia, considerando especialmente a questão da mobilidade. Também presente, o diretor do Departamento de Urbanismo daquela secretaria, Kazuo Nakano.
O secretário falou, ainda, dos instrumentos que deverão ser empregados, como as Operações Urbanas e outros tipos de contrapartida, caso da outorga onerosa, que permite elevar o coeficiente de aproveitamento do solo mediante pagamento ao poder público. “A lógica é uma associação entre a rede de transportes e a priorização da produção imobiliária ao longo dessa rede”, disse.
A pauta das preocupações do setor é extensa. “Temos dúvidas em relação à previsibilidade e à segurança jurídica, às contrapartidas financeiras, aos novos índices de aproveitamento do solo, à questão do limite de área não computável para vagas de garagem e sobre os modelos propostos para a produção de habitações nas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS)”, afirma o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes.
Simulações feitas pelo Sindicato mostram significativo aumento entre o atual patamar de custo das outorgas onerosas em comparação com o que propõe o novo PDE. Conforme a região, o valor pode ser até 25 vezes maior. Isso chega a representar no preço final do imóvel um aumento de 60 a 70%.
“Somos os primeiros a defender melhor qualidade de vida. Mas também defendemos a viabilidade do mercado. Quem vai pagar esse aumento são os paulistanos que, precisando morar, vão buscar unidades mais baratas no Grande ABCD e imediações, piorando a mobilidade, pois o emprego continuará aqui. Assim, a meta de arrecadação da Prefeitura não será atingida, pois as empresas do setor irão para localidades onde seja possível empreender. Felizmente, o secretário Mello Franco se mostrou sensível às ponderações feitas. Afinal, se viver na cidade é um direito de todos, elitizá-la tirando do mercado a possibilidade de oferecer habitações a preços compatíveis com o poder aquisitivo, sem dúvida rompe esse direito”, conclui Bernardes.

Fonte: Secovi

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Imóvel de 1 quarto é mais popular que o de 3 quartos em SP

Conheça o perfil de quem procura imóveis de um quarto, tipo cada vez mais popular na cidade de São Paulo

São Paulo – Os apartamentos de apenas um dormitório estão cada vez mais populares na cidade de São Paulo. De acordo com o balanço do primeiro semestre do mercado imobiliário paulistano, publicado pelo Secovi-SP, os imóveis de um quarto ficaram em segundo lugar tanto entre os mais lançados quanto entre os mais vendidos, superando os apartamentos de três quartos. A mudança no estilo de vida da população é um dos fatores que explicam esse boom, mas os investidores também ficam de olho nessas unidades.
Segundo o boletim do Secovi-SP, foram lançadas 3.600 unidades de um dormitório na cidade de São Paulo no primeiro semestre, quantidade que perde apenas para as 5.700 unidades de dois quartos lançadas no período. Em terceiro lugar vieram os imóveis de três quartos, com 3.300 unidades lançadas.
A procura dos compradores também é grande. Foram vendidas 4.100 unidades de um quarto no primeiro semestre, perdendo apenas para as 7.800 unidades de dois quartos vendidas no período. De imóveis de três quartos foram vendidas 3.800 unidades.
Quem são os compradores?

Segundo Stefan Neuding Neto, vice-presidente executivo da Stan Desenvolvimento Imobiliário, incorporadora que costuma desenvolver empreendimentos com unidades compactas, quem procura esse tipo de imóvel são basicamente três tipos de compradores: os investidores, que pretendem auferir renda com o aluguel da unidade; os casais sem filhos que compram seu primeiro imóvel; e os solteiros e divorciados que buscam viver sozinhos.
Para quem compra para alugar, como investimento, o apartamento de um quarto é, atualmente, o que oferece o melhor retorno, considerando-se o custo do investimento. Segundo dados do Índice FipeZap, o retorno com aluguel dos imóveis de um quarto na cidade de São Paulo estava, em agosto, em 0,50% ao mês, contra 0,47% dos de dois quartos e 0,44% dos de três ou mais quartos. Lembrando que essa rentabilidade é corrigida anualmente pela inflação.
Do lado de quem compra para morar, os apartamentos de um quarto acabam servindo a uma nova face da população brasileira: as famílias que encolheram, o maior número de idosos (viúvos ou cujos filhos já saíram de casa) e o crescente número de pessoas que vivem sozinhas.
A boa localização dos novos empreendimentos é um dos apelos. Há inclusive quem compre apartamento de dois quartos para transformar em um imóvel de um quarto só. De acordo com Neuding, muitas vezes os casais que compram o primeiro imóvel preferem ter uma sala maior, e fazem essa conversão. Sua ideia é que o imóvel volte a ser um dois quartos quando o primeiro filho chegar. “Assim o imóvel dura mais. Se a ideia for vendê-lo, o de dois quartos tem maior liquidez”, diz Neuding.
Outro possível atrativo é o preço. Apesar de ter o metro quadrado mais caro que as unidades de mais quartos, os apartamentos de um dormitório são compactos, e muitas vezes têm preços unitários mais em conta.
Segundo o Secovi-SP, a área útil média dos imóveis de um quarto em São Paulo caiu 22% de 2004 para 2013, de 52,4 metros quadrados para 40,7 metros quadrados. Os de dois e três quartos permaneceram praticamente com a mesma área útil média: de 60,6 para 59,6 metros quadrados no caso dos imóveis de dois dormitórios, e de 90,2 para 91,2 metros quadrados, no caso dos de três dormitórios.
Segmento de luxo desponta

Mas a média dos preços unitários dos apartamentos de um quarto no primeiro semestre foi maior que a média de preços dos apartamentos de dois quartos. De acordo com Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), isso se deve a uma recente onda de lançamentos de imóveis de um quarto para o segmento de luxo, o que puxa os preços para cima.
Pompéia explica que os lançamentos desse tipo de imóvel vêm ocorrendo de 2007 para cá, pressionando o preço do metro quadrado das unidades de um dormitório. Os imóveis de um quarto voltados para o segmento de luxo são invariavelmente bem localizados, mas nem sempre são compactos, o que também contribui para puxar o preço total da unidade para cima.
O diretor da Embraesp cita o exemplo de um lançamento na Vila Madalena, Zona Oeste, com um dormitório e área útil de 127,30 metros quadrados, por quase 2 milhões de reais a unidade. “Trata-se de uma grande suíte e uma área social ampla para receber visitas”, explica Pompéia.
O contraste com os imóveis de dois quartos se deve ao fato este produto ser mais voltado para a classe média, enquanto que os apartamentos de um quarto de médio e alto padrão são voltados para o público de alta renda. “Na minha opinião, esse nicho do alto padrão ainda vai oferecer boas oportunidades durante algum tempo. Embora a oferta venha aumentando, os lançamentos desse tipo de imóvel ainda são poucos frente à demanda”, diz Pompéia.
Ainda há boa demanda

Mas, para Pompéia, o mercado é promissor não só para os imóveis de luxo, como para os apartamentos de um quarto como um todo. Ele explica que além do segmento de alto padrão, o segmento médio e o popular (os substitutos das quitinetes) também assistem a alta demanda e escassez de oferta, embora haja lançamentos em todas as faixas e por toda a cidade de São Paulo.
“O imóvel de um quarto é um produto procurado por todas as fatias de público. Acredito que ainda haverá uma boa demanda, mesmo fora do segmento de luxo, e até em locais com perfil mais popular. Por enquanto não vislumbro superoferta desse tipo de imóvel na cidade de São Paulo”, observa Luiz Paulo Pompéia.

Fonte: 
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Lucro da Eztec sobe mais de 70%, apoiado em vendas e execução de obras Comente

RIO DE JANEIRO, 12 Ago (Reuters) - A construtora e incorporadora Eztec registrou um avanço de mais de 70 por cento no lucro líquido do segundo trimestre, apoiada em maior velocidade de vendas e execução de obras.
O lucro foi de 136,4 milhões de reais entre abril e junho, ante 80 milhões de reais no mesmo período de 2012, informou a companhia nesta segunda-feira.
"O maior volume de lançamentos com maior volume de vendas foram indicadores muito fortes. Isso impacta em maior reconhecimento de receita", disse o diretor financeiro e de relações com investidores, Emílio Fugazza.
Segundo ele, a companhia encerrou o trimestre com 32 obras em andamento, o que também implica em um maior reconhecimento de receitas, com uma diluição das despesas administrativas e comerciais e um resultado financeiro menor.
O cenário macroeconômico adverso não afetou as vendas da companhia no trimestre, de acordo com o executivo, que também não vê maior impacto nos próximos meses.
"As notícias ruins não batem com o cenário que estamos vivendo", afirmou Fugazza.
As vendas contratadas, líquidas de distratos e corretagem, atingiram 363 milhões no segundo trimestre, alta de 141,6 por cento na comparação anual. A venda de estoques representou 55 por cento do total no trimestre, informou a Eztec.
Os lançamentos de abril a junho foram de 431,8 milhões de reais, 116 por cento maior do que o resultado um ano antes, chegando a 1,288 bilhão de reais no semestre.
O montante de janeiro a junho representa 55,7 por cento do ponto médio da meta de lançamentos para o ano, de 1,2 bilhão a 1,4 bilhão de reais. Assim, a receita líquida da Eztec cresceu 75 por cento, a 275,6 milhões de reais.
No trimestre, o cancelamento de vendas cresceu 102,4 por cento, a 15,2 milhões de reais, devido a um maior número de entrega de obras no período em relação ao ano passado, segundo o executivo.
"A relação dos cancelamentos sobre a receita representou pouco menos que 5 por cento no semestre. Esse percentual não vai subir dos 5 por cento (no ano)", afirmou Fugazza.
A companhia encerrou o trimestre com Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de 133 milhões de reais, avanço anual de 77,6 por cento. A margem Ebitda foi de 48,3 por cento, ante 47,6 por cento no segundo trimestre de 2012.
LANÇAMENTOS NO 2o SEMESTRE
Depois de lançar, em julho, a segunda fase de imóvel comercial em Osasco com valor geral de vendas (VGV) de 33,6 milhões de reais, a Eztec pretende lançar 560 milhões de reais no estado de São Paulo até o final do ano.
Até setembro, está previsto o lançamento de dois empreendimentos residenciais em São Paulo e Santos, com VGV de 200 milhões de reais, além de outros 300 milhões de reais em um imóvel em Guarulhos, previsto para o quarto trimestre.
Há, ainda, planos para o lançamento de imóvel comercial em São Paulo, de 60 milhões de reais, também para os últimos três meses do ano, disse Fugazza.
(Por Juliana Schincariol da Reuters)