quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Refinanciamento de imóvel

Diversos bancos oferecem o refinanciamento, mas geralmente apenas aos clientes de alta renda ou então para tentar "salvar" outro empréstimo com altíssimo risco de inadimplência concedido pela própria instituição. O refinanciamento de imóvel é o que possibilita ao cliente bancário levantar o maior volume de recursos. Os bancos costumam liberar até 50% do valor do imóvel. Isso quer dizer que alguém que tenha uma casa avaliada em R$ 400 mil vai conseguir a liberação de até R$ 200 mil dando o imóvel em garantia do empréstimo.

É importante lembrar que nem sempre esse cliente vai conseguir os R$ 200 mil porque há outro fator que limita o teto do refinanciamento: o comprometimento da renda. Os bancos vão liberar um crédito com parcelas de pagamento mensais que correspondam a no máximo 30% da renda bruta do tomador - mas esse percentual cai caso ele tenha também outras dívidas contratadas que não sejam quitadas com essa operação. Nesse limite, no entanto, pode ser possível compor renda com familiares. Então imagine que alguém ganha R$ 10 mil por mês e tem uma esposa que ganha outros R$ 10 mil. Se essas duas pessoas comprarem um imóvel juntos e não têm outras dívidas, o limite de comprometimento da renda com as prestações do empréstimo será igual a 30% de R$ 20 mil - ou seja, as prestações mensais do financiamento poderão ser de até R$ 6 mil. Caso esse mesmo casal tenha outra dívida com prestação mensal de R$ 1 mil, aí o limite da parcela do refinanciamento cai para R$ 5 mil.
Refinanciamento de casa
Os juros cobrados nesse tipo de empréstimo serão a partir de 1,05% ao mês + correção pelo IGP-M. Os prazos de pagamento costumam variar entre 1 e 30 anos - empréstimos mais longos podem ter uma parcela mensal de pagamento mais baixa, mas com pagamento de juros por muito mais tempo. Ao dar seu próprio imóvel em garantia do empréstimo, a pessoa pode tomar do banco a partir de R$ 30 mil. A operação, no entanto, tem alguns custos. Será necessário pagar IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 1,88% calculado sobre o valor total do empréstimo e pago no momento em que o crédito é liberado - o imposto só não será cobrado quando o dinheiro emprestado servir para a reforma de um imóvel residencial, sendo necessário apresentar o orçamento e o cronograma das obras assinado por um engenheiro. O FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) não pode ser utilizado para abater o saldo devedor nesse tipo de operação, mas o imóvel pode estar alugado a um terceiro - isso, inclusive, ajuda a compor a renda do tomador do empréstimo.

Também pode ser necessário pagar no momento da contratação da operação uma taxa de análise de crédito e uma taxa de avaliação do imóvel e arcar com dois seguros: um de danos físicos ao imóvel e outro para morte ou invalidez permanente do tomador. Por último, será necessário pagar os custos do cartório, já que o imóvel será alienado em nome do banco - o que ficará registrado na matrícula da propriedade. Por isso, para saber o custo real de um refinanciamento, preste sempre atenção ao CET (custo efetivo total) do empréstimo, uma taxa percentual que engloba todos os custos da operação, e não apenas os juros.

A parte operacional do refinanciamento é um pouco longa. Quem tem o pedido de crédito aprovado pelo banco terá de preencher uma ficha com dados pessoais e do imóvel. Será necessário entregar documentos como cópias de CPF e RG, comprovante de endereço, comprovante de renda, últimos holerites, escritura e matrícula atualizada do imóvel, certidão negativa de débitos com o condomínio e comprovante de que não há dívidas de IPTU, entre outros. Em seguida, o banco vai contratar uma empresa de avaliação para se certificar de que o imóvel vale mesmo tanto quanto o cliente declarou.

Se tudo der certo, o processo entra na fase de formalização, com a assinatura do contrato de empréstimo, o registro da operação em cartório e, por fim, a liberação do dinheiro. Quando o cliente toma dinheiro emprestado também para pagar outras dívidas, uma parte dos recursos será depositada diretamente na conta do credor inicial e o restante vai para o bolso do cliente. O processo todo demora no mínimo 30 dias e só depois o dinheiro é liberado - mas lembre-se que pode haver uma demora adicional caso o próprio cliente demore em levantar a documentação necessária ou o cartório não forneça toda a papelada rapidamente.

Justiça barra aumento de IPTU em São Paulo

O Tribunal de Justiça decidiu barrar nesta quarta-feira (11) o reajuste do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). A lei que estabelece o aumento de até 20% no IPTU para residências e até 35% para comércio e indústria em 2014 foi sancionada pelo prefeito Fernando Haddad (PT) no dia 6 deste mês.

CLIQUE NA IMAGEM E VEJA O AUMENTO PREVISTO PELA LEI PARA CADA BAIRRO

  • Arte/UOL
Por maioria de votos, os desembargadores que integram o Órgão Especial do TJ-SP concederam liminar que suspende a eficácia da lei.
 
O relator da matéria, o desembargador Péricles Piza, votou pelo deferimento do pedido de liminar. Segundo ele, a não aplicação da lei até que o mérito da questão seja julgado "não afetará o equilíbrio fiscal" da prefeitura. 
 
Durante a sessão, o procurador-geral do município, Celso Augusto Coccaro Filho, solicitou que a prefeitura pudesse se manifestar em plenário antes da votação "diante da gravidade da medida", mas o pedido foi rejeitado pela maioria dos desembargadores.
 
No mês passado, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o diretório estadual do PSDB ingressaram com duas Adins (Ação Direta de Inconstitucionalidade) para tentar barrar o reajuste do imposto.
 
Segundo o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, "não é razoável aumentar um imposto acima dos ganhos de renda da população, assim como não é razoável usar critérios para reavaliar os imóveis que não foram discutidos e, portanto, são obscuros".
 
O PSDB argumentou que o aumento do imposto fere o princípio da razoabilidade por usar índices muito superiores ao da inflação do período.
 

Batalha jurídicaO reajuste do IPTU tem sido alvo de uma batalha jurídica. No dia 4 de novembro, uma ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério Público Estadual, que questionou a legalidade da aprovação do projeto de lei. No dia seguinte, o juiz Emílio Migliano Neto, da 7ª Vara da Fazenda Pública,concedeu liminar para barrar a sanção do projeto aprovado na Câmara Municipal.


Mesmo assim, a sanção da lei foi publicada no "Diário Oficial da Cidade". O mesmo juiz, então, emitiu outra liminar reafirmando a decisão e depois rejeitou pedido de Haddad para que reconsiderasse a suspensão do aumento. No dia 13 do mês passado, a prefeitura conseguiu derrubar a liminar na Justiça. 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Paulistas compram em média 1,8 imóvel ao longo de suas vidas

Estudo mostra que a idade tem íntima relação com o potencial de compra; pessoas com mais de 50 anos é que atingem mais essa marca
Paulistas compram, em média, 1,8 imóvel durante a vida, segundo estudo realizado pela área de inteligência de mercado da Lopes, empresa que atua em consultoria e intermediação imobiliária do país.
De acordo com o levantamento, mais de 70% dos residentes da região metropolitana de São Paulo, acima dos 40 anos, que procuram um imóvel para comprar, já residem em imóveis próprios.
Apenas 10% dos paulistas com até 29 anos já compraram seu primeiro imóvel (Foto: Banco de Imagens / Think Stock)
O estudo ainda mostra que a idade tem íntima relação com o potencial de compra. Isso porque os compradores com mais de 50 anos é que atingem mais essa marca.
Para se ter uma ideia, apenas 10% dos paulistas com até 29 anos já compraram seu primeiro imóvel, enquanto 86% não adquiriram nenhum. Ainda nessa faixa de idade, 65% residem com os pais ou familiares e a maioria (59%) em casas.
Enquanto isso, a maioria dos entrevistados, a partir dos 30 anos, reside em imóvel próprio, sendo que 43% estão entre 30 e 39 anos; 72% entre 40 e 49 anos; e 86% acima de 50 anos.
Outro ponto destacado pela pesquisa foi a preferência pela moradia em apartamentos, a partir dos 30 anos.
A pesquisa foi realizada com uma amostra de 1.199 pessoas, em setembro de 2012.

Gafisa conclui venda de 70% do Alphaville

A incorporadora Gafisa chegou à etapa final de seu processo de reestruturação iniciado há dois anos, com a conclusão da venda de 70% da Alphaville para os fundos de investimento Pátria e Blackstone.
Com os recursos da venda, que avaliou a unidade em R$ 2 bilhões, a Gafisa reduzirá seu endividamento, pagará remuneração a acionistas e fará uma recompra de ações de Tenda.
O lucro esperado da transação, líquido de impostos e despesas relacionadas, é de aproximadamente R$ 458,6 milhões, segundo a companhia.
"A entrada desses recursos vai permitir à Gafisa alcançar uma estrutura de capital saudável, adequado para sua operação", disse no documento enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A empresa pretende usar pelo menos R$ 700 milhões para o pagamento de dívidas corporativas com vencimento nos próximos 12 meses, um montante que representa cerca de 70% de seu endividamento corporativo até dezembro de 2014.
Com a operação, a Gafisa será beneficiada com a otimização de seu perfil financeiro, redução das despesas financeiras e alongamento do prazo médio da dívida.
Outra parcela dos recursos será utilizada como remuneração a acionistas, cujas estimativas iniciais apontam para uma de distribuição de cerca de R$ 100 milhões.
O programa de recompra está condicionado à manutenção da dívida líquida consolidada da Gafisa em um nível igual ou inferior a 60 por cento de seu patrimônio líquido.
Nos últimos dois anos, a companhia estava preocupada em trazer capital de volta, estabilizar a operação do ponto de vista de eficiência, concentrada nas operações das unidades Gafisa e Tenda, depois de ter suspendido temporariamente os lançamentos da unidade de baixa renda.
"A conclusão dessa operação marca o processo final de execução do plano estratégico da companhia", disse a Gafisa.
A venda do controle da Alphaville, sua unidade de loteamento urbano de alto padrão, foi anunciada em junho.
Os recursos provenientes da transação, após os ajustes previstos no contrato totalizam R$ 1,54 bilhão, sendo R$ 1,25 bilhão mediante o pagamento do fundo AE, sociedade entre Pátria e Blackstone. Outros R$ 290 milhões foram recebidos por meio de dividendos distribuídos pela Alphaville.