sexta-feira, 13 de julho de 2012

Imóvel usado em São Paulo tem preço cinco vezes acima da inflação

Os preços dos imóveis usados subiram 25,98% na cidade de São Paulo entre junho de 2011 e maio de 2012, aumento que representa cinco vezes a inflação oficial do período, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Os dados fazem parte de uma pesquisa de preços divulgada nesta quarta-feira (11) pelo Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo). A maioria dos imóveis negociados na cidade de São Paulo em maio tinha valor maior que R$ 200 mil — três em cada quatro tinham esse perfil. Os descontos obtidos pelos compradores sobre o preço original de venda variaram de 4,33% em média em bairros como Aclimação, Pinheiros, Paraíso e Vila Madalena, até 9,3% em bairros como Moema, Ibirapuera, Perdizes e Itaim Bibi. A pesquisa, que leva em conta os negócios fechados por 448 imobiliárias da capital paulista, mostrou ainda que as vendas recuaram 19,1% na passagem de abril para maio. Entre janeiro e maio deste ano, as vendas de imóveis usados acumulam queda de 16,21% na cidade de São Paulo. Apesar do resultado negativo no ano, o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, explica que “pode ficar mais difícil vender, mas imóvel perder preço ou ter o aluguel reduzido é quase impossível acontecer”. A maioria dos imóveis vendidos em maio foi de apartamentos, cujos negócios corresponderam a 69,44% do total. Por outro lado, as casas responderam por 30,56%. A maior parte das vendas foi bancada com dinheiro de empréstimos bancários — com 55,68% do total. O número de casas e apartamentos alugados cresceu 19,51% na passagem de abril para maio e, entre janeiro e maio de 2012, acumula uma alta de 19,22% em relação ao mesmo período de 2011. Nos últimos 12 meses encerrados em maio, o reajuste médio dos alugueis foi de 17,86% — pouco mais de três vezes a inflação do período. (Fonte: R7).

Associação dos Mutuários de São Paulo constata correção ilegal de parcelas intermediárias pelas construtoras

A AMSPA (Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências) contatou que as construtoras estão, de forma indevida, corrigindo parcelas intermediárias da entrada do valor do imóvel, o que é uma prática ilegal. Para facilitar o pagamento da entrada do imóvel, as construtoras facilitam a vida dos compradores dividindo o valor em parcelas intermediárias até a entrega das chaves ou a liberação do habite-se. Entretanto, exigir atualização monetária das parcelas é uma prática ilegal, conforme prevê a Lei 4.864/65. “É ilegal haver a cobrança de juros remuneratórios e atualizações pelo INCC - Índice Nacional de Custo da Construção em cima do valor das parcelas intermediárias”, pontua o assessor jurídico da AMSPA, João Bosco Brito da Luz. Luz explica que qualquer tipo de correção só pode ser feita a partir da entrega das chaves ou expedição do habite-se. Aí sim as prestações e o saldo devedor podem ser corrigidos, pelo índice eleito no contrato. “Além disso, há a incidência de juros remuneratórios conforme determinado no contrato, geralmente gira em torno de 1% ao mês”, explica. Em casos de correções indevidas, a recomendação é que o mutuário opte, a princípio, por tentar entrar em um acordo com a construtora. Procurar a justiça deve ficar como segunda opção. “É importante que o comprador conte com apoio da associação dos mutuários para negociar com a incorporadora para que não seja enganado por justamente ser leigo no assunto. Se a conversa não surtir efeitos, o que resta ao adquirente é entrar com uma ação no Poder Judiciário pedindo de volta o valor cobrado a mais nas prestações”, ressalta. Para quem pretende fazer um financiamento no período da construção, direto com o banco, terá algumas desvantagens devido a algumas cobranças. A associação explica que, nesse caso, a construtora pode repassar para o comprador todos os encargos cobrados pelo agente financeiro. Entre os tributos cobrados estão a correção monetária do saldo devedor, os juros remuneratórios, os seguros, a taxa de administração e a taxa de risco de crédito. Por outro lado, a "Taxa de Obra” não é de responsabilidade do mutuário, que pode se recusar a pagar caso cobrado. Essa é uma taxa que a “CEF – Caixa Econômica Federal cobra de algumas construtoras que são inadimplentes”, alerta o assessor jurídico da AMSPA. “Uma coisa é a obra ser financiada pelos próprios compradores e outra é ser financiada por banco. Quem é esperto não compra imóvel já com financiamento bancário. Na obra financiada por banco prevalece o contrato do agente financeiro sobre a construtora e esta repassa tudo para o comprador, até mesmo encargos que a instituição financeira não cobrou”. Por isso, para não ter surpresa durante o financiamento, Luz aconselha ao futuro mutuário que antes de assinar o contrato consulte a associação, que conta com advogados especialistas na área levando ao profissional a minuta do contrato. “Fora isso, ele deve obter certidão do registro de imóveis para saber se o empreendimento está devidamente regularizado com a incorporação averbada, certidões de cartórios de protestos (dos foros cíveis e criminais), tanto da incorporadora como da construtora como pessoas jurídicas e, individualmente, de seus sócios que o comprador pode saber quem são por meio de um "breve relato" da Junta Comercial. Por fim, procurar saber quais são as obras que a construtora já fez na região, se foram entregues em dia, se todas foram bem construídas e quais as reclamações que existem dos compradores, principalmente, pedindo ao advogado que verifique o que existe contra a construtora nos foros judiciais” explica. (Fonte: InfoMoney).

Financiamento de imóvel usado em São Paulo triplica em sete anos, segundo Lello

Venda de imóveis permanece aquecida De acordo com um levantamento realizado pela administradora Lello, o número de imóveis residenciais usados vendidos por meio de financiamento triplicou nos últimos sete anos na cidade de São Paulo. Do total de unidades comercializadas entre janeiro e maio deste ano, 45% foram por intermédio de empréstimos concedidos pelos bancos. Em 2005, os financiamentos de imóveis usados, representavam apenas 15% do total vendido na cidade. As vendas de imóveis prontos para morar na cidade de São Paulo cresceram 14% entre janeiro e maio deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. O valor médio das casas e apartamentos comercializados nos principais bairros do centro expandido da capital paulista nos cinco primeiros meses deste ano foi de R$ 430 mil, contra R$ 400 mil no período de janeiro a maio de 2011, e R$ 350 mil nos cinco meses iniciais de 2010. As unidades mais procuradas pelos compradores foram apartamentos de um e dois dormitórios com vaga na garagem em condomínios dotados de áreas de lazer, segurança e preferencialmente próximos a estações de metrô. Os apartamentos representaram 60% das vendas nos cinco primeiros meses do ano. Fonte: Isto é Dinheiro

Alugar ou Comprar?

É importante avaliar as duas possibilidades Para quem quer sair do aluguel e comprar a casa própria, o momento é bom. As taxas nunca foram tão baixas e os prazos nunca foram tão longos para financiar um imóvel, diz José Dutra Vieira Sobrinho, conselheiro do Corecon (Conselho Regional de Economia de São Paulo). A batalha foi iniciada em abril deste ano pelo Banco do Brasil -que reduziu suas taxas de juros ao patamar mínimo de 7,9% para créditos imobiliários populares-, respaldada pelo Banco Central, com o corte de 0,75 ponto percentual da taxa Selic, e seguida pela Caixa Econômica. Além da redução dos juros, a Caixa também esticou o prazo de financiamento para 35 anos. Instituições privadas seguiram o movimento. Embora os ventos estejam soprando a favor da compra, a dúvida entre assumir uma dívida que pode levar décadas para terminar e optar por investir o dinheiro e pagar aluguel com os rendimentos ainda gera debates entre especialistas. Conheça a seguir a opinião de dez estudiosos do assunto. Especialistas apontam riscos e vantagens das 2 decisões Alugar ou comprar um imóvel envolve muitas variantes e requer uma ampla análise. Além dos processos administrativo e jurídico, é preciso ter em mente algumas questões. O imóvel se adequa às suas necessidades e à sua renda? Nos próximos anos, há alguma possibilidade de você mudar de cidade, Estado ou país? Se precisar vender a casa enquanto paga as parcelas, consegue recuperar o valor investido? As prestações ou o aluguel são muito salgados e consumirão gastos com lazer, bem-estar e qualidade de vida? O local é apropriado, vai valorizar? Não pode ser uma decisão por impulso, é preciso se informar e buscar orientação,diz José Augusto Viana, presidente do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis). É preciso analisar o que você tem de capital e investigar se vale a pena aplicar ou dar entrada num financiamento. É bom lembrar que a nova lei do inquilinato garante menos conflitos. Roseli Hernandes Diretora comercial da Lello Imóveis. Fonte: Folha de São Paulo