sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Apartamento em Ipanema é anunciado por R$ 66 milhões

Os altos preços de imóveis no Rio não são novidade, mas recentemente um anúncio chamou a atenção de especialistas no mercado carioca e abriu discussão sobre a especulação no setor.
Um apartamento de 560 m² com quatro quartos no edifício Cap Ferrat, em Ipanema (zona sul), foi anunciado por R$ 66 milhões em um site estrangeiro -R$ 118 mil por m².
Editoria de arte/Folhapress
Com vista para o mar, o imóvel é quase quatro vezes mais caro do que a casa, em um dos endereços mais exclusivos de Miami, escolhida pelo ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira como refúgio após a saída do comando do futebol brasileiro.
No mesmo site, o James-Edition, com sede na Suécia, é anunciado por € 15 milhões (R$ 48 milhões) um apartamento de 578 m² em Paris, próximo à igreja Notre Dame -€ 5 milhões (R$ 16 milhões) menos do que o apartamento de Ipanema.
"É um prédio de grife [o Cap Ferrat]. Mas não vejo justificativa para esse valor, a não ser que tenha sido construído no apartamento um palácio, com piso de ouro ou diamante", afirma o vice-presidente do Secovi Rio (sindicato da habitação), Leonardo Schneider.
O prédio, localizado no número 564 avenida Vieira Souto, tem amplas varandas e um apartamento por andar -são 17. Entre seus moradores e ex-moradores estão os empresários Alexandre Accioly (dono das academias Body Tech) e André Esteves (do BTG).
O preço médio do m² em Ipanema era de R$ 19.651 em dezembro, segundo o Secovi Rio. O valor sobe para até R$ 45 mil nos prédios da orla, diz Schneider. No caso do Cap Ferrat, um dos condomínios mais valorizados da cidade, atinge R$ 60 mil -o que faria o imóvel custar R$ 33 milhões.
O anúncio foi retirado do site recentemente. A reportagem apurou que isso ocorreu diante da grande repercussão sobre o preço. Outro apartamento no mesmo edifício foi anunciado em um site brasileiro por R$ 37 milhões.
Frederico Judice Araujo, sócio-diretor da imobiliária Judice & Araujo, diz que no mercado carioca são comuns negócios entre R$ 15 milhões e R$ 30 milhões. São, por exemplo, casas no ponto mais sofisticado do Leblon (também na zona sul), o Jardim Pernambuco, com área construída entre 500 m² e 700 m².
Fachada do edifício Cap Ferrat (prédio mais alto), em frente à praia de Ipanema, no Rio

Fonte: Folha São Paulo

Levantamento do Secovi-SP mostra que inadimplência em condomínio continua em declínio

Em novembro, foram ajuizadas 722 ações de cobrança na capital paulista, contra 808 casos no mês anterior 
02/01/2014
   Levantamento do Secovi-SP mostra que inadimplência em condomínio continua em declínio
Pelo segundo mês consecutivo, o levantamento realizado pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo mostra queda no número de ações de cobrança por falta de pagamento da taxa condominial na capital paulista.
O Tribunal recebeu 808 processos em outubro e 722 ações em novembro, o que equivale a diminuição de 10,6%. Na comparação com novembro de 2012 (894 registros), a redução foi de 19,3%.
Também houve recuo no acumulado do ano. De janeiro a novembro, foram protocoladas 9.124 ações, diante de 9.833 no registradas no mesmo período de 2012, o que representa queda de 7,2%.
Conforme explica Hubert Gebara, vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Sindicato e diretor do Grupo Hubert, dentre os fatores que contribuíram para reduzir as pendências, estão os acordos extrajudiciais, que surtem efeito na maioria das vezes.
“Os inadimplentes preferem negociar e parcelar”, afirma o dirigente, acrescentando que, para o condomínio, é melhor receber parcelado do que esperar anos por um resultado na Justiça.
Gebara reitera a importância de os síndicos e administradoras reforçarem as negociações amigáveis. “Devemos encerrar o ano com menos ações que as 10.500 registradas no ano passado”, prevê o vice-presidente do Secovi-SP.
Histórico – Em 2006, foram protocoladas 17,2 mil ações judiciais por falta de pagamento de condomínios nos fóruns da cidade de Paulo. Esse número caiu para 15,9 mil em 2007 e manteve a tendência de queda em 2008, com 13,1 mil registros. Em 2009, o volume diminuiu ainda mais, chegando a 11,4 mil ações. Sofreu ligeiro aumento em 2010 (11,8 mil casos) e despencou para 9,9 mil ações em 2011. Em 2012, foram ajuizados 10,5 mil processos.