segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Construção civil deverá crescer 5% até o final de 2011

O aumento de 31% do PIB da construção civil entre 2005 e 2010 foi consequência de uma forte demanda do setor, cuja perspectiva de crescimento até o final de 2011 gira em torno de 5%. É o que mostram os últimos dados do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção no Estado de São Paulo), divulgados hoje (31/08) no 5° Concrete Show, realizado no Expo Center Imigrantes.
Segundo Sergio Watanabe, presidente do SindusCon-SP, a construção civil continuará crescendo uma vez que a “cadeia produtiva do setor está engajada para equacionar saídas para os diversos gargalos que enfrenta, tais como a necessidade de atrair e qualificar mão de obra e de industrializar os processos construtivos para elevar a produtividade”, afirmou.
Entre as expectativas de crescimento da construção civil estão a entrega de 630 mil casas do Minha Casa Minha Vida entre 2011 e 2012, a contratação no segmento de preparação de terrenos, considerado um bom indicador antecedente da atividade setorial e a procura por ativos de maior rentabilidade, que deverá trazer os capitais novamente para o país. Além disso, o setor visa capacitar ainda mais seus funcionários, tendo em vista que, de 2003 para 2011, houve um aumento de 50% no número de empregos gerados pela construção civil, alcançando a marca de 3.026.011 trabalhadores com carteira assinada. (Redação - Agência IN)

Internet se transforma em aliada na compra da casa própria

Já pensou em comprar uma casa ou apartamento pela televisão? Esse é o novo hábito que a Tecnisa, construtora e incorporadora sediada em São Paulo, espera estimular a partir de setembro, quando algumas "smart TVs" - aquelas que contam com dispositivos que permitem acessar conteúdos na web - passarão a ser vendidas com aplicativos para navegar por seu website. "Será mais um canal de relacionamento com os clientes", resume Romeo Busarello, diretor de E-business e Relacionamento com Clientes da Tecnisa.
A novidade visa atrair o público para o site da Tecnisa, que já oferece diversos aplicativos compatíveis com tablets e smartphones e está presente nas principais redes sociais. O investimento em novas tecnologias vai ao encontro dos resultados já obtidos pela empresa. A cada 100 pessoas que compraram apartamentos da Tecnisa no ano passado, 97 chegaram ao imóvel pela web. "A internet é o principal canal de vendas e de construção da nossa marca", afirma Busarello.
O esforço de fortalecer a presença na internet não é uma exclusividade da Tecnisa. Há dois anos, a MRV, construtora sediada em Belo Horizonte, investiu na criação de uma equipe de corretores que permanece online 24 horas por dia. "Notamos que 20% dos clientes acessavam nosso site fora do horário comercial", justifica Rodrigo Resende, diretor de marketing da MRV. E a construtora tem apostado nesse tipo de atendimento. Afinal, 30% das vendas do ano passado - que totalizaram 36 mil imóveis - foram iniciadas com essa interação virtual. Nesse ano, Resende diz que espera elevar essa parcela para 35% das vendas.
Já a Lopes, empresa paulista de comercialização de imóveis, tem ampliado a oferta de aplicativos. Neste mês passou a oferecer a ferramenta para iPhone, após ter lançado, em junho, a versão mobile de seu portal. No dia do lançamento do aplicativo, de acordo com Adriana Sanches, gerente de marketing da Lopes, foram contabilizados mais de 300 downloads. "Todas as iniciativas relacionadas à internet são bem recebidas pelos clientes", acredita. "Uma empresa do mercado imobiliário não pode deixar de dar atenção a isso", enfatiza.
Essa concorrência virtual entre as empresas, na avaliação de Luciano de Souza Godoy, professor de Direito Civil da Faculdade de Direito Fundação Getulio Vargas (FGV), é bastante positiva para quem quer comprar um imóvel. "A grande vantagem da internet é o acesso à informação", afirma. "É um benefício pesquisar preços, condições de pagamento, qualidade e localização sem despender um dia de trabalho ou o fim de semana".
Internet substituiu classificados
A opinião é compartilhada por Gerson Rolim, consultor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. A internet, afirma, é de grande ajuda para a pesquisa de imóveis prontos, substituindo os antigos classificados de jornais. Mas as muitas ferramentas que hoje são disponibilizadas pelos sites das construtoras são especialmente úteis para imóveis na planta. "Permitem a experimentação do imóvel sem que ele exista", diz.
As facilidades não param aí. A expansão do crédito para os imóveis, nos últimos anos, aliada ao aumento de oferta de casas e apartamentos, refletiu-se em um processo de compra menos burocrático e mais acessível. Godoy comenta que as exigências de documentos, por parte das construtoras, são menores que tempos atrás. Para alguns empreendimentos, basta apresentar CPF, RG e certidão de casamento, quando for o caso, com o único intuito de checar o regime de comunhão. Comprovante de renda, obrigatório em qualquer compra em um passado não muito distante, nem sempre é pedido, principalmente em empreendimentos voltados à classe C.
"Muitos não têm como comprovar a renda, o que inviabilizaria a transação", diz Godoy. Para levantar informações sobre os compradores, as construtoras acabam recorrendo a bancos de dados, como os da Serasa e do SPC (Sistema de Proteção ao Crédito). "Com tanta concorrência, quem é mais burocrático, perde o negócio".
A adesão aos sites das corretoras tem sido crescente. Porém, comenta Godoy, são poucos os que sabem que os sites das construtoras são uma espécie de pré-contrato, sob a ótica jurídica. "O site da construtora ou incorporadora é uma proposta", explica Godoy. Por isso, ao concordar os termos, o comprador deve assinar um documento pessoalmente, saindo do contato virtual com a construtora, etapa que também é viabilizada sem maiores complicações. Muitas construtoras ou incorporadoras levam o documento até o comprador, para colher a assinatura.
Direitos dos clientes
Comprar um imóvel pela internet - ou apenas iniciar os contatos para essa negociação - envolve cuidados e direitos similares às transações do mundo real. É preciso verificar a existência, solidez ou idoneidade da construtora ou imobiliária. Essa prática, no caso de imóveis na planta, deve ser acrescida ao acompanhamento e supervisão da obra.
Já em relação aos direitos, o cliente tem assegurado o cumprimento da proposta. No caso de atraso da entrega do imóvel, o comprador tem direito a ser ressarcido com a multa que recai sobre a construtora. Mas quem compra pela internet, ainda que tenha apenas iniciado os contatos pelos portais dos imóveis, tem um direito adicional, que é o de se arrepender. Previsto no Código de Defesa do Consumidor, permite que o comprador desista da compra até sete dias corridos após a assinatura do contrato, sem ter de justificar as razões e com a segurança de ter a devolução dos valores pagos. "Comprar um imóvel em casa, pela internet, deixa o comprador em uma condição vulnerável", justifica Godoy. "Por isso, a lei prevê que ele pode se arrepender".
Por um lado, o comprador encontra uma burocracia mais branda na compra de imóveis. Mas as construtoras e incorporadoras também estão mais seguras, pois houve uma melhora das garantias para que retomem os imóveis dos inadimplentes. Godoy explica que, caso o comprador acumule três prestações em atraso, poderá ser cobrado e correrá o risco de ter de desocupar o imóvel em até seis meses. "Apesar das facilidades, as pessoas precisam ter consciência do nível de endividamento", alerta. Depois de devolver o imóvel à construtora, ele será encaminhado a leilão. Nessa etapa, já será tarde para se arrepender. (Último Segundo IG)

Preço de imóvel sobe 28,6% em um ano

Os preços dos imóveis novos para moradia na cidade de São Paulo explodiram nos últimos 12 meses. Pesquisa inédita do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP) revela que o preço do metro quadrado na capital paulista aumentou 28,6% entre julho de 2010 e junho desde ano.
A pesquisa, que avaliou a alta de preços ponderada pelo tipo de imóvel e a sua localização na cidade, constatou que a maior parte do aumento ocorreu no segundo semestre do ano passado (18,3%), quando o mercado imobiliário estava aquecido. Já a parcela menor dessa variação (8,6%) foi registrada no primeiro semestre deste ano.
O descompasso entre a valorização do preço do imóvel e de outros indicadores é nítido. Enquanto o metro quadrado em São Paulo subiu 8,6% no primeiro semestre deste ano, o Índice Nacional da Construção Civil (INCC), que é a medida da inflação da construção, aumentou 5,6%. Nesse mesmo período, o Índice de Preços aos Consumidor Amplo (IPCA), que é o indicador oficial da inflação, variou 3,9% e a TR, o indexador usado nos financiamentos da casa própria, cresceu apenas 0,6% no período.
Para o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, não há uma bolha de preços no mercado imobiliário. "A questão de preços depende muito mais do comprador do que do vendedor", observa o economista.
Segundo ele, nos últimos anos houve uma recuperação dos preços do imóveis no País, que ficaram estagnados durante muito tempo. Com a volta do crescimento econômico e os ganhos de renda, os compradores se dispuseram a pagar mais pelos imóveis, diante de uma oferta restrita. Com isso, os preços subiram num ritmo acelerado. "Não existe país no mundo que passou por períodos fortes de crescimento que não tenha tido valorização de preços no mercado imobiliário", lembra Petrucci.
A pesquisa do Secovi-SP mostra que, em 12 meses encerrados em junho de 2010, o preço do metro quadrado de imóveis residenciais na cidade de São Paulo cresceu 17% e nos 12 meses anteriores terminados em junho de 2009 a alta havia sido de 22,6%. Foram três anos de valorização significativa, já que entre julho de 2007 e julho de 2008 a alta de preços tinha sido de 3,7% e, nos 12 meses anteriores, de só 4,9%.
Acomodação
Diante do enfraquecimento do mercado no primeiro semestre deste ano, o presidente do Secovi-SP, João Crestana, acredita que os preços dos imóveis deverão se acomodar daqui para frente. A expectativa é de correções equivalentes à variação da inflação com acréscimo de um dos pontos porcentuais ou não.
Petrucci considera que, em algumas regiões da cidade, os preços do metro quadrado estão próximos do limite de alta. Ele cita exemplos para mostrar como os preços dos imóveis são heterogêneos na cidade de São Paulo. Segundo a pesquisa, as duas regiões com o metro quadrado mais caro da capital paulista são o Jardim Europa, cujo preço é de R$ 17 mil, e o Itaim, com R$ 14 mil. Já o menor custo foi registrado é no bairro de Anhanguera, onde o metro sai por R$ 2,2 mil.
Margens Construtoras voltaram a apostar no primeiro semestre em lançamentos de 4 quartos, que permitem margem maior. (O Estado de São Paulo)

Dilma diz que Brasil pode dar um salto de desenvolvimento

01/09/2011
A presidente assegurou que os gastos com os programas sociais e com obras serão mantidos, mesmo com o anúncio de elevar a meta de superávit primário em cerca de R$ 10 bilhões. O superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública. "Vamos manter todos os investimentos, o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], o Minha Casa, Minha Vida, as obras da Copa, barragens, vamos manter todos os programas sociais." Em Pernambuco, Dilma participou de eventos em Caruaru e em Garanhuns onde assinou ordens de serviços para a construção de barragens e de contrato de financiamento do programa Minha Casa Minha Vida.
Estádios
A presidente assegurou que pelo menos nove estádios construídos para a Copa do Mundo estarão prontos até o fim de 2012.
"A reforma e a construção de estádios estão em ritmo adequado. Das 12 arenas que receberão os jogos, 10 estão em obras, a conclusão de nove está prevista para dezembro de 2012, bem antes do início da Copa. Os obstáculos à construção do Itaquerão, em São Paulo, já foram superados e estão sendo criadas as condições para o início das obras na Arena das Dunas, em Natal", informou.
CPAC
Durante a visita ao município de Cupira (PE) ,foram assinados os primeiros 37 contratos no âmbito do programa de Financiamento das Contrapartidas do Programa de Aceleração do Crescimento (CPAC), no valor total de R$ 300 milhões, entre governo federal, a Caixa Econômica Federal e Governo do Estado de Pernambuco.
Segundo a Caixa, o objetivo das contratações é financiar as contrapartidas para os projetos do PAC/Minha Casa Minha Vida realizados com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). O funding da operação é do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e os recursos serão empregados em obras de infraestrutura de 37 empreendimentos - com 15 mil unidades habitacionais - que estão sendo construídos em 23 municípios pernambucanos atingidos por enchentes em junho de 2010.
Serão beneficiadas as cidades de Água Preta, Agrestina, Altinho, Barra de Guabiraba, Barreiros, Belém de Maria, Bezerros, Caetés, Catende, Correntes, Escada, Gameleira, Jaqueira, Joaquim Nabuco, Jurema, Maraial, Nazaré da Mata, Palmares, Primavera, São Benedito do Sul, Sirinhaém, Vicência e Xexéu.
A importância das operações do CPAC está no fato de garantir habitação digna para as famílias que perderam suas casas por causa das enchentes. (DCI)

Caixa ampliará o atendimento

01/09/2011
O atendimento imobiliário na Caixa Econômica Federal vai melhorar. A instituição passará a contar, até o ano que vem, com cerca de três mil correspondentes imobiliários para dar conta da enorme demanda por financiamento habitacional, principalmente pelas famílias de classe média. A Caixa tem hoje apenas 200 correspondentes no seu projeto-piloto.
O vice-presidente da Habitação da instituição, José Urbano Duarte, admitiu que o atendimento tem deixado a desejar. Tudo porque as agências estão abarrotadas de clientes e serviços. A Caixa responde, sozinha, por cerca de 75% do crédito habitacional do país. Do início do ano até 26 de agosto, as contratações para todas as faixas de renda alcançavam R$ 49,1 bilhões, contra R$ 45,4 bilhões realizadas no mesmo período do ano passado.
A demanda na Caixa inchou com o programa Mina Casa, Minha Vida, que incorporou aos clientes tradicionais da instituição a nova classe média e também aqueles que, sem renda, não conseguiriam adquirir um imóvel. A compra da casa própria nesse caso, para famílias com renda entre zero e três salários mínimos, só foi possível com o subsídio dado pelo governo.
De acordo com Urbano, o correspondente imobiliário é um intermediário, conveniado pela Caixa, que agiliza o processo. Ele fica encarregado de pegar a documentação do comprador e encaminhá-la ao banco, que faz a análise do processo e checa toda a papelada. É a Caixa que avalia a capacidade de pagamento do futuro mutuário e libera o crédito. O correspondente imobiliário só faz a intermediação no caso de imóveis novos, já vistoriados pelo banco. E ele não pode cobrar nem um centavo a mais do que as taxas definidas nas agências da Caixa.
Com financiamento facilitado - as taxas de juros são cadentes no crédito habitacional, enquanto o prazo para o pagamento chega a 30 anos -, um público cada vez mais jovem faz parte do grupo de mutuários. Pelos dados da Caixa, 52% das operações de crédito imobiliário deste ano foram fechadas por pessoas com até 35 anos. Essa participação era de 42% no ano passado. (Correio Braziliense)