sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Especialistas divergem sobre bolha imobiliária

O Brasil está passando ou não por uma bolha imobiliária? Não há unanimidade dos especialistas sobre isso. Para alguns, o país está distante de um cenário como esse, pois não apresenta a “receita” completa para que ele se concretize. Para outros a bolha existe e pode estourar depois que o Banco Central voltar a elevar os juros. Uma das análises que apontam para o risco da bolha foi publicada por dois economistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao governo federal. Os pesquisadores Mário Jorge Mendonça e Adolfo Schsida escrevem que o problema ficará claro quando a taxa básica de juros, a Selic, hoje em 7,5% ao ano, aumentar para segurar a inflação. O efeito, afirmam os economistas no texto divulgado em agosto, será a alta do custo do financiamento de imóveis e do saldo devedor. Assim, ficaria mais difícil arcar com os empréstimos, prejudicando os brasileiros que se endividaram nos últimos anos, em decorrência das políticas de estímulo ao crédito. Mesmo que a alteração na taxa de juros ocorra a curto, médio ou longo prazo é possível que em algum momento o comprador seja afetado, avaliam os pesquisadores, já que o período de financiamento pode chegar a 30 anos. Com a dificuldade de receber, os bancos, por sua vez, liberariam menos crédito, reduzindo o volume de financiamento e, portanto, a compra de imóveis. Com demanda menor, os preços cairiam. Por outro lado, Ricardo Amorim, economista, comentarista do programa Manhattan Connection (Globonews) e presidente da Ricam Consultoria, avalia que faltam ¿ingredientes¿ básicos, presentes em bolhas imobiliárias que já ocorreram em outros países. Nos exemplos internacionais, um dos fatores ligados à bolha imobiliária foi a forte atividade no mercado de construção. “Para tornar os dados de construção comparáveis entre diferentes países e períodos, analisei o consumo anual de cimento per capita, em cada país no ano em que a bolha estourou. Não encontrei nenhum estouro de bolha com consumo anual de cimento inferior a 400 quilos per capita. Na Espanha, passou de 1.200 quilos e há casos, como na China atual, de consumo ainda superior, 1.600 quilos, sem estouro de bolha. No Brasil, minha estimativa é de que hoje estamos em 349 quilos”, diz Amorim. Para o economista, outro fator que caracteriza a bolha imobiliária são os preços muito altos em relação à capacidade de pagamento do consumidor. Amorim alega que nenhuma cidade brasileira está hoje entre as 20 mais caras do mundo, embora Brasília, Rio de Janeiro, Salvador e Balneário Camboriú estejam entre as 100 mais caras ¿Brasília, a mais cara do país, ainda é bem mais barata do que Rabat, no Marrocos, a mais cara do mundo.¿ Amorim avalia ainda que qualquer bolha, imobiliária ou não, cresce por conta da vasta oferta de crédito. Segundo a análise do economista, todas as bolhas imobiliárias estouraram quando o total do crédito imobiliário superava 50% do Produto Interno Bruto (PIB), como nos EUA, que em 2006 chegou a ser 79%. No Brasil, apesar de todo crescimento dos últimos anos, este número é hoje de 5%. Para ele, pelo menos em breve, não há risco, já que crédito imobiliário está em expansão e o seu custo em queda. E, no longo prazo, o que vai garantir que a bolha não estoure é a redução de preços. Já o economista Samy Dana, da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), declara que “os preços estão inflados”. É preciso avaliar se o imóvel vale mesmo o preço que está sendo cobrado. Ainda assim, alerta: “Não é hora de comprar um imóvel. Os índices já apontam queda nos preços e maiores descontos.” Para ele, a mesma tendência predomina no aluguel: os preços estão altos, não há espaço para subirem mais. Em breve, isso vai acarretar numa queda natural do valor. (Fonte: Terra).

Investimento estrangeiro é de US$ 55 bi até outubro, o 2º melhor da história

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, informou nesta quinta-feira (22) que os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 7,7 bilhões em outubro deste ano. Na parcial dos dez primeiros meses de 2012, o ingresso somou US$ 55 bilhões - o que configura o segundo melhor resultado da série histórica do BC, que tem início em 1947. Segundo a autoridade monetária, o melhor resultado para os investimentos estrangeiros diretos ainda permanece sendo o ano passado, quando foi registrado o ingresso de US$ 66,6 bilhões na economia brasileira. Para todo este ano, a expectativa do Banco Central é de que os investimentos totalizem US$ 60 bilhões. "Continua entrando dinheiro. Os estrangeiros continuam acreditando no potencial da economia brasileira. Somos a quarta região do mundo que mais atrai recursos, atrás da Europa, da China e Hong Kong e dos Estados Unidos. Isso é uma clara demonstração da confiança dos investidores no potencial da economia brasileira", declarou Tombini, durante audiência pública na Comissão Mista de Orçamento. (Fonte: G1).

Entre os 10 bairros mais procurados para alugar ou comprar em SP, quatro ficam na ZS

O ZAP Imóveis, portal de anúncios de imóveis para venda e aluguel, divulgou nesta quarta-feira uma pesquisa do perfil de quem busca imóveis em São Paulo, e dos bairros mais procurados. O bairro paulistano mais buscado para compra e locação foi a Vila Mariana, na Zona Sul, com 15% do total de buscas feitas no site. Veja a lista completa abaixo: De acordo com José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do estado) que fez os comentários sobre a pesquisa para o ZAP Imóveis, a Vila Mariana é popular por ser perto do Centro, com boas avenidas, em um local repleto de equipamentos sociais. Além disso, a grande população aumenta a incidência de transações imobiliárias. Sobre as regiões de Perdizes e Saúde, também bastante buscadas, o presidente do Creci-SP comenta que são bairros voltados para a classe média, com empreendimentos com dois ou três dormitórios, prédios sem muita sofisticação e apartamentos de 45 a 90 metros quadrados. Entre os dez bairros mais procurados para se alugar ou comprar um imóvel, quatro ficam na Zona Sul, outros quatro na Zona Oeste e dois no Centro. Para Viana Neto, a baixa procura em bairros das zonas leste e norte se deve mais ao perfil do público que costuma buscar imóveis pela internet. Segundo o comentário feito por ele ao ZAP, quem busca imóveis nestas regiões prefere fazer a busca pessoalmente. O estudo foi realizado com mais de três milhões de visitantes mensais no portal do ZAP Imóveis. Os imóveis mais procurados são apartamentos, com 72% das buscas, seguidos por casas, que correspondem a 21%. Mais de um terço das buscas (36%) são de pessoas que buscam um imóvel para alugar. Os imóveis mais procurados têm dois quartos (45% das buscas), seguidos dos de três quartos (34%) e os de um quarto (13%). O grupo que mais usa o site para buscar imóveis são os jovens: 29% têm idade entre 25 e 34 anos; 23% são jovens de até 17 anos e 20% são pessoas de 35 a 44 anos. (Fonte: Exame.com).

Dez bairros concentram 48% do estoque de imóveis em SP

Se você está buscando um apartamento novo em bairros como Vila Andrade, Tatuapé, Mooca, Itaim Bibi, Saúde, Raposo Tavares, Santo Amaro, Santana, Vila Formosa e Vila Sônia, está com sorte. Esses são os dez distritos com o maior número de apartamentos em estoque (unidades não vendidas na época do lançamento) e onde, portanto, pode haver mais chances de negociar descontos. Levantamento feito pela empresa de pesquisas Geoimovel mostra que esses bairros possuem, ao todo, 8.202 apartamentos não vendidos - o equivalente a 48% de todo o estoque da cidade. O estudo considera apenas empreendimentos residenciais, lançados entre janeiro de 2006 e outubro deste ano. Dois fatores principais, de acordo com Celso Amaral, diretor da Geoimovel, levam à concentração de estoques em um determinado bairro. "Excesso de lançamentos e preços muito elevados para a demanda da região", afirma. O líder no ranking, por exemplo, é a Vila Andrade, distrito que teve o maior número de lançamentos nos últimos cinco anos. O segundo colocado é o Tatuapé, onde Amaral acredita que os preços não estão de acordo com a renda dos moradores. "Estoques podem ser um problema, pois quando o empreendimento está pronto, a incorporadora tem de ter recursos para fazer um novo lançamento", diz João da Rocha Lima Jr., coordenador do núcleo de Real Estate da Poli-USP (Universidade de São Paulo). "Pode ser mais conveniente [para a incorporadora] vender o estoque por um preço convidativo", diz, destacando que hoje o número de unidades em estoque está "acima do normal", o que pode representar boas ofertas para o comprador. Segundo o Secovi (sindicato da habitação), em setembro deste ano, havia 17.039 apartamentos não vendidos na capital. Em dezembro de 2010, eram 12.011 unidades e, no ano passado, 19.731. "Não estamos com estoque alto, mas sim voltando aos níveis normais", afirma Ricardo Yazbek, vice-presidente de legislação urbana do Secovi-SP. (Fonte: Folha de S. Paulo).

Prefeitura de São Paulo acelera análise de projetos

A aprovação de projetos de construção e de reformas começa a ficar mais rápida em São Paulo. Acaba de ser concluída a primeira etapa da já anunciada informatização do processo de análises de plantas paulistanas. "A perspectiva é diminuir o tempo de análise em 30%", diz o diretor do Departamento de Aprovação das Edificações (Aprov), Alfonso Orlandi Neto. Anteriormente, um projeto podia levar até dois anos para ser aprovado na Prefeitura de São Paulo. Em outras cidades, como Londres, a administração dá seu parecer em até cinco meses. A implementação do novo sistema começou no fim de setembro, depois de uma série de denúncias. E foi necessária a criação de uma espécie de help desk, uma central de atendimento para tirar dúvidas e ajudar os usuários. Na próxima quinta-feira (22), a Prefeitura, em parceria com a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA), ainda realiza um seminário no Maksoud Plaza, para explicar melhor o sistema aos profissionais ligados à área da construção civil. Mas o novo sistema já está funcionando. Até agora foram protocolados 1.313 processos e 404 estão sob análise. Falta, porém, informatizar outras secretarias envolvidas no processo, como a do Verde e do Meio Ambiente, a de Transporte e a de Infraestrutura Urbana e Obras. (Fonte: O Estado de São Paulo).

PDG refaz as contas e quer as pazes com o mercado

A construtora e incorporadora está colocando na ponta do lápis suas operações com o objetivo de voltar aos trilhos. A PDG vem lutando por trimestres consecutivos contra estouros de orçamento, atrasos de entregas e, consequentemente, redução de lançamentos, buscando priorizar venda de estoques e normalização das entregas, com foco em rentabilidade e redução de despesas. “Consideramos a divulgação do novo plano de negócios da PDG como evento importante para a empresa no curto prazo. Até então, a nosso ver, as ações continuarão pressionadas”, acreditam os analistas Alexandre Amson e Fabiola Gama, do Santander. O novo plano de negócios será divulgado junto com os resultados do quarto trimestre de 2012, o que significa que o plano não será anunciado antes de março de 2013. De acordo com o Santander, este novo plano é o principal evento da PDG nos próximos meses e, até sua divulgação, os papéis estarão refém de pressões na bolsa. “Assim que divulgado, esse plano será o maior catalisador para as ações”, avisam os analistas. As ações ordinárias da PDG registram uma desvalorização de 49% em 2012, enquanto o IMOB, índice que acompanha o desempenho de ações do setor imobiliário na bolsa, mostra uma alta de 15%. O Santander tem preço-alvo de 5,20 reais às ações, um potencial de valorização de 65%. A recomendação é de compra. Nesta semana, a agência de classificação de risco Moody’s colocou os ratings corporativos de escala global (Ba2) e de escala nacional (Aa3) da PDG em revisão para rebaixamento. Segundo comunicado da agência, a revisão foi motivada por uma deterioração nos indicadores de crédito da empresa causada por uma rentabilidade menor do que a esperada. Ainda de acordo com o comunicado, a estratégia agressiva de crescimento da empresa gerou aumentos nos custos e atrasos nos lançamentos, e impactou as margens brutas e a rentabilidade da companhia. Além disso, as necessidades de capital de giro pressionaram a estrutura de capital da empresa levando a um aumento significativo da alavancagem e a agência não acredita que haverá uma melhora rápida. A revisão do rating será focada no sucesso da empresa em implementar seu novo posicionamento estratégico para melhorar suas margens, desalavancar em um período de tempo razoável e sustentar sua posição de mercado. (Fonte: Exame.com).

Compradores estão mais confiantes para adquirir imóvel

A redução do desemprego, menores taxas de juros e melhora na renda estão ajudando o paulista a concretizar o sonho da casa própria mais rápido. De acordo com pesquisas, a população compra quase 2 imóveis durante toda a vida. O índice que foi realizado em junho e julho deste ano informa que paulistas de até 29 anos compram 0,2 imóvel, aqueles entre 30 e 39 anos compram 0,6 e dos 40 aos 49 compram 1,4 imóvel. Somente os com idade acima dos 50 anos alcançam a média de 1,8 imóvel. A aceleração da economia também contribuiu para essa evolução e reforça que esses dados ainda podem melhorar com o passar dos anos, pois as condições de compra estão se mantendo acessíveis e a expectativa de vida da população está crescendo. A confiança aumentou porque as famílias estão conseguindo economizar dinheiro e atingir a estabilidade financeira mais cedo, acontecimentos essenciais que estão desencadeando o interesse em adquirir um apartamento e realizar um dos principais objetivos a serem alcançados durante a vida. A segurança em relação ao investimento aumentou, pois existe uma cautela por parte do comprador que pela primeira vez em muito tempo pode abandonar o aluguel e encontrar um imóvel sob medida. Atualmente o cliente consegue escolher se quer viver em um condomínio com área de lazer e próximo a opções de comércio, serviços e meios de transporte porque suas condições permitem essa autonomia. A situação também é positiva para os investidores, que representam 4% dos compradores que estão adquirindo o primeiro imóvel com o objetivo de obter rendimentos com o aluguel.

Descubra tudo que envolve a comprovação de renda na compra de um imóvel na planta

Quando um imóvel é adquirido na planta pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação), um dos pontos importantes a verificar no momento da compra é a comprovação de renda. O potencial de financiamento é, em geral, verificado pelo incorporador na assinatura do contrato. No repasse com o agente financeiro, ou seja, quando o comprador for contratar o financiamento após a conclusão da obra, esta comprovação deve ser formalizada diretamente com o banco. Abaixo estão algumas dúvidas com respostas que podem ajudar a esclarecer pontos sobre a comprovação de renda para a compra do imóvel próprio. Como é feita a comprovação de renda no momento da compra? Muitas incorporadoras exigem uma comprovação formal, inclusive, pedem documentos que confirmem a renda declarada. Há casos em que não é solicitado nenhum tipo informação quanto à renda do comprador ou em algumas situações quem está adquirindo deve apenas informar sua renda. O importante é estar consciente de que a forma de comprovar ou a exigência de comprovação varia de acordo com a empresa. Em casos quando a comprovação não é realizada na hora da aquisição, esses documentos não são pedidos em primeira instância porque até o empreendimento ficar pronto - o que deve acontecer dentro de três anos, mais ou menos - o comprador pode mudar de emprego ou passar por alguma situação que interfira em seus rendimentos. Como fazer a comprovação de renda no financiamento? Os documentos exigidos variam de banco para banco. Mas, normalmente, são solicitados conforme a ocupação do cliente: Trabalhadores contratado em regime CLT, funcionários públicos e aposentados Na maioria dos casos deverão ser apresentados os três últimos holerites. Profissionais liberais e autônomos A maior parte dos bancos exige que o comprador entregue o extrato bancário dos seis meses anteriores e/ou a declaração do Imposto de Renda. Uma segunda pessoa pode ajudar a compor a renda? Em geral, os bancos aceitam a composição de renda do cônjuge atual, incluindo os casos de união estável, noivos ou namorados. Na Caixa Econômica Federal, por exemplo, não há limite de pessoas, nem exigência de grau de parentesco. Porém, a análise é feita caso a caso. Quais dicas para não ter problema no momento de comprovar a renda? - Evite novos endividamentos. A compra de um carro, por exemplo, vai comprometer a sua renda e possivelmente a aprovação do financiamento. - Quando o momento do repasse estiver se aproximando, busque não mudar de emprego, pois é um período de experiência, que pode gerar instabilidade nos seus ganhos. - Faça uma compra consciente: as parcelas do financiamento comprometem cerca de 30% da sua renda. - Organize-se para reunir as documentações de remunerações extras - como aligueis e trabalhos temporários - ou esporádicas, como bônus, participação nos lucros e etc. Fonte: Tibério

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Vendas de moradias usadas nos EUA sobem 2,1% em outubro

Dados da Associação Nacional de Corretores divulgados nesta segunda-feira mostraram alta de 2,1 % nas vendas de moradias usadas em outubro Placas de imóveis à venda nos Estados Unidos: no ritmo atual de vendas, os estoques estariam esgotados em 5,4 meses, a menor taxa desde fevereiro de 2006 Washington - As vendas de moradias usadas nos Estados Unidos subiram inesperadamente em outubro, em um sinal de que leves melhoras no mercado de trabalho do país estão ajudando o setor imobiliário a recuperar o ritmo. Dados da Associação Nacional de Corretores divulgados nesta segunda-feira mostraram alta de 2,1 % nas vendas de moradias usadas em outubro para um taxa ajustada anual de 4,79 milhões de unidades. O resultado ficou acima da mediana de 4,75 milhões de unidades estimada em pesquisa da Reuters. Em setembro, houve ainda revisão da queda de 1,7 para 2,9 % negativos. O economista da associação Lawrence Yun afirmou que a tempestade Sandy, que chegou à costa leste dos EUA em 29 de outubro, teve apenas um leve impacto nas vendas de moradias usadas. A única região em que o ritmo das vendas caiu foi a Nordeste. Mas Yun afirmou que a tempestade poderia reter o ritmo das vendas em novembro e dezembro. Ao longo do país, o preço médio de revenda de moradia ficou em 178.600 dólares em outubro, com alta de 11,1 % em relação a um ano antes, com menos pessoas vendendo suas casas sob condições de dificuldade em comparação com o mesmo período em 2011. Essas vendas sob pressão incluem as execuções hipotecárias. O inventário nacional de moradias usadas à venda caiu 1,4 % ao longo do mês, para 2,14 milhões, o menor nível desde dezembro de 2002. No ritmo atual de vendas, os estoques estariam esgotados em 5,4 meses, a menor taxa desde fevereiro de 2006. O aumento de preço no mês passado foi medido ante outubro de 2011, e desde então as vendas por motivo de dificuldades caíram de 28 % para 24 % das comercializações totais. Fonte: Reuters

Agora é a hora de pechinchar na compra de imóvel

Preços em desaceleração no mercado e saldões de fim de ano podem oferecer boas oportunidades a quem busca a casa própria SÃO PAULO - A desaceleração da alta do preço do imóvel em São Paulo é uma boa oportunidade para o consumidor encontrar a casa própria em condições mais favoráveis do que há um ou dois anos, quando o ritmo de valorização era mais forte. A situação deve permanecer confortável já que, segundo especialistas, a tendência é de estabilização do valor do metro quadrado. Além disso, os saldões de fim de ano podem ser a chance para se obter um desconto. "O consumidor não vai encontrar um viés de alta e pode até conseguir comprar por um valor mais barato. Os preços estão mais corretos em comparação com o boom dos últimos anos", afirma João da Rocha Lima Júnior, professor de mercado imobiliário da Escola Politécnica da USP. Diante da economia frágil, diz Rocha, as empresas estão acomodando seus preços para diminuir estoques. "Isso às vezes aparece de maneira indireta por meio dos descontos e das facilidades de compra." Ficar atento às promoções também pode ser uma maneira de conseguir um preço mais vantajoso. "Além dos estoques mais elevados, há também uma questão orçamentária. Algumas empresas precisam fechar o orçamento do ano e pode ser que façam 'loucuras' para vender um imóvel", afirma Roy Martelanc, professor da FEA-USP. "No fim de ano, o consumidor também tem mais tempo para procurar." O economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, também acredita em um bom momento para o consumidor, mas ressalta que a expectativa de aceleração da economia no ano que vem pode levar a uma nova alta nas cotações do metro quadrado. "O aquecimento da atividade pode gerar um novo descolamento de preço a partir do 2.º semestre do ano que vem, por exemplo." Preço baixo, contudo, nem sempre é sinônimo de bom negócio, especialmente no mercado de usados. "Um valor muito abaixo do preço de mercado indica que há alguma coisa de errado no local, às vezes um inventário mal resolvido ou dificuldade de deslocamento", afirma Elizeu Mardegan Júnior, diretor da BM Sua Casa, especializada em financiamento imobiliário. Mas o momento de preços mais comportados não significa que os valores do metro quadrado caibam em todos bolsos. "Se quiser um bom preço, o consumidor não deve se restringir tanto a pequenas regiões, tem de estar disposto a migrar um pouco", diz Rodrigo Guedes, gerente-geral da imobiliária Lello. "O consumidor pode comprar algo menor e trocar daqui a cinco anos. Pelo menos ele não 'carrega' um imóvel mais caro sem necessidade", diz Martelanc, da FEA-USP. Locação. Se o financiamento não couber no orçamento, uma saída é optar pela locação. "O comprador pode guardar a diferença do que pagaria no financiamento para comprar um imóvel no futuro", diz Martelanc. É o que planeja o casal de engenheiros Cecília Merighi e Edson Hilios. "Noivamos no começo do ano, fizemos uma busca básica de valores e nos assustamos: os preços de uma casa padrão com dois quartos e uma vaga de garagem se iniciavam em R$ 450 mil", lembra Hilios. "Cogitamos alugar. Nossos colegas de trabalho, incluindo gerentes, não tiveram um aumento tão substantivo do salário como houve nos preços imobiliários." Há dois meses, eles intensificaram a busca, mas ainda sem sucesso. O imóvel que procuram, com dois quartos e duas vagas de garagem, teria de custar até R$ 500 mil, valor máximo que é possível aportar do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A maior dificuldade, contam, é o trato com os corretores. "Vemos que a diferença de valores cobrados entre imobiliárias é muito grande, coisa de R$ 100 mil." Estabilidade. Em São Paulo, o momento mais estável do mercado imobiliário se reflete no movimento desigual de alta entre os bairros. O índice FipeZap, que pesquisa o valor de imóveis prontos (exceto lançamentos) na internet, já capta uma oscilação de quase 50 pontos porcentuais entre os locais com maior e menor variação. É o caso da Santa Ifigênia, no centro da cidade, cujo metro quadrado subiu 41,6% nos últimos 12 meses até outubro. Na outra ponta, a região de Cidade A.E. Carvalho, na zona leste da capital, o metro quadrado recuou 7,7% no mesmo período. "A oscilação da variação de preço é grande, mas eu considero isso um sinal de que o mercado está mais dentro da normalidade", afirma Eduardo Zylberstajn, coordenador do FipeZap. / COLABOROU YOLANDA FORDELONE Fonte: Estadaõ Hugo Passarelli, do Economia & Negócios

As regiões metropolitanas que mais vão crescer até 2025

Estudo da ONU projeta as regiões metropolitanas do país que vão ter maior crescimento populacional até 2025. São Paulo e Rio de Janeiro estão entre as últimas Crescimento São Paulo - As cidades brasileiras estão crescendo, e muito. Até 2025, algumas das regiões metropolitanas do país vão ter um aumento populacional de até 145,13%. Quem imagina um aumento maior em regiões como São Paulo e Rio de Janeiro pode se surpreender: as áreas próximas a algumas capitais do Norte e Nordeste do Brasil - assim como o interior do estado paulista - aparecem alto no ranking das que prometem mais crescimento. As informações são do programa de Habitação da Organização das Nações Unidas, conhecido como UN-Habitat, que publicou um estudo intitulado "O estado das cidades mundiais".

Começa a demolição da Villa Daslu em SP

O empreendimento será reformado e, no lugar de roupas e acessórios de grandes marcas internacionais, abrigará escritórios, restaurantes e um teatro multiuso São Paulo - Símbolo de riqueza e luxo, o prédio que abrigou a Villa Daslu, na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo, está sendo parcialmente demolido. O empreendimento será reformado e, no lugar de roupas e acessórios de grandes marcas internacionais, abrigará escritórios, restaurantes e um teatro multiuso. A previsão é de que tudo esteja pronto no segundo semestre de 2013. Cercado por telas de proteção e máquinas, o edifício terá toda a fachada removida e modificada, para ficar no mesmo padrão que os outros prédios do empreendimento, totalmente high-tech. Como novos andares serão construídos, a estrutura será reforçada. Atualmente com cinco andares, o prédio terá 11 e a área construída chegará a 28 mil m². Placas brancas de crystalato (material feito de vidro) foram importadas do Japão e ao lado de blocos de vidros espelhados darão requinte ao revestimento. O arquiteto Bernardo Fort-Brescia, do escritório Arquitectonica, é o responsável pelo projeto. O estilo é o mesmo já adotado na fachada do Shopping JK. Onde antes ficavam lojas de marcas que ainda não tinham loja no Brasil, como Chanel, Pucci e Gucci, serão construídos escritórios com áreas entre 1,2 mil e 5 mil m². Nos tempos áureos, a fama da loja era tanta que ela chegou a fazer parte do circuito turístico da cidade oferecido por agências de viagens - mas para clientes VIPs, é claro. Hoje, a fama permanece a mesma. A butique continua a existir, instalada no maior lote do já badalado Shopping JK, ao lado das grifes internacionais que ajudou a divulgar no Brasil. Fonte: Adriana Ferraz e Juliana Deodoro do ESTADÃO