terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Valorização de imóveis deve continuar até 2017

SÃO PAULO – Comprar um imóvel na cidade de São Paulo ficou, em média, 92% mais caro desde o início de 2008. Isso quer dizer que aqueles que compraram um apartamento por R$ 100 mil há três anos, hoje conseguem vendê-lo por algo em torno de R$ 190 mil. Só nos últimos 12 meses, a valorização chega a quase 30%, tanto em São Paulo quanto nas outras capitais do País, de acordo com o índice Fipe Zap.

Apesar da forte alta verificada nos últimos anos, os preços devem continuar em ascensão por mais algum tempo, na avaliação do diretor executivo da Consul Patrimonial, Marcus Vinicius de Oliveira. Segundo ele, até 2017, a valorização deve ser impulsionada pela possibilidade de crescimento da economia e pelos investimentos que o País receberá.

Entretanto, a partir desta data, o Brasil não terá mais a expectativa de grandes investimentos produtivos - tanto internos quanto externos. “A margem psicológica de crescimento em função do pré-sal, da Copa do Mundo e da Olimpíada já terá passado”, afirma Oliveira.

Além disso, ele aponta que o déficit habitacional terá sido reduzido significativamente daqui a seis anos. “A classe baixa e classe média em ascensão já terão adquirido muitos imóveis”, diz. “A oferta, neste momento, já poderá estar um pouco acima da demanda por imóveis” continua.

De acordo com Oliveira, historicamente, locais que sediam Olimpíada tendem a viver após dois anos uma pequena crise no setor - com mais oferta e menos demanda. “A China neste momento já vive uma desvalorização imobiliária e o Brasil avança para atingir um pico antes da queda dos preços”, acredita.“Mas isso não significa que o mercado imobiliário não continuará se desenvolvendo. A valorização por metro quadrado é que terminará e o valor se estabilizará por um novo período. Novos ciclos ocorrerão em seguida”, continua.

Depende das regiões

Para o coordenador do MBA em Gestão de Negócios Imobiliários e da Construção Civil e professor do FGV Management, Pedro Seixas Corrêa, já é possível notar uma certa estabilização nos preços dos imóveis, que avançaram de forma rápida nos últimos anos. Mas isso também depende do tipo de imóvel e da região onde ele se encontra.

“Em alguns mercados, por conta do desequilíbrio entre a oferta e a demanda, os preços ainda podem valorizar por mais um tempo, pode ser que até 2017 mesmo”, aponta o professor. Ele cita como exemplo a cidade do Rio de Janeiro, que sediará os Jogos Olímpicos de 2016, além de jogos da Copa do Mundo de 2014, e que possui boas perspectivas de investimentos e crescimento por conta do pré-sal.

Entretanto, em outros locais, já é possível notar uma manutenção dos preços ou até mesmo sinais de arrefecimento. “Há regiões que ainda apresentarão alta, mas já há uma certa estabilização geral”, diz Correia.

Segundo ele, os imóveis comerciais é que devem apresentar uma melhor alternativa de investimento. “Isso porque ainda existe uma demanda não atendida por estes imóveis que deve continuar nos próximos anos”, diz.

Alternativas de investimentos em imóveis O diretor executivo da Consul Patrimonial ressalta que, para aqueles que querem investir em imóveis, existem alternativas além da compra direta do bem. Um exemplo são os fundos de investimentos imobiliários.

“Esta é a melhor opção para quem quer aproveitar o boom do mercado e não quer ter o trabalho de procurar um imóvel, negociá-lo, acertar as questões contratuais e ainda ter problemas com inquilinos”, afirma. “Basicamente, um fundo deste tipo é a divisão do empreendimento em cotas e cada pessoa pode comprar uma ou mais”, explica.

Além disso, ele ressalta a segurança deste tipo de investimento. “Pela norma da CVM (Comissão de Valores Imobiliários), somente uma instituição financeira pode fazer esta administração, o que reduz consideravelmente qualquer risco de golpe ou calote”, diz o especialista.

Entre as principais vantagens deste tipo de fundo, está a ausência de tributação para os rendimentos obtidos com o aluguel do imóvel e a possibilidade de diversificação do portfólio imobiliário com poucos recursos. A compra e venda das cotas é feita por meio da corretora de valores. Por isso, é preciso ter cadastro em uma para conseguir fazer estas transações.

Diego Lazzaris Borges



Fonte: InfoMoney

Mercado imobiliário: como esse setor vai se comportar em 2012?

SÃO PAULO – Os brasileiros já começaram a contagem regressiva. Em menos de 20 dias inicia-se o novo ano, e com muitas expectativas, sobretudo para os setores mais importantes da economia. Uma das questões é: como será o comportamento do mercado imobiliário ao longo de 2012? Veremos um aquecimento, uma retração, alta nos preços, mais oferta, enfim, o que podemos esperar?

O diretor de economia do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), Eduardo Zaidan, aposta em uma acomodação dos preços, em relação aos níveis verificados nos anos anteriores. Zaidan explica que os preços dos imóveis em São Paulo subiram muito nos últimos anos por conta de uma demanda reprimida que inundou o mercado. Essa forte demanda refletiu tanto a onda de estabilidade monetária pela qual o Brasil passou, com baixos índices de inflação, quanto o crescimento sustentável do País, com renda e emprego crescendo consistentemente.

No entanto, se por um lado esses fatores fizeram com que o mercado imobiliário mostrasse números “muito espetaculares”, por outro, essa mesma demanda reprimida já foi bastante atendida e 2011 já começou a mostrar uma evolução mais moderada. Assim, para 2012, Zaidan espera uma demanda ainda grande, “mas não com números tão fortes como em 2008, 2009 e 2010”, sobretudo por conta desse atendimento da demanda.

O presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo), José Augusto Viana Neto, tem opinião semelhante à de Zaidan. “Os preços tendem a se estabilizar a partir desse momento. Não haverá um aumento de preço como ocorreu até 2010”, afirma Neto.

De todo modo, ambos descartam a possibilidade de retração nos preços. Os preços vão, sim, continuar subindo, mas apenas em ritmo mais reduzido. Neto explica que os números observados em 2011 sinalizam que a desaceleração já começou, “mostrando que o mercado está encontrando um ponto de equilíbrio entre oferta e demanda”.

Regiões e regiões

Se, na média, devemos esperar uma estabilidade nos preços, não podemos esquecer que há regiões demandadas e as "super demandadas". Neste último caso está São Paulo.

Nesses locais "super demandados", a expectativa é de que os preços se mantenham em alta. “Se você lançar um prédio na Alameda Campinas, no meio de Moema ou no entorno da Juscelino Kubitschek, ele vai ser caro, não tem jeito”. Nesses locais, onde a demanda é forte e contínua e os imóveis chegam a ser considerados raros, não há como esperar qualquer tipo de retração nos preços.

Zaidan também lembrou de todos os custos envolvidos no processo de construção. As construtoras precisam administrar os altos custos dos terrenos, a mão de obra cara, a rígida fiscalização, problemas na entrega de materiais e a forte valorização nos preços dos terrenos, por exemplo. Esses elementos pressionam e continuarão pressionando os preços dos imóveis.

Locação

Falando das locações, Zaidan acredita que em 2012 haverá uma oferta maior de imóveis para locação, o que corrobora a avaliação de que esse é um tipo de investimento muito interessante. A respeito dos preços, Zaidan afirma que “os aluguéis de imóveis bem localizados vão continuar caros”.

O presidente do Creci-SP também confirma a perspectiva de que o mercado de locação vai continuar aquecido, “há muitas pessoas necessitando de imóveis para alugar, e por isso o valor da locação acaba sendo excessivo. Os proprietários estão aproveitando esse momento”, diz Viana Neto.

Em sua análise, o imóvel nesse momento é “um excelente investimento para quem quer aplicar dinheiro para ter renda de aluguel”. Os preços dos aluguéis devem continuar elevados ainda por muito tempo, mas a localização é um fator que deve sempre ser considerado. “Imóveis mais populares, em regiões próximas à linha de metrô, por exemplo, têm uma procura muito maior e, portanto, uma valorização maior”, explica.

Além disso, os preços dos aluguéis devem ser analisados considerando o conjunto de custos que o inquilino terá por mês para morar em um determinado imóvel. Na prática, isso quer dizer que a evolução dos preços dos aluguéis também será influenciada pela evolução dos valores dos condomínios e do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).

“Alguns aluguéis não vão subir muito porque o condomínio e IPTU já subiram demais”, explica Zaidan. Por outro lado, aqueles imóveis que não tiveram altas expressivas nesses dois custos poderão apresentar altas mais fortes nos aluguéis.

A região e o tipo de apartamento também influenciam tanto no valor do aluguel quanto na velocidade com que o imóvel é locado. Imóveis de um a dois dormitórios em Moema, por exemplo, não ficam um mês sem ser alugado. “Os bons imóveis, os imóveis menores, não esquentam prateleira”, afirma Zaidan.



Fonte: InfoMoney

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Índices Econômicos

Índices Econômicos

CUB
(Sinduscon) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Acumulado
2008 0,07 0,38 0,20 0,41 2,72 2,14 0,60 1,36 0,74 1,69 0,21 -0,04 10,96
2009 0,21 0,42 -0,10 -0,12 1,54 1,04 0,37 -0,11 0,16 -0,02 0,11 0,00 3,57
2010 0,15 0,14 0,19 0,17 2,43 2,05 0,53 0,13 -0,15 -0,12 -0,13 0,00 5,77
2011 0,28 0,16 0,10 0,22 3,33 1,26 0,06 0,06 0,14 0,05 0,08 - 5,84

ICV
(Dieese) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Acumulado
2000 1,19 -0,20 0,77 0,29 -0,20 0,15 2,13 1,31 0,41 0,00 0,34 0,82 7,21
2001 0,83 0,23 0,48 0,39 0,22 1,53 2,12 0,65 0,60 1,20 0,98 -0,16 9,43
2002 1,06 0,13 0,23 0,74 0,10 0,60 1,34 0,40 0,95 1,13 3,20 2,39 12,93
2003 2,92 1,35 1,06 1,39 0,24 -0,27 0,35 -0,15 1,26 0,47 0,26 0,32 9,55
2004 1,46 -0,18 0,47 0,06 0,43 1,12 1,21 0,69 0,29 0,53 0,83 0,54 7,7
2005 0,91 0,32 0,81 0,50 0,39 -0,17 -0,17 0,00 0,72 0,57 0,38 0,19 2,56
2006 0,72 0,12 0,52 -0,06 -0,37 -0,21 -0,14 0,32 0,39 0,27 0,33 0,65 0,65
2007 0,95 0,21 0,25 0,41 0,63 0,15 -0,30 0,40 0,30 0,33 0,28 1,09 4,79
2008 0,88 -0,03 0,45 0,42 0,87 0,97 0,87 0,32 0,14 0,43 0,53 0,10 6,11
2009 0,69 0,02 0,40 0,31 0,23 0,05 0,49 0,30 0,27 0,53 0,60 0,08 4,05
2010 1,72 0,59 0,47 0,22 0,15 0,02 0,14 0,25 0,53 0,93 1,04 0,65 5,62
2011 1,28 0,41 0,91 0,80 0,04 -0,34 0,44 0,39 0,69 0,31 0,52 - 6,24


IGP-DI
(FGV) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Acumulado
2000 1,02 0,19 0,18 0,13 0,67 0,93 2,26 1,82 0,69 0,37 0,39 0,76 9,8
2001 0,49 0,34 0,80 1,13 0,44 1,46 1,62 0,90 0,38 1,45 0,76 0,18 10,4
2002 0,19 0,18 0,11 0,70 1,11 1,74 2,05 2,36 2,64 4,21 5,84 2,70 26,41
2003 2,17 1,59 1,66 0,41 -0,67 -0,70 -0,20 0,62 1,05 0,44 0,48 0,60 7,66
2004 0,80 1,08 0,93 1,15 1,46 1,29 1,14 1,31 0,48 0,53 0,82 0,52 12,13
2005 0,33 0,40 0,99 0,51 -0,25 -0,45 -0,40 -0,79 -0,13 0,63 0,33 0,07 1,23
2006 0,72 -0,06 -0,45 0,02 0,38 0,67 0,17 0,41 0,24 0,81 0,57 0,26 3,8
2007 0,43 0,23 0,22 0,14 0,16 0,26 0,37 1,39 1,17 0,75 1,05 1,47 7,9
2008 0,99 0,38 0,70 1,12 1,88 1,89 1,12 -0,38 0,36 1,09 0,07 -0,44 9,1
2009 0,01 -0,13 -0,84 0,04 0,18 -0,32 -0,64 0,09 0,25 -0,04 0,07 -0,11 -1,43
2010 1,01 1,09 0,63 0,72 1,57 0,34 0,22 1,10 1,10 1,03 1,58 0,38 4,38
2011 0,98 0,96 0,61 0,50 0,01 -0,13 -0,05 0,61 0,75 0,40 0,43 - 5,56


IGP-M
(FGV) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Acumulado
2000 1,24 0,35 0,15 0,23 0,31 0,85 1,57 2,39 1,16 0,38 0,29 0,63 9,8
2001 0,62 0,23 0,56 1,00 0,86 0,98 1,48 1,38 0,31 1,18 1,10 0,22 10,4
2002 0,36 0,06 0,09 0,56 0,83 1,54 1,95 2,32 2,40 3,87 5,19 3,75 25,3
2003 2,33 2,28 1,53 0,92 -0,26 -1,00 -0,42 0,38 1,18 0,38 0,49 0,61 8,69
2004 0,88 0,69 1,13 1,21 1,31 1,38 1,31 1,22 0,69 0,39 0,82 0,74 12,13
2005 0,39 0,30 0,85 0,86 -0,22 -0,44 -0,34 -0,65 -0,53 0,60 0,40 -0,01 1,2
2006 0,92 0,01 -0,23 -0,42 0,38 0,75 0,18 0,37 0,29 0,47 0,75 0,32 3,85
2007 0,50 0,27 0,34 0,04 0,04 0,26 0,28 0,98 1,29 1,05 0,69 1,76 7,75
2008 1,09 0,53 0,74 0,69 1,61 1,98 1,76 -0,32 0,11 0,98 0,38 -0,13 9,81
2009 -0,44 0,26 -0,74 -0,15 -0,07 -0,10 -0,43 -0,36 0,42 0,05 0,10 -0,26 -1,72
2010 0,63 1,18 0,94 0,77 1,19 0,85 0,15 0,77 1,15 1,01 1,45 0,69 5,17
2011 0,79 1,00 0,62 0,45 0,43 -0,18 -0,12 0,44 0,65 0,53 0,50 - 5,95


INCC
(FGV) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Acumulado
2000 1,07 0,77 0,56 0,60 1,35 0,73 0,30 0,39 0,26 0,33 0,41 0,64 7,66
2001 0,6 0,34 0,27 0,36 2,11 1,16 0,52 0,62 0,55 0,93 0,7 0,3 8,85
2002 0,36 0,58 0,55 0,33 2,53 0,57 0,29 1,00 0,71 1,13 2,45 1,70 12,87
2003 1,51 1,39 1,38 0,90 2,84 1,05 0,99 1,44 0,22 0,65 1,04 0,16 14,42
2004 0,33 1,00 1,16 0,59 1,83 0,70 1,12 0,81 0,58 1,19 0,71 0,51 11,04
2005 0,75 0,44 0,67 0,72 2,09 0,76 0,11 0,02 0,24 0,19 0,28 0,37 6,83
2006 0,34 0,19 0,20 0,36 1,32 0,90 0,47 0,24 0,11 0,21 0,23 0,36 5,04
2007 0,45 0,21 0,27 0,45 1,15 0,92 0,31 0,26 0,51 0,51 0,36 0,59 6,16
2008 0,38 0,40 0,66 0,87 2,02 1,92 1,46 1,18 0,95 0,77 0,50 0,17 11,87
2009 0,33 0,27 -0,25 -0,04 1,39 0,70 0,26 -0,05 0,15 0,06 0,29 0,10 3,25
2010 0,64 0,36 0,75 0,84 1,81 1,09 0,44 0,14 0,21 0,20 0,37 0,67 6,07
2011 0,41 0,28 0,43 1,06 2,94 0,37 0,45 0,13 0,14 0,23 0,72 - 8,09


INPC
(IBGE) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Acumulado
2000 0,61 0,05 0,13 0,09 -0,05 0,30 1,39 1,21 0,43 0,16 0,29 0,55 5,27
2001 0,77 0,49 0,48 0,84 0,57 0,60 1,11 0,79 0,44 0,94 1,29 0,74 9,44
2002 1,07 0,31 0,62 0,68 0,09 0,61 1,15 0,86 0,83 1,57 3,39 2,70 14,74
2003 2,47 1,46 1,37 1,38 0,99 -0,06 0,04 0,18 0,82 0,39 0,37 0,54 10,38
2004 0,83 0,39 0,57 0,41 0,40 0,50 0,73 0,50 0,17 0,17 0,44 0,86 6,13
2005 0,57 0,44 0,73 0,91 0,70 -0,11 0,03 0,00 0,15 0,58 0,54 0,40 5,05
2006 0,38 0,23 0,27 0,12 0,13 -0,07 0,11 -0,02 0,16 0,43 0,42 0,62 2,81
2007 0,49 0,42 0,44 0,26 0,26 0,31 0,32 0,59 0,25 0,30 0,43 0,97 5,16
2008 0,69 0,48 0,51 0,64 0,96 0,91 0,58 0,21 0,15 0,50 0,38 0,29 6,48
2009 0,64 0,31 0,20 0,55 0,60 0,42 0,23 0,08 0,16 0,24 0,37 0,24 4,11
2010 0,88 0,70 0,71 0,73 0,43 -0,11 -0,07 -0,07 0,54 0,92 1,03 0,60 5,31
2011 0,94 0,54 0,66 0,72 0,57 0,22 0,00 0,42 0,45 0,32 0,57 - 6,18


IPC
(FIPE) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Acumulado
2000 0,57 -0,23 0,23 0,09 0,03 0,18 1,40 1,55 0,27 0,01 -0,05 0,26 4,38
2001 0,38 0,11 0,51 0,61 0,17 0,85 1,21 1,15 0,32 0,74 0,61 0,25 7,13
2002 0,57 0,26 0,07 0,06 0,06 0,31 0,67 1,01 0,76 1,28 2,65 1,83 9,92
2003 2,19 1,61 0,67 0,57 0,31 -0,16 -0,08 0,63 0,84 0,63 0,27 0,42 8,17
2004 0,65 0,19 0,12 0,29 0,57 0,92 0,59 0,99 0,21 0,62 0,56 0,67 6,57
2005 0,56 0,36 0,79 0,83 0,35 -0,20 0,30 -0,20 0,44 0,63 0,29 0,29 4,53
2006 0,50 -0,03 0,14 0,01 -0,22 -0,31 0,21 0,12 0,25 0,39 0,42 1,04 2,54
2007 0,66 0,33 0,11 0,33 0,36 0,55 0,27 0,07 0,24 0,08 0,47 0,82 4,37
2008 0,52 0,19 0,31 0,54 1,23 0,96 0,45 0,38 0,38 0,50 0,39 0,16 6,16
2009 0,46 0,27 0,40 0,31 0,33 0,13 0,33 0,48 0,16 0,25 0,29 0,18 3,65
2010 1,34 0,74 0,34 0,39 0,22 0,04 0,17 0,17 0,53 1,04 0,72 0,54 4,93
2011 1,15 0,60 0,35 0,70 0,31 0,01 0,30 0,39 0,25 0,39 0,60 - 5,73


IPCA
(IBGE) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Acumulado
2000 0,62 0,13 0,22 0,42 0,01 0,23 1,61 1,31 0,23 0,14 0,32 0,59 5,97
2001 0,57 0,46 0,38 0,58 0,41 0,52 1,33 0,70 0,28 0,83 0,71 0,65 7,67
2002 0,52 0,36 0,60 0,80 0,21 0,42 1,19 0,65 0,72 1,31 3,02 2,10 12,53
2003 2,25 1,57 1,23 0,97 0,61 -0,15 0,20 0,34 0,78 0,29 0,34 0,52 9,3
2004 0,76 0,61 0,47 0,37 0,51 0,71 0,91 0,69 0,33 0,44 0,69 0,86 7,6
2005 0,58 0,59 0,61 0,87 0,49 -0,02 0,25 0,17 0,35 0,75 0,55 0,36 5,69
2006 0,59 0,41 0,43 0,21 0,10 -0,21 0,19 0,05 0,21 0,33 0,31 0,48 3,14
2007 0,44 0,44 0,37 0,25 0,28 0,28 0,24 0,47 0,18 0,30 0,38 0,74 4,46
2008 0,54 0,49 0,48 0,55 0,79 0,74 0,53 0,28 0,26 0,45 0,36 0,28 5,9
2009 0,48 0,55 0,20 0,48 0,47 0,36 0,24 0,15 0,24 0,28 0,41 0,37 4,31
2010 0,75 0,78 0,52 0,57 0,43 0,00 0,01 0,04 0,45 0,75 0,83 0,63 5,22
2011 0,83 0,80 0,79 0,77 0,47 0,15 0,16 0,37 0,53 0,43 0,52 - 6,64


POUPANCA
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Acumulado
2008 0,6015 0,5244 0,5411 0,5960 0,5740 0,6152 0,6924 0,6582 0,6980 0,7519 0,6626 0,7160 7,9
2009 0,6849 0,5453 0,6445 0,5456 0,5451 0,5659 0,6056 0,5198 0,5000 0,5000 0,5000 0,5536 6,93
2010 0,5000 0,5000 0,5796 0,5000 0,5513 0,5592 0,6157 0,5914 0,5706 0,5474 0,5338 0,6413 6,56
2011 0,5719 0,5527 0,6218 0,5371 0,6578 0,6120 0,6235 0,7086 0,6008 0,5623 0,5648 0,5942 7,45


TJLP
(BNDES) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Acumulado
2000 0,9500 0,9500 0,9500 0,8700 0,8700 0,8700 0,8200 0,8200 0,8200 0,7800 0,7800 0,7800 10,76
2001 0,7400 0,7400 0,7400 0,7400 0,7400 0,7400 0,7600 0,7600 0,7600 0,8000 0,8000 0,8000 9,51
2002 0,8000 0,8000 0,8000 0,7600 0,7600 0,7600 0,8000 0,8000 0,8000 0,8000 0,8000 0,8000 9,9
2003 0,8700 0,8700 0,8700 0,9488 0,9488 0,9488 0,9488 0,9488 0,9488 0,8734 0,8734 0,8734 11,49
2004 0,7974 0,7974 0,7974 0,7783 0,7783 0,7783 0,7783 0,7783 0,7783 0,7783 0,7783 0,7783 9,81
2005 0,7783 0,7783 0,7783 0,7783 0,7783 0,7783 0,7783 0,7783 0,7783 0,7783 0,7783 0,7783 9,75
2006 0,7207 0,7207 0,7207 0,6550 0,6550 0,6550 0,6045 0,6045 0,6045 0,5536 0,5536 0,5536 7,87
2007 0,5262 0,5262 0,5262 0,5262 0,5262 0,5262 0,5065 0,5065 0,5065 0,5065 0,5065 0,5065 6,38
2008 0,5065 0,5065 0,5065 0,5065 0,5065 0,5065 0,5065 0,5065 0,5065 0,5065 0,5065 0,5065 6,25
2009 0,5065 0,5065 0,5065 0,5065 0,5065 0,5065 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 6,13
2010 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 6,00
2011 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 0,4868 6,00


TR
(BACEN) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Acumulado
2000 0,2149 0,2328 0,2242 0,1301 0,2492 0,2140 0,1547 0,2025 0,1038 0,1316 0,1197 0,0991 2,1
2001 0,1369 0,0368 0,1724 0,1546 0,1827 0,1458 0,2441 0,3436 0,1627 0,2913 0,1928 0,1983 2,29
2002 0,2591 0,1171 0,1758 0,2357 0,2102 0,1582 0,2656 0,2481 0,1955 0,2768 0,2644 0,3609 2,8
2003 0,4878 0,4116 0,3782 0,4184 0,4650 0,4166 0,5465 0,4038 0,3364 0,3213 0,1776 0,1899 4,65
2004 0,1280 0,0458 0,1778 0,0874 0,1546 0,1761 0,1952 0,2005 0,1728 0,1108 0,1146 0,2400 1,82
2005 0,1880 0,0962 0,2635 0,2003 0,2527 0,2993 0,2575 0,3466 0,2637 0,2100 0,1929 0,2269 2,83
2006 0,2326 0,0725 0,2073 0,0855 0,1888 0,1937 0,1751 0,2436 0,1521 0,1875 0,1282 0,1522 2,04
2007 0,2189 0,0721 0,1876 0,1272 0,1689 0,0954 0,1466 0,1466 0,0352 0,1142 0,0590 0,0640 1,45
2008 0,1010 0,0243 0,0409 0,0955 0,0736 0,1146 0,1914 0,1574 0,1970 0,2506 0,1618 0,2149 1,63
2009 0,1840 0,0451 0,1438 0,0454 0,0449 0,0656 0,1051 0,0197 0,0000 0,0000 0,0000 0,0533 0,72
2010 0,0000 0,0000 0,0792 0,0000 0,0510 0,0589 0,1151 0,0909 0,0702 0,0472 0,0336 0,1406 0,38
2011 0,0715 0,0524 0,1212 0,0369 0,1570 0,1114 0,1229 0,2076 0,1003 0,0620 0,0645 0,0937 1,20



CRECI-SP ::Conselho Regional de Corretores de Imóveis::
Rua Pamplona, 1200 - Jardins

É hora de decidir?

Sinceramente, a mais importante lição que tenho aprendido na vida sobre a hora certa de tomar decisões é a seguinte: se a situação pode aguardar mais um tempo, até que você tome uma decisão, então use o tempo a seu favor e ESPERE! É simples, assim: se não muda em nada o fato de você adiar a decisão, então o use o tempo a seu favor. Ele pode ser precioso para reforçar a idéia já existente em sua mente, para mudá-la, ou para eliminá-la.

Você pode até imaginar que são poucas as decisões que suportam a espera. Não se iluda, são muitas. É lógico que muitas não podem esperar. Mas lembre-se que cada caso será sempre um caso distinto. Não existe uma regra. E sendo assim, a vida sempre lhe chamará a refletir, ponderar, usar de sabedoria. Exemplos: A compra de um bem – talvez uma casa ou um carro –, pode ser em caráter emergencial. Ou pode ser feita daqui a alguns poucos ou muitos meses, enquanto você reúne os recursos, ou encontra a melhor opção. Se você pode esperar, então espere. Uma cirurgia pode ser curativa, e ter urgência em ser realizada. Então enfrente-a. Ou pode ser corretiva, permitindo-lhe aguardar o melhor momento. Se você pode esperar, então por que não aguardar? Deixar seu emprego atual pode ser imperativo. Então saia! Mas também pode ser apenas parte de um plano, de um projeto, que pode ser executado somente no tempo certo. Então espere, e use o tempo para amadurecer a decisão. Voltar para a faculdade pode ser a pré-condição para uma promoção ou conquista profissional – então faça isso "ontem". Mas pode ser algo recomendável ou desejável, uma necessidade de reciclagem auto-imposta, podendo assim ser melhor planejada, ou feita num ritmo menos frenético. Em suma, se você pode esperar, então ESPERE!

Mas, cuidado na hora de aplicar este conceito. Esperar demais também pode ser prejudicial. Usar o tempo a seu favor não significa ser relapso, negligente. Esperar para tomar uma decisão significa pensar HOJE sobre o assunto, sobre a situação, e definir uma nova data para tratar do mesmo, para então tomar uma decisão final. Algo como “em Agosto vou voltar a procurar o imóvel”, ou “próxima semana vamos conversar sobre o assunto”, ou ainda “em Dezembro eu faço a cirurgia”. Quando chegar lá, a decisão pode até ser adiada novamente, não vejo problema. Mas você tem que ter a disciplina de, no tempo previamente aprazado, parar, analisar, refletir, ponderar e concluir por uma decisão final, ou por novamente empurrá-la. Ora, se feito assim, acaba sendo uma decisão. Ser negligente é involuntariamente tomar a decisão de não tomar a decisão necessária. Acaba sendo a pior decisão. Pense bem, se você pode adiar uma decisão, e isso continua não implicando conseqüências danosas para você e para os outros, é porque, então, não é um problema, é apenas uma situação (já escrevi sobre a diferença entre os dois em artigo anterior).

Se por ventura você se encontrar na situação de ir adiando, adiando, adiando, é possível que chegue a conclusão que o que desejava, ou o que achava que precisava, era, na verdade, desnecessário, dispensável, supérfluo, ou fugaz. Ou seja, você não terá perdido seu tempo, mas usado-o a seu favor. Mas CUIDADO! Isso só vale se você antes de adiar, parar para refletir, e concluir que não há prejuízo em tomar a decisão de adiar a decisão. Está claro?

E no amor, dá também para adiar decisões? Da mesma forma. Ou quase. No caso das relações amorosas, são poucos os casos que a situação pode esperar até você tomar uma decisão. O amor afetuoso, diferentemente do amor amigo, exige integralidade, não suporta divisões, ou dúvidas. É difícil estar em paz enquanto o coração afetuoso está dividido. Por isso, normalmente essas situações exigem urgência em ser tratadas. Mesmo assim, se for possível esperar para tomar uma decisão, se for possível usar o tempo a favor do amadurecimento da idéia, sem que isso agrave os fatos, ou a relação, controle sua ansiedade, suas emoções e use o tempo a seu favor: decida depois. Certamente, você pode olhar agora para trás e agradecer a Deus, e a você mesmo, pelas inúmeras vezes que não decidiu em favor do que tanto queria na época. Meu Deus, quando eu olho para meu passado, vejo inúmeras razões para ser grato por ter esperado, e não ter agido precipitadamente, apaixonadamente, ou sob o calor da emoção.

Mas é sempre bom lembrar que tem uma decisão que NUNCA pode esperar, que SEMPRE urge ser logo feita, que não dá para adiar. Algo que se não for feito, pode ser tarde demais. Se for adiado, significa tempo de vida perdido. Estou falando de expressar o quanto amamos alguém. Nisto seremos sempre devedores. É como diz o apóstolo Paulo: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros...” Rm 13:8 E se aquele que deve for íntegro, honesto, correto, ele não se aquietará enquanto não saldar sua dívida. Por isso, sempre será tempo certo para tomar a decisão de dizer “Eu te amo”, para dizer “gosto muito de você”, para dizer “você é especial”, para dizer, seja no trabalho, no lar ou entre amigos, “você faz a diferença para mim”. Para essa decisão, não existe hora. Que tal agora?

Compromisso de hoje: Se for possível, vou esperar um pouco mais.

Abraços, bênçãos e SUCESSO!

Paulo Angelim
Consultor e Palestrante nacional em Marketing, Vendas e Motivação

Para quem servem os corretores?

Uma forma de melhor avaliarmos a importância e relevância de uma profissão é imaginarmos, hipoteticamente, o que aconteceria se ela simplesmente não existisse. Assim, comece a imaginar como ficaria nossas vidas sem médicos, policiais ou professores. Sem dúvida alguma, nossas vidas seriam em muito dificultadas. Muito bem, da mesma forma, vamos imaginar o que ocorreria se, por ventura, não existissem corretores de imóveis. É possível que muitos clientes se precipitem e, inadvertidamente, pensem que seria muito melhor se corretores não existissem. Se pensam assim é porque talvez ainda não tenham experimentado os frutos do trabalho de um verdadeiro corretor de imóveis. Imaginar que uma sociedade não sentiria as conseqüências de um mercado desassistido de corretores de imóveis revela um desconhecimento claro do papel deste profissional. Para provar isso, convido-lhe a responder às seguintes perguntas, todas partindo da seguinte premissa:

Se não existissem os corretores de imóveis...

- ... quem, com seus conhecimentos de mercado e sensibilidade humana, auxiliaria os clientes na análise e identificação das melhores soluções em imóveis para as necessidades de sua família?;

- ... quem, com seu olho clínico e visão de futuro, garantiria ao comprador que o imóvel está isento de vícios construtivos e se trata de investimento com grande possibilidade de valorização?;

- ... quem, com seus conhecimentos jurídicos, auxiliaria os compradores na análise e tramitação de toda a documentação de seu novo imóvel?;

- ... quem, com seu apurado senso estético e arquitetônico, poderia lhe orientar na melhor utilização dos espaços de seu novo imóvel?;

- ... quem, com inegável e real interesse em sua satisfação, iria lhe orientar e indicar vários profissionais para resolver todas as suas necessidades pós-compra do imóvel?.

Ah, você acha que o mundo seria melhor sem os corretores de imóveis exatamente porque o que lhe atendeu não fez nada do que está descrito acima? Deixe-me lhe dizer uma coisa: se ele não agiu como acima, então ele não era um verdadeiro corretor. E deixe-me lhe garantir outra coisa: existem inúmeros excepcionais corretores em nosso mercado, prontos a lhe atender e lhe mostrar que nossas vidas seriam bem mais difíceis se esses profissionais não existissem.

Duas dicas para você descobrir se está realmente diante de um verdadeiro corretor: primeiro exija que lhe apresente a carteira profissional; segundo, pergunte o que ele pode e pretende fazer por você. Se a resposta coincidir com a lista acima, fique tranqüilo. Você está prestes a ser mais um dos vários clientes que já passaram pela prazerosa experiência de, ao final de uma boa negociação imobiliária, dizerem: que bom ter um corretor!

Bênçãos e bons negócios, para você e para seu corretor!



Paulo Angelim

Arquiteto, Consultor e Palestrante em Marketing, Vendas e Motivação, e um orgulhoso Corretor de Imóveis.

Imóveis terão ciclo positivo de 15 anos, prevê especialista

Fábio Nogueira, fundador da Brazilian Finance & Real Estate, acredita que, mesmo com eventuais crises, o mercado imobiliário deve passar por fase longa de prosperidade


Para o sócio-fundador da Brazilian Finance & Real Estate (BFRE), Fábio Nogueira, o mercado imobiliário brasileiro ainda está apenas no começo de um longo ciclo de crescimento. O executivo, que tem o bilionário americano Sam Zell como sócio na BFRE, acredita que mesmo eventuais turbulências e crises econômicas no futuro deverão tirar o mercado imobiliário da rota apenas momentaneamente porque o Brasil já teria as condições necessárias para um crescimento sustentado. A BFRE estrutura operações de financiamento imobiliário para pessoas físicas, incorporadoras e construtoras. Na entrevista abaixo, concedida à gestora de recursos Rio Bravo, Nogueira fala da expansão do crédito imobiliário no Brasil e dos aumentos dos preços:

Pergunta - Os imóveis no Brasil estão em alta já há anos e alguns investidores que entraram cedo no ciclo, como o Sam Zell, já venderam suas participações em empresas como a BR Malls e a Gafisa. Por mais que se acredite que os juros no Brasil ainda vão cair no longo prazo, a percepção de que a maior parte do ciclo já aconteceu está ficando inevitável. Com que cenário você trabalha em termos de valorização de imóveis no Brasil?

Nogueira - Nós ainda estamos no início de um ciclo que no setor imobiliário costuma ser longo. No Brasil, eles eram mais curtos porque a volatilidade não permitia durações superiores a três ou quatro anos. Agora há vários ingredientes que favorecem um ciclo superior a 10 ou 15 anos. O primeiro deles é o déficit habitacional. Os brasileiros compram para morar, e não para especular. No Brasil, quem quer especular pode fazer isso com instrumentos financeiros. Aqui as pessoas não apenas compram para morar como ainda pagam juros relativamente altos. Se você comparar os juros globais praticados no credito imobiliário com as taxas brasileiras de 9% a 12% ao ano, vai ver que pagamos no mínimo o dobro do que é cobrado globalmente.

Pergunta – Por outro lado, os imóveis que exigiam comprovação de renda de 4.000 reais por mês há alguns anos agora podem ser financiados por quem ganha 1.500 reais. Não existe o risco de que esse crédito fácil vire um novelo de inadimplência lá na frente?

Nogueira – Não, ao menos nesse atual cenário. Isso é fruto da ampliação de prazos de financiamento. Errado era o que o Brasil praticava. Os bancos financiavam imóveis em no máximo 10 ou 15 anos e o brasileiro, por não gostar de dívidas, tomava um credito com um prazo ainda inferior. Agora quando você estende isso para até 30 anos, que é algo normal em se tratando de credito imobiliário, é lógico que a prestação cai e a necessidade de comprovação de renda também.

Pergunta - Não há um critério de concessão de crédito mais benevolente?

Nogueira - Não. Se tem uma coisa que o Brasil aprendeu foi fazer concessão de crédito de maneira muito regrada. Ninguém gasta mais de 30% da renda familiar com a prestação imobiliária. O normal é ficar entre 20% ou 25%. E ninguém financia mais do que o valor do bem, enquanto no exterior era liberado até 120% do preço do imóvel. Como quem toma o crédito aqui coloca em média 38% do valor do imóvel como entrada, a pessoa é cuidadosa porque tem esse tanto a perder.

Pergunta – Por que o mercado está tão aquecido?

Nogueira - O que aconteceu foi que, a partir do momento que as pessoas perceberam a estabilização, resolveram realizar o sonho da casa própria. Obviamente a indústria imobiliária teve que se adaptar a isso. Novos projetos foram criados, encontrou-se o gargalo de infraestrutura, depois o gargalo da aprovação de projetos e agora a escassez de matéria-prima e de mão de obra. A indústria está de uma maneira muito exemplar conseguindo superar todos os obstáculos. O incorporador brasileiro sobreviveu a 30 ou 40 anos de inflação sem ter fontes de recursos de financiamento. Ele aprendeu a permutar terreno por área construída, por exemplo, para reduzir o gasto de capital.

Em 2008, quando várias empresas fizeram ofertas iniciais de ações, os bancos de investimento chegaram a recomendar que as incorporadoras parassem de fazer isso e começassem a comprar terrenos. Elas então compraram terreno de uma maneira exagerada e chegaram ao pior da crise de 2008 sem liquidez. As incorporadoras aprenderam e, à medida que a crise foi arrefecendo, começaram a retomar práticas saudáveis, como permutas e parcerias, por exemplo. Hoje, elas têm uma bela gestão de caixa.

Pergunta – E para onde vão os preços?

Nogueira – Recentemente nós tivemos uma recuperação do valor dos imóveis após um período de 20, 30 ou 40 anos de estagnação. As últimas informações dão conta de uma estabilidade de preço. Se nós tivéssemos vivendo um processo especulativo, os preços continuariam subindo, coisa que não aconteceu. Ao mesmo tempo, o preço também não caiu. Obviamente que haverá problemas e eventuais crises pontuais na economia que poderão interferir no desenvolvimento do mercado imobiliário. Ainda que os fundamentos atuais apontem para um desenvolvimento sustentado, é importante lembrar que, mesmo nos piores momentos históricos, os preços nunca caem mais de 20% ou 25%.

Pergunta - Qual é hoje o maior risco para o mercado imobiliário brasileiro?

Nogueira - A inflação é um risco, como é para a economia como um todo. Temos que combater com todas as forças o advento da inflação porque sua consequência é o aumento da taxa básica de juros e a instabilidade. A geração de brasileiros mais jovens que não conheceu a inflação deve continuar a não saber do que se trata. A inflação traz reajuste de prestações, por exemplo. A gente já sabe o que pode acontecer quando as dívidas imobiliárias crescem e superam o valor do próprio imóvel. O grande problema do crédito imobiliário no mundo é a percepção de que seu imóvel vale menos que sua dívida. Foi exatamente o que ocorreu nos países desenvolvidos. É o que a gente tem que evitar ferrenhamente que aconteça aqui.

Pergunta - A dívida pode aumentar mais e suplantar o valor do imóveis porque os contratos são indexados?

Nogueira - Exato, o contrato é indexado, mas o preço do imóvel, não.

Pergunta - Estima-se que os recursos da poupança vão estar esgotados para financiar o crédito imobiliário por volta de 2013 ou 2014. O que a indústria poderá fazer em termos de financiamento?

Nogueira - Já estamos fazendo. Nos últimos 14 anos, de maneira silenciosa e consistente, a gente desenvolveu o instrumento da securitização sem qualquer interferência ou necessidade de ajuda governamental. A securitização é um instrumento do mercado de capitais. A gente contou com a ajuda do governo com algum tipo de apoio para a captação de recursos, como a isenção de IR para pessoas físicas que investem em CRI (Certificados Recebíveis Imobiliários). Agora é uma questão de escala. A securitização está pronta para atender esse grande desafio que é suprir essa população jovem com a residência que eles estão buscando. A securitização será a resposta para o esgotamento dos recursos de poupança.

Fonte EXAME.COM

Porque a internet é uma das fontes de informações mais utilizadas pelos brasileiros?

Como comprar um imóvel na planta com segurança

Comprar um imóvel na planta é um bom negócio, desde que seja bem planejado. É preciso checar detalhes e fazer pesquisas para evitar imprevistos. Conheça agora as principais vantagens e dicas para fazer sua compra com segurança. Confira alguns cuidados que devem ser tomados antes de fazer a compra:

Faça seu orçamento: Verifique suas despesas mensais, faça um planejamento de acordo com o seu fluxo financeiro e veja o valor da prestação que cabe no seu bolso. Lembre-se de considerar despesas fixas anuais, como o IPVA, matrícula de escola e ganhos, como 13º salário e bônus. Para conquistar o imóvel, geralmente é necessário cortar gastos.

Programe-se: como o prazo de entrega do apartamento varia de 2 a 3 anos, aproveite esse período de espera para se organizar. Resolva as pendências, reveja suas contas e determine como será feita a troca do seu imóvel atual para o novo, etc.

Analise o empreendimento: Visite o decorado para ter ideia do uso dos espaços. Confira o memorial descritivo, documento que detalha os acabamentos dos apartamentos e áreas comuns.

Analise a documentação: Consulte o Registro de Incorporação no Cartório de Registro de Imóveis para saber se o projeto é regularizado perante os órgãos competentes, procedimento fundamental que garante que toda a legislação foi seguida, além de informar detalhes de como o empreendimento será entregue.

Conheça a incorporadora e a construtora: Para saber se a empresa responsável pelo empreendimento é confiável, consulte o site, se informe sobre seu histórico e visite suas obras anteriores.

Contrato: Na hora de fazer a compra, analise o contrato com cautela, tire todas as dúvidas antes de assinar e confira como estão descritas as formas de pagamento.

Fique de olho: Acompanhe o andamento da obra. Muitos sites de incorporadoras disponibilizam imagens sobre o status da construção regularmente, então aproveite essa facilidade e consulte a internet.

Estes são procedimentos que ajudam a garantir uma compra confiável e fazer do processo de aquisição um bom negócio.

Fonte Tibério

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Magnata russo compra por US$ 88 milhões apartamento mais caro de Nova York

Nova York - O magnata russo Dimitry Rybolovlev, um dos cem homens mais ricos do mundo segundo a revista 'Forbes', comprou por US$ 88 milhões o apartamento mais caro de Nova York, informou nesta segunda-feira o jornal 'The New York Observer'.

Segundo fontes do periódico, Rybolovlev adquiriu de Sandy Weill, ex-conselheiro do Citigroup, uma luxuosa cobertura de 625 metros quadrados em Central Park West, considerada a propriedade mais valiosa da história do mercado imobiliário da cidade.

O apartamento - com uma vista ampla para o Central Park e um terraço de quase 200 metros quadrados que rodeia todo o imóvel - tem dez quartos, 17 armários e tetos de mais de quatro metros de altura.

A transação supera o recorde anterior de venda de uma propriedade residencial em Nova York, estabelecido neste mesmo ano por outro russo, o compositor Igor Krutoy, que comprou por US$ 48 milhões outra residência na mesma área da cidade.

Ryobolvyev, de 45 anos, desembolsou há três anos US$ 95 milhões para adquirir do empresário americano Donald Trump sua mansão em Palm Beach, na Flórida, casa que agora é reivindicada por sua mulher como parte de um divórcio que pode custar ao magnata até US$ 6 bilhões, acrescentou o jornal nova-iorquino.

O russo também deseja imitar seu compatriota Roman Abrámovich, proprietário do clube de futebol inglês Chelsea, sendo o próximo dono do Monaco, da França, com um investimento próximo dos 200 milhões de euros.

Ryobolvyev - que neste ano ocupou a 93ª posição entre os homens mais ricos do mundo da lista da 'Forbes' com um patrimônio de US$ 8,6 bilhões - multiplicou sua fortuna em 2010, quando vendeu suas ações do fabricante de adubos russo Uralkali por US$ 6,5 bilhões, e atualmente mora no Chipre.

EXAME

Retrospectiva – Imóveis estão entre os melhores investimento de 2011

Imóveis, ouro e renda fixa largam na frente; Ibovespa perde 20% no ano
São Paulo – O ano de 2011 foi marcado pela crise europeia, que desancou as bolsas ao redor do mundo: países sofrendo com grande endividamento, líderes lentos para decidir e até questionamentos sobre a continuidade do euro apavoraram investidores que correram para ativos reais e para a renda fixa. A lenta recuperação americana não ajudou, mas a aversão generalizada ao risco levou o dólar a fechar o ano em alta.

No Brasil, o resultado não poderia ter sido diferente. O Ibovespa sofreu e os grandes destaques do ano foram os imóveis, o ouro e a renda fixa, em especial os seguros títulos públicos. A economia deve crescer cerca de 3%, menos que o esperado inicialmente, mas mesmo assim o mercado interno continua aquecido.

No meio do ano, o Banco Central decidiu iniciar um novo ciclo de queda de juros, surpreendendo o mercado, e recentemente o governo resolveu tomar novas medidas de estímulo ao consumo. A inflação, no entanto, ainda preocupa, e deve fechar o ano acima do teto da meta. Como resultado, as empresas ligadas ao mercado interno brilharam na Bolsa, assim como os títulos atrelados à inflação.

“Esse ranking de investimentos é típico de um ano de crise, em que as pessoas correm para ativos reais, como o ouro ou os imóveis”, comenta Sinara Polycarpo, superintendente de investimentos do Santander. Confira o desempenho dos investimentos no ano, em ordem decrescente de rentabilidade.

Imóveis residenciais
Ouro
Títulos públicos
Fundos de renda fixa
Fundos multimercados
Fundos DI
Dólar
Fundos imobiliários
Poupança
Fundos de ações ativos
Ibovespa
Fundos de Small Caps



Imóveis residenciais: 25%A valorização média dos imóveis residenciais foi a maior entre os investimentos brasileiros e continuou a ser uma das maiores altas imobiliárias do mundo em 2011. Os imóveis valorizaram em média 25% entre janeiro e novembro, data do último índice FipeZap, que apura os valores dos imóveis em sete capitais brasileiras.

A continuação da euforia tanto se relaciona com o bom momento da economia interna quanto com a aversão dos investidores ao risco da bolsa de valores. Em épocas de crise, o investimento em imóveis costuma ganhar espaço – até investidores estrangeiros vêm aquecendo a demanda por esses ativos no Brasil, principalmente em regiões já muito valorizadas, como a Zona Sul do Rio de Janeiro.

Por aqui, o mercado interno também continuou colaborando para que a demanda fosse maior que a oferta. O crescimento da economia e da renda, a maior oferta de crédito, os incentivos governamentais à habitação popular e os grandes investimentos em infraestrutura foram os principais motores da demanda.

As maiores altas do ano ocorreram no Rio de Janeiro (33,40%), no Recife (27,70%) e em São Paulo (25,20%). No Rio, os investimentos para grandes eventos esportivos, na exploração de petróleo e gás e na pacificação das favelas, bem como a escassez de terrenos em áreas nobres e a grande procura de investidores estrangeiros puxaram os preços para cima. Em Recife, o maior fator é o Porto de Suape, que vem atraindo mão de obra especializada para a cidade.

A alta acentuada nos preços dos imóveis, porém, pode estar perto do fim. A valorização média de 1,4% em novembro foi a menor dos últimos 15 meses. Foi o sétimo mês seguido de desaceleração no ritmo de alta, de acordo com o FipeZap. Mas essa não é uma tendência tão clara. De acordo com a última pesquisa Ibope de preços de imóveis residenciais, ainda não há sinais evidentes de desaceleração na alta dos preços.

Ouro: 20,12%

Como já é típico em anos de crise e incertezas, o ouro registrou novamente este ano uma das maiores altas anuais. A valorização de mais de 20% fez com que 100.000 reais aplicados no metal precioso se tornassem 120.000 reais até 13 de dezembro. Trata-se da busca dos investidores por proteção de seu poder de compra em ativos reais, em um momento de aversão ao risco.

“O preço do ouro praticamente multiplicou por dez nos últimos dez anos, valorizando mais do que o Ibovespa”, lembra Sinara Polycarpo, do Santander. Por ter natureza de diversificação e ser muito arriscado, podendo oscilar bruscamente, o ouro não costuma ser indicado para pessoas físicas. Uma maneira de se beneficiar da alta do metal sem ser prejudicado no caso de uma reversão da crise é aplicar em um fundo de capital protegido atrelado ao ouro, em que o investidor recebe de volta pelo menos o que aplicou.

Exame

Retrospectiva – Imóveis estão entre os melhores investimento de 2011

Imóveis, ouro e renda fixa largam na frente; Ibovespa perde 20% no ano
São Paulo – O ano de 2011 foi marcado pela crise europeia, que desancou as bolsas ao redor do mundo: países sofrendo com grande endividamento, líderes lentos para decidir e até questionamentos sobre a continuidade do euro apavoraram investidores que correram para ativos reais e para a renda fixa. A lenta recuperação americana não ajudou, mas a aversão generalizada ao risco levou o dólar a fechar o ano em alta.

No Brasil, o resultado não poderia ter sido diferente. O Ibovespa sofreu e os grandes destaques do ano foram os imóveis, o ouro e a renda fixa, em especial os seguros títulos públicos. A economia deve crescer cerca de 3%, menos que o esperado inicialmente, mas mesmo assim o mercado interno continua aquecido.

No meio do ano, o Banco Central decidiu iniciar um novo ciclo de queda de juros, surpreendendo o mercado, e recentemente o governo resolveu tomar novas medidas de estímulo ao consumo. A inflação, no entanto, ainda preocupa, e deve fechar o ano acima do teto da meta. Como resultado, as empresas ligadas ao mercado interno brilharam na Bolsa, assim como os títulos atrelados à inflação.

“Esse ranking de investimentos é típico de um ano de crise, em que as pessoas correm para ativos reais, como o ouro ou os imóveis”, comenta Sinara Polycarpo, superintendente de investimentos do Santander. Confira o desempenho dos investimentos no ano, em ordem decrescente de rentabilidade.

Imóveis residenciais
Ouro
Títulos públicos
Fundos de renda fixa
Fundos multimercados
Fundos DI
Dólar
Fundos imobiliários
Poupança
Fundos de ações ativos
Ibovespa
Fundos de Small Caps



Imóveis residenciais: 25%A valorização média dos imóveis residenciais foi a maior entre os investimentos brasileiros e continuou a ser uma das maiores altas imobiliárias do mundo em 2011. Os imóveis valorizaram em média 25% entre janeiro e novembro, data do último índice FipeZap, que apura os valores dos imóveis em sete capitais brasileiras.

A continuação da euforia tanto se relaciona com o bom momento da economia interna quanto com a aversão dos investidores ao risco da bolsa de valores. Em épocas de crise, o investimento em imóveis costuma ganhar espaço – até investidores estrangeiros vêm aquecendo a demanda por esses ativos no Brasil, principalmente em regiões já muito valorizadas, como a Zona Sul do Rio de Janeiro.

Por aqui, o mercado interno também continuou colaborando para que a demanda fosse maior que a oferta. O crescimento da economia e da renda, a maior oferta de crédito, os incentivos governamentais à habitação popular e os grandes investimentos em infraestrutura foram os principais motores da demanda.

As maiores altas do ano ocorreram no Rio de Janeiro (33,40%), no Recife (27,70%) e em São Paulo (25,20%). No Rio, os investimentos para grandes eventos esportivos, na exploração de petróleo e gás e na pacificação das favelas, bem como a escassez de terrenos em áreas nobres e a grande procura de investidores estrangeiros puxaram os preços para cima. Em Recife, o maior fator é o Porto de Suape, que vem atraindo mão de obra especializada para a cidade.

A alta acentuada nos preços dos imóveis, porém, pode estar perto do fim. A valorização média de 1,4% em novembro foi a menor dos últimos 15 meses. Foi o sétimo mês seguido de desaceleração no ritmo de alta, de acordo com o FipeZap. Mas essa não é uma tendência tão clara. De acordo com a última pesquisa Ibope de preços de imóveis residenciais, ainda não há sinais evidentes de desaceleração na alta dos preços.

Ouro: 20,12%

Como já é típico em anos de crise e incertezas, o ouro registrou novamente este ano uma das maiores altas anuais. A valorização de mais de 20% fez com que 100.000 reais aplicados no metal precioso se tornassem 120.000 reais até 13 de dezembro. Trata-se da busca dos investidores por proteção de seu poder de compra em ativos reais, em um momento de aversão ao risco.

“O preço do ouro praticamente multiplicou por dez nos últimos dez anos, valorizando mais do que o Ibovespa”, lembra Sinara Polycarpo, do Santander. Por ter natureza de diversificação e ser muito arriscado, podendo oscilar bruscamente, o ouro não costuma ser indicado para pessoas físicas. Uma maneira de se beneficiar da alta do metal sem ser prejudicado no caso de uma reversão da crise é aplicar em um fundo de capital protegido atrelado ao ouro, em que o investidor recebe de volta pelo menos o que aplicou.

Exame

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Anúncios de imóveis na internet devem conter registro de incorporação

A regra vale para os imóveis vendidos na planta. O não cumprimento implica em punição para o site e para o anunciante.

A publicidade online dos imóveis tomou uma significativa proporção. Mas a Lei nº 4.591, que trata da Lei das Incorporações, afirma que para os anúncios de imóveis na planta em veículos de comunicação, é obrigatório destacar o registro da incorporação, além das características do imóvel.

O diretor Jurídico do Instituto IBEI, Paulo Viana Cunha, afirma que, mesmo a internet sendo um fenômeno recente, os veículos ou banco de classificados online estão submetidos à esta Lei. “Os Procons e as Promotorias de Defesa do Consumidor de todo o Brasil estão atentas, podendo inclusive impor multas aos anunciantes e aos veículos de publicidade, inclusive sites que inobservarem esta obrigação”, pontua o advogado.

Penalidades

Viana ressalta que o veículo pode ser penalizado com multa no valor equivalente ao dobro do que receberam em pagamento pelo anúncio, conforme art. 64, da Lei 4.591, enquanto o empreendedor anunciante também pode ser multado, em valor graduado com base na gravidade da infração, que pode variar de 200 a 3.000.000 de UFIR ou índice equivalente. “O anunciante também pode sofrer imposição de medidas administrativas, tais como cassação de alvará ou a contrapropaganda,” pontua Viana. Tudo com amparo no Código de Defesa do Consumidor, na Lei 8.078/1990”, artigos 56, I, 57 caput e §Ú, art. 59 e art. 60.

Como anunciar corretamente

O Diretor Jurídico do IBEI explica que os requisitos para anunciar corretamente o imóvel em qualquer veículo de comunicação inclui:

- Autorização de venda ou aluguel escrita. “A falta deste documento pode gerar penalização pelo CRECI.”

- O corretor deve fazer constar do anúncio seu número de registro no CRECI, pessoa física ou jurídica.

- Ao anunciar lançamentos de imóveis na planta, não pode faltar o número do registro da incorporação.

“É também muito importante constar apenas informações verídicas, sem distorções ou exageros, haja vista que o Código de Defesa do Consumidor obriga ao cumprimento da oferta, podendo o corretor, além do construtor, serem penalizados em caso de descumprimento. O corretor pode responder civilmente pelos danos que vier a causar.

* Fonte: REDIMOB

São Paulo será a capital dos túneis e obras subterrâneas em 2012

De 20 a 22 de março de 2012, São Paulo será a capital dos túneis e estruturas subterrâneas. São esperados cerca de 600 especialistas do Brasil e do mundo nesta área. Eles irão participar do 3º Congresso Brasileiro de Túneis e Estruturas Subterrâneas (CBT) e do Seminário Internacional “South American Tunnelling – SAT’2012”, que reunirão especialistas do Brasil e no mundo nesta área.

Organizado pelo Comitê Brasileiro de Túneis, o 3º CBT/SAT’2012 acontece em momento oportuno. Os setores de infraestrutura estão superaquecidos. Com a aproximação da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, grandes empreendimentos estão sendo projetados e construídos, envolvendo obras metroviárias, portos, aeroportos, hidrelétricas, estradas, ferrovias e até um túnel submerso entre Santos e Guarujá. A engenharia de túneis será protagonista nesta empreitada de novos investimentos.

O momento é propício, portanto, para a participação da comunidade técnica nas definições envolvendo esse conjunto de obras. O objetivo final é favorecer a escolha das mais adequadas soluções e alternativas técnicas relativas a cada uma das obras.

Portal VGV

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Volume de crédito para habitação deve crescer 30% em 2012

SÃO PAULO – Para 2012, é esperado um crescimento de quase 30% no crédito habitacional, tanto com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) como do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).

De acordo com um levantamento realizado pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), para o próximo ano, mais de R$ 152 bilhões devem ser destinados à habitação, contra R$ 117 bilhões estimados para o fechamento de 2011.

Ainda segundo o sindicato, o PIB (Produto Interno Bruto) da construção civil brasileira deverá crescer cerca de 4,8% em 2011 e 5,12% no próximo ano. Em outubro deste ano, o crédito habitacional e o PIB do crédito habitacional estiveram próximos.

Minha Casa, Minha Vida

Em relação ao programa Minha Casa, Minha Vida, o Sinduscon avalia que a segunda fase caminhou mais lentamente neste ano. De acordo com o sindicato, até outubro, foram entregues 118.085 unidades, sendo que outras 199.226 estão em execução. Já no final de 2010, último ano da primeira fase, haviam sido entregues 338.055 unidades e mais de 667 mil estavam em andamento, totalizando cerca de um milhão de unidades.

Para 2012, o programa deve progredir mais rapidamente, assim como as obras para os eventos esportivos de 2014 e 2016.

Segundo o SindusCon-SP, o crédito para habitação e infraestrutura também deverá continuar se expandindo em 2012. No município de São Paulo, até setembro de 2011, as vendas de imóveis novos atingiram 19.873 unidades. Em 2010, foram 24.605 unidades vendidas.

Já com relação aos lançamentos, até outubro de 2011, foram lançadas 26.365 unidades. Em 2010, esse número alcançou a marca de 25.818

Por InfoMoney

Desde 20 anos de idade, adquirir ou reformar imóvel é sonho de brasileiros

SÃO PAULO - A partir dos 20 anos de idade, adquirir ou reformar a casa própria estão listados como os principais sonhos de consumo dos brasileiros, segundo revelou a pesquisa Target Index Group, do Ibope Mídia.

Para os entrevistados entre 20 e 34 anos de idade, o sonho de comprar uma casa vem acompanhado do de adquirir o primeiro automóvel. A partir dos 35 anos, por sua vez, fica mais forte a vontade de ter um lar, seguido pelo sonho de reformá-lo, para quem já possui.

Na faixa dos 55 aos 64 anos, a prioridade é entrar na aposentadoria, seguido pela vontade de reformar a casa.

Classe C realizará sonho Os dados, coletados de uma amostra de quase 19 mil indivíduos entre 12 e 64 anos, nas principais regiões metropolitanas de todo o Brasil, mostram que um maior número de indivíduos da classe C está próximo de realizar o sonho da casa própria.

Ao serem questionados se planejavam adquirir um imóvel nos próximos 12 meses, 47% desta população disseram que sim. No caso das classes sociais mais altas (AB), 28% deram resposta positiva e, nas classes mais baixas (DE), foram 25%.

As mulheres são maioria entre as pessoas que pretendem adquirir um imóvel nos próximos 12 meses: 58%, contra 42% dos homens.

Mais jovens querem conhecimento Quando analisadas as pessoas entre 12 e 15 anos, os principais planos para os próximos 12 meses são conhecer o exterior e começar a trabalhar. Já entre os jovens de 16 a 19 anos, as principais aspirações para o próximo ano são terminar o Ensino Médio e ingressar na faculdade

Por infomoney

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Venda de imóvel novo cresce 44,9% em setembro em SP, aponta Secovi

Segundo pesquisa divulgada pelo Sindicato de Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo (Secovi SP) ontem, as vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo somaram 3.237 unidades em setembro. Tal resultado representa uma elevação de 44,9% em relação a agosto e de 16,2% em relação ao mesmo período do ano passado.

Ainda segundo dados do Secovi SP, o total de imóveis negociados no mês superou os lançamentos (2.739 unidades), que ficou 25,7% abaixo do volume apurado em agosto e 9,4% abaixo do registrado em setembro do ano passado.
O índice de Vendas sobre Oferta (VSO) foi de 18,7%, maior do que os 13,3% de agosto e menor do que os 26,4% em setembro do ano passado.
Segundo o estudo, 86,4% das vendas (2797 unidades) ocorreram durante a fase de lançamento, um índice 56,8% superior ao observado em agosto, que registrou 1.784 unidades. (Redação - Agência IN)

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

IPTU

O IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) é a taxa cobrada pela prefeitura por uso ou posse do imóvel em área urbana. É calculado sobre o valor venal do imóvel, que deve ser igual ao seu valor de venda. Quem não paga IPTU corre risco de perder o imóvel.

A alíquota varia conforme o município. No caso da capital paulista, ela é de 1% sobre o valor venal para imóveis residenciais e de 1,5% sobre o valor venal para terrenos e não-residenciais.

Há descontos conforme o tamanho do imóvel, confira aqui as regras.

O carnê é enviado ao proprietário, no endereço do imóvel tributado, no início do ano. Em São Paulo, quem não receber o carnê pode solicitar gratuitamente a segunda via nas subprefeituras ou aqui.

Em São Paulo, quem discordar do valor da cobrança pode ser contestá-lo em até 90 dias após o vencimento do primeiro pagamento, mas deve continuar pagando as prestações. Em São Paulo, é preciso preencher formulário no site da prefeitura e entregar documentos na subprefeitura da região ou na Secretaria de Finanças.

Quem é isento do IPTU?
Na cidade de São Paulo, aposentados e pensionistas. Para obter a isenção, é necessário fazer requerimento na subprefeitura.

Os requisitos para a isenção são que o pensionista não tenha outro imóvel no município, use-o como moradia e não tenha rendimento superior a três salários mínimos.

Fontes: Secretaria de Finanças da cidade de São Paulo

Gastos após a compra

Ao comprar um imóvel, é preciso contabilizar também as despesas com ITBI (Imposto de Transmissão de Bens e Imóveis), escritura e registro do imóvel em cartório. Para isso, deve-se reservar quantia equivalente a 5% do valor do bem.

O que é ITBI?
Imposto cobrado pelo município a cada transação em que há a mudança de posse ou de direito sobre um bem imóvel. É cobrado no momento em que a escritura é emitida no cartório.

A base de cálculo do imposto é o valor venal do bem. Em negociações pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação) ou de interesse social, a alíquota é composta por 0,5% do valor do bem (até limite de R$ 42,8 mil) mais 2% sobre o valor restante. Em negócios fora do SFH, a taxa é de 2% sobre o valor do bem.

Confira aqui a legislação referente ao ITBI.

Existe isenção de ITBI?
Não, mas há casos em que o imposto de transmissão é outro. Para heranças ou doações paga-se ITCMD (Imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos), que é de 4% sobre o valor venal do imóvel.

Quanto custa a escritura?
Varia conforme o valor declarado do imóvel. Confira aqui a tabela usada pelos Tabelionatos de Notas para emitir esse documento.

É importante verificar se vagas na garagem, no caso de apartamentos, têm escritura própria, pois ela também terá de ser feita.

A escritura de um imóvel de R$ 200 mil, por exemplo, custa R$ 2.363 valor aplicado a bens que valem de R$ 174,5 mil a R$ 349 mil.

Paga-se também para registrar a escritura no cartório de imóveis da região. Confira aqui os valores válidos em São Paulo. Para o mesmo imóvel de R$ 200 mil, ela custaria R$ 1.448 valor aplicado a bens que valem de R$ 174,5 mil até R$ 349 mil.

Por fim, paga-se também pela certidão de ônus do imóvel, que custa R$ 33,34 nos cartórios paulistas (confira as tabelas aqui).

Fontes: advogados, Anoreg-SP (Associação dos Notários e Registradores do Estado de São Paulo) e Rossi.

Como registrar o imóvel

O que é escritura?
Documento definitivo que garante a posse do imóvel. Só é registrada após a quitação completa do pagamento pelo imóvel.

Como registro escritura após compra de usado à vista?
Basta ir a um cartório de notas e fazer a transmissão da posse do bem. Nessa transação pagam-se impostos e despesas cartoriais que custam aproximadamente 4% do valor do bem.

Como registro um imóvel financiado?
Quando o comprador financia o imóvel, deve registrar na matrícula do bem a transação e a alienação de parte do imóvel como garantia. Ele só poderá registrar o bem em seu nome depois de quitar a dívida.

Nesse caso, pode-se questionar o pagamento do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) ao fazer esse registro da matrícula. Teoricamente, esse imposto só deve ser pago ao passar a escritura para o nome do comprador. Existe precedente judicial para questionar o pagamento.

Como registro imóvel comprado na planta?
O processo depende do agente financiador. Quem financia com banco deve registrar na matrícula do bem a transação e a alienação de parte do imóvel como garantia. Quem financia com a construtora só pode passar o bem para seu nome após quitar a dívida.

A escritura de um imóvel novo só pode ser registrada depois de ele estar pronto, ter Habite-se averbado e especificação do condomínio registrada em cartório.

A construtora em geral só passa a escritura para o nome do comprador. Se nesse meio tempo o imóvel já foi repassado para um terceiro, deverá ser feita nova escritura, com novo pagamento de ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imobiliários).

Fontes: Anoreg-SP (Associação dos Notários e Registradores do Estado de São Paulo), Rossi e advogados.

Como usar o FGTS

O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) é usado para dar entrada ou amortizar parte da dívida na aquisição. Seus recursos vêm de depósitos feitos pelas empresas, equivalentes a 8% do salário de cada funcionário. Saiba mais aqui.

O objetivo é viabilizar a compra do primeiro imóvel residencial na cidade (ou região metropolitana) em que trabalha e que custe até R$ 500 mil. Também pode ser usado por quem já comprou um bem usando o FGTS, desde que ele já tenha sido vendido (leia abaixo). Outra condição é não ter outro bem sendo financiado pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação).

Quem pode sacar o FGTS?
Quem contribuiu com o fundo por mais de três anos e não tenha realizado saque nos dois anos anteriores. Há exceções, como no caso de portadores de câncer.

Para que ele pode ser usado?
Compra à vista de um imóvel;
Lance em consórcio imobiliário;
Pagamento de prestações em atraso;
Amortização extraordinária de saldo devedor de financiamento;
Liquidação antecipada de saldo devedor de financiamento;
Pagamento de parte das parcelas mensais do financiamento.


Que documentos são exigidos para efetuar o saque?
Eles variam conforme o banco que financiará a compra do imóvel. Geralmente são os seguintes:

Extrato atualizado da conta vinculada (que considera os períodos trabalhados em diferentes empresas) para comprovar no mínimo três anos de trabalho sob o regime do FGTS;
Carteira de Trabalho e Previdência Social;
Declaração do sindicato da categoria profissional (para trabalhador autônomo);
Comprovante de endereço do local de trabalho;
Para aquisição fora do município onde trabalha, o requerente deve levar comprovante de residência há pelo menos um ano;
Cópia da última declaração do Imposto de Renda e recibo de entrega à Receita Federal ou Declaração Anual de Isento;
Matrícula atualizada do imóvel;
IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) dos últimos três anos.


Posso usar o fundo para pagar prestações no Sistema Financeiro de Habitação?
Sim, mas não integralmente. O FGTS pode abater até 80% do valor da prestação por no máximo 12 meses.

Quem pode realizar operações de compra e venda com o FGTS?
Qualquer banco que opere no SFH.

A taxa para liberação do FGTS na compra sem financiamento varia de banco para banco?
Sim. Ela é cobrada só no primeiro saque e seu valor depende dos custos de cada um, limitado a R$ 800 ou R$ 1.600 (de acordo com o preço do imóvel).

Posso quitar um financiamento com o FGTS?
Sim, desde que ele tenha sido feito pelo SFH.

Posso usar o fundo para pagar o consórcio?
Só se já houver sido contemplado com a carta de crédito.

Posso usar FGTS se tiver outro imóvel que não foi financiado com a ajuda do fundo?
Não. O objetivo do recurso é viabilizar a primeira moradia. A exceção é o mutuário que trabalha em dois Estados simultaneamente; nesse caso, ele pode adquirir um imóvel perto do serviço se houver quitado o financiamento da primeira propriedade.

É possível comprar imóvel de alguém que usou o fundo?
Só se houver um período mínimo de três anos entre as aquisições.

Usei o FGTS para comprar um imóvel, mas não sou mais proprietário. Posso usar o fundo novamente?
Sim, desde que a venda tenha sido registrada no Cartório de Registro de Imóveis.

Posso adquirir um imóvel usando o FGTS e vendê-lo em seguida?
Sim. No entanto, se for provado que a aquisição do imóvel foi feita para comercialização, o proprietário será acusado de fraude por uso indevido do fundo.

Posso usar o FGTS para comprar imóvel em outra cidade?
Para usar o recurso em imóvel em uma cidade que não seja a de sua principal ocupação é preciso comprovar que mora lá há mais de um ano, por meio de documentos como conta de energia elétrica ou de água.

Posso utilizar o FGTS para reformar minha casa?
Não. Ele só pode ser utilizado para construção. Há poucas exceções em que o uso do fundo foi autorizado por decisão judicial.

Posso usar o fundo em caso de incêndio ou enchente?
A legislação prevê a possibilidade de saque do FGTS em casos de calamidade pública e estado de emergência decretados pelo governo municipal ou estadual e reconhecidos pelo governo federal. O valor está limitado a R$ 4.650 e não precisa ser utilizado na compra de outro imóvel.

Herdei um imóvel. Posso adquirir outro usando o fundo?
Só se estiver dividido entre os parentes e menos de 40% dele ficar em seu nome.

Posso usar meu fundo para comprar um imóvel para meu filho?
Não. A retirada deve ser feita apenas para o comprador e seu cônjuge; o imóvel só poderá ser comprado no nome do parceiro se o casamento for em comunhão total de bens.

Divorciei-me e o imóvel ficou com meu ex-cônjuge. Posso usar o fundo para adquirir outro?
Sim, desde que seja provado que o bem ficou no nome do ex-cônjuge e que você não tem nenhuma parte dele.

O fundo pode ser usado na aquisição por dois ou mais trabalhadores que não sejam parentes?
Sim. A lei não exige relação entre interessados na compra em sociedade. Um casal, irmãos ou mesmo amigos podem reunir os fundos na compra de um mesmo imóvel.

Fonte: Caixa Econômica Federal

Consórcio

Alternativa para quem não tem pressa para comprar imóvel, o consórcio é a reunião de um grupo de pessoas ou empresas para formar poupança comum destinada à compra de bens para os cotistas.

A vantagem da modalidade são as taxas de correção menores do que as do financiamento, mesmo pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação). O ponto fraco é que não há previsão de quando o cotista poderá sacar sua parte para a compra de seu imóvel.

Consulte a legislação sobre consórcios aqui.

Quanto vale a carta de crédito?
Todo mês, a administradora do consórcio contempla cotistas com uma carta de crédito com valores de R$ 20 mil a R$ 300 mil, conforme o valor contratado.

Quem recebe a carta de crédito?
Ela é distribuída por sorteio ou lance. O número de contemplados depende do acordado em contrato e da saúde financeira do grupo: se houver muitos inadimplentes, o número poderá ser reduzido.

O cotista sorteado recebe a carta de crédito e segue pagando as parcelas mensais nesse período, o imóvel comprado segue hipotecado como garantia da administradora. As condições para a participação dos cotistas no sorteio são especificadas em contrato.

Para adiantar a carta de crédito, pode-se dar um lance de, no mínimo, 20% do valor do saldo devedor (as regras são diferentes apenas no último ano do grupo), usando também o FGTS. O maior lance leva a carta de crédito, e o valor é abatido de seu saldo devedor.

Como a aquisição do bem será feita pela administradora do consórcio e ficará em seu nome como garantia até o fim do pagamento das cotas, cabe a ela analisar a documentação e aceitar ou rejeitar o imóvel.

Como é o contrato de consórcio?
O contrato deve indicar o valor da carta de crédito, o prazo de duração do grupo, o percentual das contribuições, despesas que serão cobradas dos cotistas, os tipos de seguro exigidos como o de vida e as garantias que deverão ser fornecidas quando o cotista for contemplado, a hipoteca do bem, por exemplo.

Também devem estar previstas as modalidades de contemplação e a forma de antecipação de pagamento de prestações. Na assinatura do contrato, poderá ser cobrada uma taxa de adesão, que é um adiantamento de parte da taxa de administração do grupo. Caso o grupo não seja fechado por não haver números suficientes de cotistas, esse valor deve ser devolvido.

O que devo pesquisar antes de assinar contrato?
Pesquisar as administradoras do mercado, as taxas de administração, a idoneidade da empresa e sua saúde financeira. A Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio) pode ser uma fonte para informações sobre suas associadas e para tirar dúvidas em relação aos contratos.

Como são reajustadas as parcelas?
Diferentemente do financiamento em banco, o consórcio não vincula as taxas de juros ao saldo devedor, e sim ao valor total da carta de crédito. Se houver aumento do índice indexador, ele agirá sobre o valor total, e o negócio será menos interessante do que um financiamento.

Os indexadores geralmente usados são o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Posso usar a carta de crédito para quitar um financiamento?
Sim, desde que esteja de acordo com as condições de contrato. Também existe a possibilidade de solicitar o crédito em dinheiro 180 dias após a contemplação. Para isso, o consorciado deve pagar integralmente o saldo devedor à administradora.

O que acontece se eu não pagar as parcelas?
Parcelas pagas em atraso são acrescidas de multa de 2% e juros de 1% ao mês. Se o cotista ainda não foi contemplado, a administradora costuma dar três meses para regularização do pagamento.

Se o cotista não quitar as parcelas em atraso nesse período, é excluído do grupo, continua participando dos sorteios e, quando for contemplado, receberá de volta o dinheiro aplicado.

Se o consorciado inadimplente já tiver sido contemplado, seu bem será levado a leilão para a quitação da dívida.

Fontes: Bradesco, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios)

Como avaliar um usado

Como avaliar a região?
Para fazer uma boa avaliação, é essencial visitar o imóvel várias vezes, em horários diferentes, a fim de saber como é o cotidiano. Comércio local valoriza o imóvel, desde que não na mesma rua, pois pode causar trânsito e barulho, fatores de depreciação.

Parque, clube ou shopping próximos podem valorizar o bem, desde que não atrapalhem a mobilidade do morador. Transporte público, escolas e universidades são outros pontos de destaque.

Apartamentos nos primeiros andares são menos valorizados, enquanto as últimas unidades ganham em preço graças à redução do barulho da rua e à boa vista.

Como avaliar o imóvel?
É importante realizar uma vistoria técnica para saber o que pode causar problemas e se será preciso fazer reformas e, assim, pedir desconto no preço.

O mais adequado é contratar um perito para fazer o laudo sobre o bem, ponderando que pontos são de difícil reparo e quais são facilmente resolvidos. Ele cobra, em média, R$ 2.000 (imóvel residencial de 100 m2). No site do Ibape-SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia) há contatos de profissionais associados.

Essa vistoria técnica pode ser uma condição para fechar contrato. Para isso, deve ser prevista no compromisso de compra e venda. Assim, o negócio poderá ser desfeito, sem prejuízo do comprador, se a vistoria apontar problemas.

De olho na estrutura
Verifique se o imóvel tem trincas, se há sinais de afundamento das paredes ou no piso, que podem ser problemas subterrâneos de canalização, estrutura frágil ou fragilizada pela obra de um vizinho.

É preciso olhar se há ferragens aparentes ou descolamento de concreto, o que pode ser sinal de infiltração ou de má qualidade da obra.

Telhado firme
Madeira apodrecida no telhado ou cupim podem levar a um gasto de R$ 20 mil a R$ 30 mil para refazê-lo. Telhas soltas ou calhas entupidas são problemas menores, mas chamam atenção para infiltração na laje.

Elétrica em ordem
Cheque o estado de tomadas, interruptores e quadros de distribuição e se houve alteração na instalação e como foi feita.

Em um imóvel com mais de 20 anos provavelmente será necessário redimensionar o sistema elétrico para comportar a demanda de energia de aparelhos eletrodomésticos e eletrônicos. É uma reforma simples.

Sem vazamentos
Em banheiros, cozinha e área de serviço, procure sinais de vazamento. Abra todas as torneiras: água amarelada é sinal de ferrugem nas tubulações. Verifique também a vazão da água.

Em apartamentos, peça para ver o imóvel de baixo para saber se há indício de infiltração. Cheque na fachada se há marcas decorrentes de vazamento.

Converse com o síndico e cheque atas de assembleia do condomínio, pois problemas com a tubulação do prédio podem estar relatados ali.

Esquadrias novas
Caixilhos enferrujados, com cupim, empenados ou apodrecidos devem ser trocados. Além de serem caros, em prédios é preciso encontrar janelas no padrão da fachada.

Paredes e revestimentos
O básico é olhar se não existem trincas, rachaduras e manchas nas paredes. Problemas podem ser escondidos sob a pintura, e só um profissional poderá detectar uma grande infiltração, por exemplo.

Azulejos e pisos cerâmicos devem estar firmes e não produzir barulho oco, que pode ser sinal de que em breve descolarão da parede. A solução pode ser simples, como a troca de um azulejo, ou exigir substituição de todo o revestimento de um cômodo.

Em piso de madeira, verifique se há pó na madeira, que pode ser indício de cupins, o que exige descupinização e troca do piso.

Áreas externas
Na garagem e nas áreas comuns de um prédio, cheque se há rachaduras, trincas ou infiltrações. Reformas serão cobradas no futuro como fundo de obra.

Peça a planta
Veja se a planta aprovada na prefeitura confere com o imóvel vistoriado. Exija também a planta hidráulica e a elétrica, para saber onde mexer na reforma.

Fontes: Citti Assessoria Imobiliária, Ibape-SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo), Itambé Administradora e Lello Imóveis.

Crédito bancário

Antes de financiar a compra, defina quanto dinheiro está disponível para entrada, somando poupança, aplicações e o saldo de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Quanto posso gastar com parcelas?
Economistas aconselham comprometer no máximo 30% da renda mensal líquida com financiamento imobiliário. Essa regra vale para quem pretende financiar a compra de outros bens (como um carro) e não tem reservas financeiras para imprevistos nem controle rígido do orçamento familiar.

Comprometer mais do que esses 30% só é aconselhável a quem tem recursos (como aplicações e FGTS) para quitar parcelas intermediárias, reservas financeiras para emergências e controla o orçamento a médio e longo prazo.

Quais são os sistemas de financiamento?
SFH (Sistema Financeiro da Habitação) ou SFI (Sistema Financeiro Imobiliário).

O SFH permite o uso de saldo do FGTS, mas limita o valor do imóvel residencial a ser comprado a R$ 500 mil. É possível obter financiamento de até 100%, conforme o rendimento mensal e o valor do imóvel. As taxas de juros não podem ser maiores do que 12% + TR (Taxa Referencial) ao ano para parcelas pós-fixadas e do que 13% + TR ao ano para parcelas pré-fixadas. São comuns taxas próximas de 9% anuais, acrescidos de TR.

O SFI é mais flexível: financia imóveis residenciais e comerciais, e o valor máximo do bem e a porcentagem que pode ser financiada variam de banco para banco. A taxa de juros, porém, chega a 14%.

O que define o valor das parcelas?
Os sistemas de amortização: SAC (Sistema de Amortização Constante) e Tabela Price, também chamada de sistema francês.

No SAC, o valor inicial das parcelas é maior, mas diminui ao longo do tempo. As parcelas são corrigidas pela TR.

Na Tabela Price, o valor das parcelas é sempre igual (em geral menor do que o do SAC), corrigido apenas em caso de inflação.

Como são definidas as taxas de juros?
A taxa pré-fixada, estabelecida antes de fechar contrato, não varia. Ela costuma ser maior, para pagar o risco de o aumento da inflação ficar acima da taxa contratada.

A taxa pós-fixada é alterada mês a mês, conforme a TR. Enquanto a TR for baixa, é a melhor alternativa, mas é desvantajosa em cenários de inflação em alta.

Fontes: Consultores financeiros e Abecip

Imóvel na planta é mais barato?

Um imóvel comprado na planta geralmente custa de 30% a 40% menos do que um de perfil semelhante na mesma região.

Como são os pagamentos?
Quem compra imóvel na planta começa a financiá-lo com a construtora ou com a incorporadora. Essas empresas têm parceria com bancos para aprovar o crédito futuro (após entrega das chaves). Essa primeira fase dura de 2 a 3 anos, durante os quais o comprador paga à empresa para que ela financie a construção.

Durante a construção não há cobrança de juros sobre as parcelas, pois o produto ainda não foi entregue. O índice de correção anual de parcelas, valor das chaves e saldo devedor pode ser o INCC (Índice Nacional de Custos da Construção) ou o CUB (Custos Unitários Básicos de Construção).

Dois meses antes da expedição do Habite-se (autorização emitida pela prefeitura para a ocupação do imóvel), a construtora deve entregar ao comprador um processo que deverá ser analisado por uma instituição financeira, a quem repassará o financiamento.

Nesses 60 dias, o comprador deve conseguir aprovação do crédito em algum banco. O novo financiamento só sai depois que o Habite-se for averbado e for feita a especificação de condomínio no Cartório de Registro de Imóveis.

Algumas construtoras oferecem a possibilidade de continuar o financiamento no pós-chaves e mantêm o imóvel em nome da empresa como garantia. Após a entrega das chaves, porém, trocam o indexador geralmente pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) mais 1% mensais, mas a incidência de juros não pode ser retroativa, incide apenas sobre o saldo devedor.

A cobrança de juros sobre o valor total, conhecida como “juros no pé”, é ilegal.

Quanto pago para pegar as chaves?
É importante prestar atenção no valor que a construtora pede para entregar as chaves, que chega a ultrapassar 15% do preço total do imóvel. Se na hora da entrega das chaves o mutuário não tiver essa quantia, poderá perder o negócio.

E se eu não conseguir pagar as parcelas?
Se o comprador tiver dificuldades para pagar as parcelas, poderá rescindir o contrato antes de pegar as chaves e receber até 90% do valor pago. As regras para devolução são descritas no contrato. Outra possibilidade é negociar com a construtora a troca por outro imóvel da empresa, de menor valor.

Antes de comprar, como saber se há queixas contra a construtora?
Busque informações sobre a construtora e a incorporadora em órgãos de defesa do consumidor, como o Procon-SP, a Proteste, o Ibedec e o Reclame Aqui para saber se há reclamações e quais foram as providências tomadas.

O que devo checar sobre o imóvel?
Observe na planta e na maquete a exata localização da unidade, se é de frente, de fundos, se incide luz;
Verifique no Cartório de Registro de Imóveis se existe o registro da incorporação do empreendimento, ele mostra se o imóvel está hipotecado, por exemplo;
Contate a subprefeitura e veja se a planta do imóvel foi aprovada e se os dados correspondem ao que foi oferecido;
Cheque atenciosamente o memorial descritivo, identifique a marca e a qualidade dos materiais e equipamentos.


O que devo checar antes de assinar contrato?
Peça para um advogado analisar as condições propostas no documento;
Confira a data de previsão de entrega, que muitas vezes começa a ser contada a partir do registro da matrícula;
Alguns contratos preveem que a entrega da obra pode atrasar até 180 dias sem a empresa precisar justificar o atraso ou pagar multa;
Exija que o contrato preveja multa à construtora por atraso na entrega da obra. Em geral, a taxa fica entre 0,5% e 1% do valor do imóvel por mês;
Cobre da construtora o número da matrícula do bem. Com ele, é possível consultar a documentação do imóvel na prefeitura e saber se o Habite-se já foi liberado;
Verifique o índice de reajuste das parcelas durante a obra e após a entrega das chaves e se há previsão sobre o que acontece com as mensalidades em caso de atraso na entrega;
Peça para incluir no contrato uma cláusula rescisória com completa devolução dos valores pagos, devidamente corrigidos, se a obra não for entregue na data combinada sem justificativa cabível, como um grande período de chuvas;
Cheque se existe o seguro imobiliário, que garante a entrega do imóvel no prazo e nas condições acertadas. O seguro deve ser feito em uma seguradora renomada e sem ligação com o grupo econômico dono da construtora ou da incorporadora;


O que devo checar durante a construção?
Verifique o cronograma da obra e acompanhe seu andamento. Visite o terreno e converse com pessoas envolvidas na obra, como operários e engenheiros.

O que fazer se a entrega atrasar?
Exija da construtora definição de nova data para a entrega;
Após 180 dias de atraso considerado extensão normal do prazo, entre em contato com a construtora para negociar a entrega e o pagamento de multas;
Reúna provas de todos os gastos feitos devido ao atraso, como comprovante de pagamento de aluguel ou expiração do prazo de montagem de móveis;
Se não obtiver resposta da empresa, procure um órgão de defesa do consumidor ou apoio jurídico. O Procon-SP dá dez dias para a construtora responder ao comprador;
Após o período de construção e possível carência prevista em contrato, o consumidor pode pleitear a rescisão do contrato com devolução completa do valor pago reajustado pelo período de pagamento;
Fontes: advogados Emanuela Leme, Marcelo Manhães e Daphnis Citti Lauro, Cyrela, Gafisa, Lopes Imobiliária e Rossi.



-

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vai viajar para a praia no Ano Novo? Aluguel de imóvel pode mais que dobrar

SÃO PAULO - Quem for viajar no Réveillon deve ficar atento: o preço de locação de um mesmo tipo de imóvel varia 137,58%, dependendo da escolha. A diária de uma casa com quatro dormitórios, por exemplo, vai de R$ 716,67 (litoral Sul) a R$ 1.702,68 (litoral Norte).

De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (24) pelo Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), na melhor das hipóteses, a diferença entre o menor e o maior aluguel para um mesmo tipo de imóvel é de 17,51%, para casas de dois dormitórios no litoral Sul (R$ 397,14 a diária) e no litoral Norte (R$ 460,27 a diária).

Quanto custa

Na tabela abaixo, é possível conferir o valor médio das diárias das casas e apartamentos oferecidos no litoral paulista para a passagem do ano.

Apenas para se ter uma ideia, passar dois dias em uma casa de quatro dormitórios no litoral Centro representa um gasto de R$ 2.983,34, enquanto no litoral Sul o gasto seria de R$ 1.433,34.

Tipo Litoral Sul Litoral Centro Litoral Norte
Casa(quitinete) - R$ 175 -
Apto(quitinete) R$ 215 - -
Casa(um quarto) R$ 226,67 R$235 R$ 341,43
Apto(um quarto) R$ 216,67 R$ 316,67 R$ 245
Casa(dois quartos) R$ 397,14 R$ 466,67 R$ 460,27
Apto(dois quartos) R$ 407,50 R$ 368 R$ 515
Casa(três quartos) R$ 600 R$ 691,67 R$ 890,40
Apto(três quartos) R$ 500 R$ 605,56 R$ 494,76
Casa(quatro quartos) R$ 716,67 R$ 1.491,67 R$ 1.702,68
Apto(quatro quartos) - R$ 1.466,67 R$ 650

Por InfoMoney, InfoMoney

Vendas de imóveis novos em SP saltam 16,2% em setembro

SÃO PAULO (Reuters) - As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo cresceram 16,2 por cento em setembro na comparação com o mesmo mês em 2010, para 3.237 unidades, informou nesta terça-feira o sindicato que representa o setor imobiliário na capital paulista, Secovi-SP.

Em relação a agosto, o salto nas vendas foi de 44,9 por cento, enquanto no acumulado do ano até setembro os 19.873 imóveis comercializados ficaram 19,2 por cento abaixo do total registrado um ano antes.

Segundo o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, o setor mantém ritmo saudável, atingindo patamar de normalidade.

'Passou a fase de euforia de crescimento exuberante percebida em 2010... O relevante é a tendência de redução da diferença percentual do total de unidades comercializadas neste ano e em igual período de 2010', afirmou, em nota.

De janeiro a agosto, essa diferença foi de 23,8 por cento, sendo que no primeiro trimestre era de cerca de 50 por cento.

Em setembro, a velocidade de vendas, medida pela relação de venda sobre oferta, ficou em 18,7 por cento, acima dos 13,3 por cento em agosto, mas inferior aos 26,4 por cento no mesmo mês de 2010.

Os imóveis de dois dormitórios lideraram as vendas no período, com 52 por cento do total, seguidos por aqueles com um dormitório, que responderam por 23,6 por cento.

Já os lançamentos somaram 2.739 unidades em setembro, volume 9,4 por cento menor que o registrado um ano antes e 25,7 por cento inferior ao apurado no mês anterior, segundo a Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp).

(Por Vivian Pereira)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Alterações no FGTS

Deputados da base do governo tentam emplacar ainda em 2011 projeto que diminui de três anos para um o período de carência para que aprovados em concursos públicos saquem o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ao migrarem do regime celetista para o estatutário. A proposta, relatada pelo deputado João Dado (PDT-SP), precisa ser aprovada até dezembro na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, de modo que os recursos necessários para pagar o FGTS dos novos servidores públicos sejam destacados na reserva de contingência prevista para este ano. De acordo com o relator, há R$ 50 milhões reservados que permitem à comissão criar a despesa.

João Dado encaminhou ao Ministério da Fazenda requerimento de informações sobre a estimativa do impacto do projeto no orçamento. Se o montante das liberações dos fundos de garantia dos nomeados estiver dentro do limite da reserva de contingência, o relator dará parecer pela aprovação da proposta. "Todo projeto analisado na Comissão de Finanças passa pela análise do impacto financeiro. A proposta pode aproveitar a reserva de contingência; nós temos R$ 50 milhões em 2011 e devemos repetir o valor em 2012. Se nós tivermos a possibilidade de satisfazer a proposta orçamentária, o projeto não tem um impacto tão grande para o governo", analisa o pedetista.
Regras
O Projeto de Lei nº 2.004 foi apresentado na Câmara em 2007 pelo deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), mas a tramitação só ganhou força este ano. Parlamentares da base do governo que analisaram a proposta na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público afirmam que a mudança na regra de liberação do FGTS para aprovados em concursos públicos tem a aprovação da Caixa Econômica Federal, banco público responsável pelo pagamento do benefício trabalhista.
A aprovação da proposta vai alterar a lei de 1993 que aponta regras para a liberação do FGTS e autoriza o saque após três anos de permanência do regime estatutário. O principal argumento para a mudança da atual legislação é a suposta fragilidade da justificativa para a contagem do tempo de carência. Na lei de 1993, ficou decidido que somente após o período de estágio probatório do serviço público - de três anos - o ex-celetista poderia sacar seu FGTS. Os deputados analisam que essa análise não se aplica mais, pois a maioria dos trabalhadores que trocam o vínculo trabalhista privado pelo público não tem intenção de retornar ao regime celetista. "Não há definição clara em relação ao concurso e isso traz uma insegurança jurídica", avalia o relator da proposta na Câmara.
Diálogo
O relator do projeto da Lei Orçamentária Anual de 2012, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirma: não há reserva orçamentária específica para a liberação do FGTS dos aprovados em concurso, mas ressalta que não encerrou o diálogo com os servidores. Eles pleiteiam um pacote de bondades no orçamento, incluindo plano para carreira do Executivo e reajuste para servidores do Judiciário. "Não fechei a porta, mas disse para todos eles (os servidores) negociarem com o governo", comentou Chinaglia.
Apesar de endurecer as negociações com o funcionalismo, o governo teme represália do Judiciário por meio das sentenças de precatórios. O custo das dívidas do Estado ocasionadas por decisões da Justiça vai pesar no orçamento do próximo ano. Além da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de retirar significativo montante dos precatórios da regra do parcelamento, obrigando ao pagamento integral da dívida, o governo teme uma avalanche de sentenças em 2012. Arlindo Chinaglia afirma que os recursos reservados ao pagamento de precatórios sofreu ajustes, mas rejeita a vinculação da decisão do Executivo em segurar o aumento das categorias do Judiciário à execução das dívidas. (JJ) (Correio Braziliense)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Imóveis: apesar da força da web na divulgação, ainda é preciso ver para crer

Que atualmente a web é o melhor caminho para pesquisar e negociar um bom preço para um produto, não há dúvida. A cada momento se consolidam novas alternativas de soluções na internet e o mercado imobiliário também usufrui dessas facilidades, seja para compra e venda de imóveis, até mesmo para a visualização de mapas e localização geográfica, por interfaces com imagens de satélite.

Construtoras, imobiliárias, incorporadoras e investidores, estão todos antenados e no pleno uso dos recursos disponíveis na internet. “Os cuidados nos negócios pela internet dedicados às condições do imóvel também devem ser considerados atentamente com os terrenos comercializados para empreendimentos imobiliários”, comenta Gustavo Feola, diretor-geral da Gustavo Feola Negócios Imobiliários. Entre tantas facilidades que agilizam os negócios na compra e venda de terrenos, onde se envolvem importantes questões técnicas, ainda vale a máxima de São Tomé, de que é preciso ver para crer, enfatiza o executivo de empresa especializada na negociação de terrenos em grandes áreas.

A diferença entre se visualizar um terreno pela internet e conhecer fisicamente é bastante significativa. Para se definir por uma área ideal é necessário estudar todo o ambiente e tudo o que acontece ao redor. “O nosso ‘pé no barro’, como costumo dizer, jamais vai substituir um acesso virtual pela internet ou outra tecnologia, para compor com maior precisão a análise dos dados geoespaciais das áreas de interesse é imprescindível ir até o local pessoalmente, pois conseguimos contrastar situações adversas, como área em declive, a presença de arvores, situações de vizinhança e divisas, e o principal: ‘sentir o terreno’; como também entender o interesse do comprador, e toda a ‘energia’ envolvida, que em muitos casos é o que pode definir e efetivar uma venda”, explica Gustavo Feola.

Com isso, entende-se que é fundamental a visita pessoal à área, para apurar informações mais afundo do ambiente e influências dos arredores, que não é possível apenas com o que se encontra na internet, cujo meio é um bom caminho para pesquisa, uma visão geral e superficial, mas a efetivação do processo é necessário ver para confirmar e, portanto, deve ser presencial.

Portal VGV

Construção Civil segue em ritmo de crescimento no mês de outubro

A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT) atualiza seus dados consolidados pelo Índice de Vendas, que em outubro mostrou um crescimento de 3,9% nas vendas internas de materiais de construção na comparação com o mês de outubro de 2010. Em comparação ao mês de setembro, houve uma queda de 3,5%. Em outubro, em comparação com o mesmo mês do ano passado, o número de empregados na indústria de materiais de construção apresentou crescimento de 6,2%.

As vendas do setor de janeiro a outubro deste ano apresentaram crescimento de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado e o acumulado nos últimos 12 meses (novembro/10 a outubro/11) apresentou crescimento de 3% na comparação com os 12 meses anteriores (novembro/09 a outubro/10). Na comparação com o período de 12 meses anterior (Nov/08 a Out/09) apresentou crescimento de 14,9%.

O mês de outubro foi o quinto mês a apresentar uma variação positiva na comparação do faturamento das vendas internas com o mesmo mês do ano anterior, após 3 meses consecutivos de variações negativas. “Estamos otimistas quanto ao último bimestre do ano. Acredito que as expectativas sejam positivas por conta da disponibilidade de crédito, elevado nível de emprego e da desoneração do IPI dos materiais de construção” comenta Walter Cover, presidente da ABRAMAT.

Portal VGV

Locação comercial exige cautela

No atual cenário econômico, de variadas e simultâneas relações, onde as contratações ocorrem de forma cada vez mais rápida e informal, tem-se difundido a falsa impressão de que a formalidade se tornou dispensável para toda espécie de contratação. Envolvidos nessa ‘tendência’ os novos empresários muitas vezes deixam de adotar certas cautelas ao contratar, por exemplo, a locação do imóvel em que desenvolverá sua atividade ou ampliará sua rede.

Nos contratos de locação comerciais é comum a frustração do locatário ao ver-se impedido de reivindicar direitos que seriam naturalmente gerados pelo contrato de locação não residencial, ou então, daquele que se surpreende com obrigações e multas das quais não tinha sido devidamente advertido, quando da negociação ou assinatura do contrato.
Sem a necessária cautela, muitas vezes as condições da locação são negociadas pela simples troca de e-mails, quando não por telefone, ou seja, os contratos são firmados sem a prévia análise dos documentos do imóvel e do contexto em que está inserida a posse negociada.

Essas condições pactuadas informalmente geralmente sequer chegam a ser mencionadas no instrumento contratual, muitas vezes assinado às pressas, sem qualquer leitura básica ou análise prévia – o que fatalmente compromete as expectativas e os direitos do locatário e gera verdadeiras batalhas judiciais, muitas vezes fadadas ao insucesso, por ausência de provas do quanto fora efetivamente pactuado.

Embora o contrato de locação não seja classificado como necessariamente formal, ao tratar de importantes direitos da locação não residencial, a própria Lei de Locações rege, em sua essência, a necessidade de contratações minimamente formais.

A título de exemplo, a Lei de Locações (Lei n. 8.245/91), visando a proteção do chamado fundo de comércio, concede a possibilidade de renovação do contrato de locação não residencial, desde que atendidos os requisitos de seu artigo 51. São eles: contrato escrito e locação com duração mínima de cinco anos, exercício de atividade comercial, no mesmo ramo, por pelo menos três anos, cumprimento total das obrigações contratuais, dentre outros.

Assim, pela simples menção dos principais requisitos legais para a renovação do contrato, mostra-se imprescindível a existência do contrato escrito e assinado pelas partes, bem como a prova de seu adimplemento. Portanto, é crucial que o instrumento contratual seja fiel à negociação havida (prazos, obrigações, multas etc.).

Tudo isso porque, ao julgar uma ação renovatória de contrato de locação, os Tribunais se limitam, num primeiro momento, a verificar se os requisitos legais foram preenchidos para então ponderar sobre o direito pleiteado. Em outras palavras, antes de qualquer pronunciamento, o juiz analisa a validade do contrato e se mesmo foi ou não completamente cumprido pelas partes.

Porém, muitas vezes o locatário não tem em mãos nenhuma via do contrato ou, quando tem, na mesma não consta a assinatura do locador. Nestes casos, o caminho processual para contornar a falta do contrato assinado e tentar fazer valer o direito pretendido, é muito mais longo e incerto. Isto porque antes de exigir qualquer direito oriundo da locação, é necessário comprovar e convencer o juiz, não apenas da existência da contratação, como também da presença de todos os requisitos que justificam o direito pretendido.

Ainda, para fazer uso do direito à ação renovatória – que é, sem dúvida, uma das proteções legais mais relevantes ao locatário – há um prazo que termina seis meses antes do final do contrato e, caso não seja observado, resulta na perda do direito à renovação contratual.

Muitos locatários despreparados começam a negociar a renovação do contrato pouco antes do final do prazo acima mencionado e, por conta disso, acabam por caírem numa verdadeira armadilha: o locador não se manifesta sobre as propostas e, ultrapassado o prazo para a propositura da ação, responde recusando-se à renovação ou apresentando contraproposta completamente abusiva.

Nessa hipótese, em que já não há mais a intervenção do Poder Judiciário, em razão da perda do prazo, dificilmente se poderá contar com a amizade ou boa-fé do locador e o locatário ficará exposto à aceitação das condições impostas por esse para permanecer no imóvel e manter assim o seu comércio.

Por isso, a locação imobiliária não pode ser tratada de forma simplista e o contrato deve ser analisado, preferencialmente, por profissionais com o mínimo de experiência no ramo. São inúmeras as sutilezas contratuais sobre o prazo contratual, valor do aluguel, multas e demais encargos, além do contexto em que está inserida a posse do imóvel, que podem acarretar consideráveis prejuízos e comprometer até mesmo a continuidade da atividade empresária.

* Flávia Anzelotti é advogada do Kurita, Bechtejew & Monegaglia Advogados – KBM Advogados