quinta-feira, 6 de março de 2014

IGP-M: aluguel com aniversário em março subirá 5,76%

Essa é a variação em 12 meses do indicador que corrige a maior parte dos contratos de locação residencial 
27/02/2014
IGP-M: aluguel com aniversário em março subirá 5,76%
O aluguel residencial em andamento com aniversário em março e correção pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), da FGV (Fundação Getúlio Vargas), será atualizado em 5,76%, o maior percentual de reajuste desde a correção do aluguel que aniversaria em agosto.
O IGP-M é um dos principais indicadores para reajustes contratuais por ser o primeiro a ser veiculado, ainda dentro do mês de referência. Assim, a divulgação da variação mensal de 0,38% no mês de fevereiro fecha o comportamento dos preços no período de 12 meses compreendido entre os meses de março de 2013 e fevereiro deste ano.
Para facilitar o cálculo do novo aluguel, o Secovi-SP (Sindicato da Habitação) divulga o fator de atualização, que será de 1,0576. Assim, para atualizar um aluguel de R$ 1.000,00, que vigorou até fevereiro de 2014, multiplica-se R$ 1.000,00 por 1,0576, o que resultará em R$ 1.057,60, o aluguel de março a ser pago no final de março ou início de abril.
Seguem os reajustes dos últimos meses:

Fatores de Reajustes de aluguel

Ø Contrato com aniversário em abril/13 e pagamento em maio/13: 1,0806
Ø Contrato com aniversário em maio/13 e pagamento em junho/13: 1,0730
Ø Contrato com aniversário em junho/13 e pagamento em julho/13: 1,0622
Ø Contrato com aniversário em julho/13 e pagamento em agosto/13: 1,0631
Ø Contrato com aniversário em agosto/13 e pagamento em setembro/13: 1,0518
Ø Contrato com aniversário em setembro/13 e pagamento em outubro/13: 1,0385
Ø Contrato com aniversário em outubro/13 e pagamento em novembro/13: 1,0440
Ø Contrato com aniversário em novembro/13 e pagamento em dezembro/13: 1,0527
Ø Contrato com aniversário em dezembro/13 e pagamento em janeiro/14: 1,0560
Ø Contrato com aniversário em janeiro/14 e pagamento em fevereiro/14: 1,0551
Ø Contrato com aniversário em fevereiro/14 e pagamento em março/14: 1,0566
Ø Contrato com aniversário em março/14 e pagamento em abril/14: 1,0576
Fonte: SECOVI

    sábado, 15 de fevereiro de 2014

    Secovi-SP divulga Balanço do Mercado Imobiliário 2013

    Ano entrará para a história do mercado de imóveis novos residenciais da cidade de São Paulo como um período pós-turbulência e de ajustes. O mercado ressurgiu com números acima da média dois últimos anos. 
    11/02/2014
    Secovi-SP divulga Balanço do Mercado Imobiliário 2013Divulgação Secovi-SP/Calão Jorge
    Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira, 11/2, o Secovi-SP (Sindicato da Habitação) divulgou os dados de lançamentos e vendas de imóveis novos residenciais em São Paulo em 2013, ano que passará para a história do mercado como um período pós-turbulência e de ajustes. De acordo com o departamento de Economia e Estatística do Sindicato, o mercado apresentou números acima da média em relação aos dois últimos anos.
    Vendas - A venda de unidades residenciais novas na cidade de São Paulo cresceu 23,6%, com 33.319 imóveis escoados em 2013, diante das 26.958 unidades vendidas em 2012.
    No segmento de 1 dormitório, foram vendidas 8.391 unidades em 2013, frente às 4.202 do ano anterior, resultado que praticamente dobrou a quantidade comercializada (99,7%) entre os períodos. O crescimento significativo ampliou a participação de 15,6% em 2012 para 25,2% em 2013.
    Em recursos, o total vendido no ano atingiu R$ 19,1 bilhões, um crescimento de 30,2% diante do volume de vendas de 2012 (R$ 14,7 bilhões).
    A oferta final de unidades remanescentes em produção no final de 2013 foi praticamente a mesma de 2012, com 19,7 mil unidades.
    Os dois primeiros trimestres de 2013 superaram as expectativas em temos de volume de vendas: 6,9 mil unidades (janeiro a março) e 10,6 mil unidades (abril a junho), respectivamente, 20,6% e 31,9% do total comercializado em 2013. Somados, esses dois trimestres representaram 52,5% do total das vendas. Historicamente, as vendas no primeiro semestre são menores – da ordem de 45,5%.
    Lançamentos - O volume de lançamentos residenciais na cidade de São Paulo cresceu 16,4% em 2013, com 33.198 unidades, contra as 28.517 unidades lançadas em 2012.
    Conforme dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), o grande destaque do ano passado foi o segmento de 1 dormitório, com 9.261 unidades e incremento de 92,9% comparado às 4.800 unidades lançadas em 2012.
    Considerando o período de 2004 a 2012, o segmento de 1 dormitório representava, em média, 8% do total lançado. Em 2013, houve um salto para quase 28% nessa relação.
    O líder em participação continua sendo o imóvel de 2 dormitórios: 40% em 2013, a mesma fatia verificada no período de 2004 a 2012.
    Região Metropolitana de São Paulo
    A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) registrou crescimento de 3,0% em lançamentos residenciais de 2012 para 2013, com 56.423 e 58.143 unidades, respectivamente. Esse crescimento foi “puxado” pela capital paulista, com 33.198 unidades lançadas (57,1% do total). Com 24.945 unidades, as 38 cidades restantes da RMSP registraram queda de 11% comparativamente a 2012 (27.906 unidades).
    As vendas na Região aumentaram 14,7%. Em 2013, o total vendido atingiu 58.370 unidades, ante 50.903 imóveis comercializados em 2012.
    Perspectivas para 2014
    Diante de um cenário que mescla fatos positivos e negativos da economia, considerando-se ainda os grandes eventos que afetarão o cotidiano do brasileiro em 2014 (Carnaval em março, Copa do Mundo em junho/julho e eleições majoritárias em outubro) e, regionalmente, a cidade de São Paulo, com uma possível alteração do Plano Diretor Estratégico, cujo Projeto de Lei está na Câmara de Vereadores para votação, a conclusão é de que o mercado imobiliário este ano deverá registrar volumes de lançamentos e vendas semelhantes aos registrados em 2013.
    Fonte Secovi
    http://balanco.secovi.com.br/2013-2/index.php

    quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

    Não Cometa Estes 10 Erros ao Comprar um Imóvel

    Quando decidimos comprar um imóvel, existem diversos fatores que podem transformar a realização desse sonho num pesadelo.
    Independente do imóvel ser novo ou usado, ainda assim é possível cometer erros no momento da compra, que podem causar grandes danos financeiros.
    Por essa razão, apresento a partir de agora 10 erros que você não deve cometer ao comprar um imóvel.

    Erro 1: Não verificar se a pessoa que está vendendo o imóvel é realmente o proprietário

    Muitos golpes são realizados desta forma.
    O filho, o cônjuge, sócio, inimigo ou até um bandido pode tentar vender um imóvel sem que o real proprietário saiba disso.
    Exija documentos originais e tire pessoalmente uma cópia atualizada da matrícula do imóvel com certidão de ônus no Cartório de Registro. O cartório vai te cobrar uma pequena taxa.
    Só deposite dinheiro na conta do verdadeiro dono. Ele aparece na matrícula que deve estar atualizada. Não confunda escritura com matrícula.
    O que vale é o que consta na matrícula que está no Cartório de Registro.

    Erro 2: Não verificar se o imóvel realmente pode ser vendido

    Existem situações onde o dono do imóvel não pode vender o imóvel. Se a venda ocorrer, ela poderá ser anulada por um juiz e você terá que correr atrás do prejuízo.
    Se o imóvel serve como garantia para o pagamento de alguma dívida, ele não pode ser vendido.
    Mais um motivo para você ir até o Cartório de Registro de Imóveis e solicitar a matrícula com certidão de ônus do imóvel.

    Erro 3: Não verificar se o proprietário está respondendo algum processo judicial ou é alvo de execuções extrajudiciais

    O proprietário pode estar respondendo processos na justiça para o pagamento de multas, indenização ou direitos de terceiros, que podem ser pessoas, empresas ou o governo.
    A primeira coisa que a pessoa mal intencionada pensa é em se desfazer rapidamente de todos os bens que possui. Isto dificultaria o pagamento de suas dívidas. Só que este procedimento é totalmente ilegal.
    Se você comprar o imóvel de uma pessoa nessa situação, a justiça pode anular a transação e você perderá o seu dinheiro.
    E pior, você pode ser acusado de ter ajudado o proprietário na operação criminosa. É o caso onde o comprador do imóvel sabe que está participando de um esquema.
    Você provavelmente terá problemas com a justiça já que a venda pode ser considerada ilegal.
    É fundamental verificar se a pessoa possui dívidas com o município, com o estado, governo federal, receita federal, justiça do trabalho, INSS, bancos, financeiras entre outros.
    Diversas entidades emitem certidões com base no CPF do proprietário. Você mesmo pode consultar estas certidões pela internet.

    Erro 4: Não verificar se o corretor é mesmo corretor e se está autorizado pelo proprietário a negociar o imóvel

    Os golpes promovidos por falsos corretores são muito comuns.
    Todos os anos, milhares de pessoas são pegas exercendo a atividade de corretor ilegalmente.
    Qualquer pessoa pode se passar por corretor se você não souber como identificá-lo.
    Pergunte o número do CRECI da pessoa que se diz corretor e verifique junto ao Conselho Regional de Corretores de Imóveis do seu estado.

    Erro 5: Não verificar se a esposa ou o marido concordam com a venda

    Infelizmente é comum, no caso de uma separação eminente, uma das partes resolva vender o imóvel sem que a outra fique sabendo.
    A mesma situação ocorre quando um herdeiro tenta se desfazer de um imóvel sem que os outros herdeiros estejam cientes. E isto é terrível porque você vai acabar se metendo no meio de uma briga familiar.
    Se a venda for feita sem a outra parte tomar ciência, o negócio pode ser anulado. Você fica sem o imóvel e ainda terá que correr atrás do seu dinheiro na justiça.
    Cuidado com a pessoa que possui procuração do marido, esposa ou herdeiros. Qualquer papel assinado em branco pode depois se transformar em uma procuração.
    Converse pessoalmente com o casal para verificar se os dois concordam com a venda.
    Na dúvida, solicite a certidão de casamento e verifique se o estado civil está atualizado na matrícula do imóvel.

    Erro 6: Comprar imóvel incompatível com o seu padrão de vida

    Não é porque a parcela cabe no seu bolso que você ficou rico e pode morar em um condomínio de alto padrão.
    Ao assumir um financiamento de longo prazo (35 anos), você estará sacrificando 35 anos da sua renda familiar.
    Terá que viver a mesma vida que levava antes com uma renda até 30% menor, ou seja, ficará 30% mais pobre.
    Muitas vezes, a simples mudança de um bairro mais barato para um bairro mais sofisticado já interfere no seu custo de vida.
    Mais lazer e conveniência significa um condomínio mais caro e menos dinheiro no seu bolso no final de cada mês.
    Antes de mudar de bairro e de moradia, avalie o impacto que isto pode gerar no seu custo de vida.

    Erro 7: Pensar no presente e esquecer o futuro

    Imagine que você resolveu comprar apartamento de apenas 45 metros quadrados financiado em 20 anos.
    Se você é solteiro, será que não vai querer casar nos próximos anos? Se você forma um casal sem filhos, será que não vai querer mais espaço nos próximos anos, quando as crianças nascerem?
    Um bom imóvel para você hoje pode não ser tão bom poucos anos depois. A nossa vida é composta por ciclos de mudanças. Você precisa de um planejamento de vida. Precisa prever suas necessidades futuras.
    O seu imóvel precisa se encaixar no seu plano de vida, e não a sua vida precisa se adaptar ao imóvel.
    Não pense só no “eu presente”. Pense também no “eu futuro”.
    Respeite o seu futuro. Isso evita muitos arrependimentos.

    Erro 8: Assinar o contrato sem ler ou sem entender o que está escrito

    Por favor, não assine nada sem saber o que está fazendo.
    Vão mandar você ler o contrato rapidamente e vão ficar olhando para sua cara. Você vai sentir vergonha por não estar entendendo nada do que está escrito. E você vai assinar um contrato com dezenas de páginas e cláusulas nebulosas sem estar plenamente consciente do que está fazendo.
    Não tenha vergonha de falar que não entendeu nada. Não tenha vergonha de perguntar. Não tenha vergonha de pedir a copia do contrato para levar para casa.
    É incrível o poder de uma caneta. Tome cuidado com a caneta. Não assine nada e não coloque a mão no bolso antes estar plenamente consciente do que está fazendo.
    É melhor gastar um pouco de tempo pesquisando, estudando, aprendendo, consultando outras pessoas para evitar problemas, do que passar o resto da vida tentando resolver problemas gerados por uma simples assinatura no final de um péssimo contrato.

    Erro 9: Fazer perguntas para as pessoas erradas

    Quando você sai do provador de uma loja de roupas e a dá de cara com a vendedora, você pergunta para ela se ficou bom? Acredita mesmo na resposta?
    É papel do sorveteiro avisar que comer muitos doces faz mal à saúde? É função do pipoqueiro alertar sobre os males do sódio na sua alimentação? É obrigação do banqueiro avisar que você só deve gastar aquilo que ganha?
    Então não espere muito dos que vendem um imóvel para você.
    O principal objetivo deles é fazer você comprar aquilo que estão vendendo. Todo esforço será feito para que você não tenha objeções. Tudo que possa gerar objeções tende a ser evitado por quem vende.

    Erro 10: Comprar imóvel sozinho, sem a participação de parentes e amigos

    A participação de sua família é importante.
    Os brasileiros normalmente compram 1 ou, no máximo, 2 imóveis durante toda vida.
    Por este motivo, são poucas as pessoas que possuem alguma experiência. Muitas vezes nos envolvemos emocionalmente com o imóvel que pretendemos comprar. É como uma paixão à primeira vista.
    Nosso cérebro nos sabota e afasta de nós todas as informações e ideias que possam nos fazer desistir da nossa paixão. Ficamos cegos.
    Temos uma tendência a minimizar a importância de problemas do imóvel, ao mesmo tempo, damos grande valor para tudo que nos conduza a adquirir o imóvel que estamos apaixonados. Ficamos mais burros diante da paixão.
    Todo esforço de venda e de marketing tenta envolver o comprador emocionalmente. E quando você compra utilizando apenas o lado emocional do seu cérebro acaba deixando o lado racional de fora das decisões.
    Permitir que membros da família, amigos e pessoas externas participem do processo será importante porque estas pessoas não estarão envolvidas pelas fortes emoções e podem detectar problemas graves no negócio.

    Conclusão

    Não compre imóveis sem estar plenamente preparado. Você encontrará, do outro lado da mesa de negociação, pessoas altamente preparadas para vender.
    Esteja preparado para comprar.
    Ao buscar se informar e adquirir conhecimento, é possível se livrar de furadas e até economizar milhares de reais.
    Fonte: queroficarrico.com

    sábado, 1 de fevereiro de 2014

    Secovi-SP debate proposta da Prefeitura de restringir vagas de garagem

    Plano Diretor Estratégico quer incentivar o uso do transporte público, diminuindo a quantidade de vagas nos novos empreendimentos imobiliários. Proposta foi debatida por especialistas do Secovi-SP, poder público e ITDP, de Nova York e do Brasil 
    29/01/2014
    Secovi-SP debate proposta da Prefeitura de restringir vagas de garagem Michael Kordansky, do ITDP-Nova York
    No Projeto de Lei 688/2013, que trata do novo Plano Diretor Estratégico de São Paulo (PDE) e que está na Câmara de Vereadores para discussões e votação, o prefeito Fernando Haddad quer limitar o número de vagas de garagem nos novos empreendimentos residenciais, como forma de inibir o uso de automóveis e, assim, melhorar o trânsito na cidade.
    Para debater se a medida terá eficácia e apresentar alternativas ao problema da falta de mobilidade, o Secovi-SP (Sindicato da Habitação) convidou o norte-americano Michael Kordansky, gerente de Pesquisas Urbanas do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP) de Nova York, para falar sobre as melhores práticas urbanas adotadas em diversas cidades do mundo, durante o Encontro Técnico “Plano Diretor: garagens, mobilidade e outras questões urbanas”, realizado dia 28/1, em parceira com o ITDP-Brasil.


    “As vagas de garagem dos empreendimentos residenciais se interrelacionam com a cidade, com os seus mecanismos e engrenagens”, disse Hamilton Leite, coordenador de Programas de Sustentabilidade e Eventos Culturais do Secovi-SP, na abertura do evento, com a certeza de quem estuda o tema há anos – ele fez uma apresentação no congresso LARES (Latin America Real Estate Society), em 2011, acerca da evolução do espaço destinado a automóveis em relação à área total construída dos edifícios de São Paulo.
    De mocinho a vilão - O pesquisador Michael Kordansky lembrou que as cidades descobriram as ameaças dos carros quando passaram a regularizar o uso do solo. De acordo com ele, as pessoas iam aos centros urbanos para trabalhar e voltavam para o interior. Como alternativa para solucionar os inúmeros deslocamentos motorizados, ocorreu a expansão da estrutura viária. Com isso, as cidades passaram a ser projetadas em função do automóvel.
    Copenhague, capital da Dinamarca, foi citada por Kordansky como exemplo positivo de devolução da cidade para as pessoas. “Nos anos 1960, ela abriu mão dos estacionamentos nas ruas para abrigar os pedestres. Foram criados espaços para os ciclistas e abriram o canal, que havia sido fechado, para criar mais vagas”, explicou.
    Na opinião de Kordansky, nos prédios residenciais as vagas são espaços que não atendem as crianças, os idosos e as pessoas com deficiência física. Para ele, esses locais deveriam ser destinados a serviços essenciais, como carga e descarga e ambulâncias. “Estacionamentos são espaços mortos. As cidades existem para as pessoas.”
    Em Boston, nos Estados Unidos, os empreendedores imobiliários não querem mais construir vagas em áreas valorizadas, conforme Kordansky; e na Cidade do México, foi criado um medidor para taxar os veículos que estacionam nas ruas, o EcoPark. “São seis mil espaços formalizados de estacionamentos e os usuários pagam antecipadamente. O serviço é fiscalizado por um casal, e 100% do valor arrecadado são direcionados para a melhoria do espaço público”, concluiu Kordansky.
    São Paulo – De janeiro de 2002 a novembro de 2013, foram construídas mais de 590 mil vagas de garagem na cidade de São Paulo. Considerando que, anualmente, são lançadas, em média, 30 mil novas unidades residenciais no município, chega-se a um volume de 49 mil vagas de estacionamento por ano, ou seja, 1,62 vagas por apartamento. A conta foi apresentada por Eduardo Della Manna, diretor-executivo da vice-presidência de Assuntos Legislativos e Urbanismo Metropolitano do Sindicato. A concentração maior de espaços para estacionar deu-se nos distritos da Vila Andrade, do Itaim Bibi e Tatuapé. No mesmo período de 12 anos, foram entregues 39.992 unidades não residenciais e 58.472 vagas, ou seja, 1,46 vagas por sala de escritório.
    Porém, em 10 anos, o PIB (Produto Interno Bruto) per capita na cidade cresceu 157% - um salto de R$ 13,4 mil para R$ 34,3 mil; o crescimento populacional foi de 8%; o de domicílios, 20%; e da frota de veículos, 61%. A diferença entre o volume de domicílios e o de carros nas ruas chega a 205%.
    Crise mundial – Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP, lembrou que a entidade debate o tema “mobilidade urbana” há pelo menos oito anos. “Este problema é sério, pois o transporte público é ineficiente. A adoção de novos modelos de ocupação urbana ao longo dos eixos, conforme proposto no PDE, é parte da solução. No entanto, é preciso ver se o mercado consumidor aceitará a limitação de vagas e quais serão os efeitos colaterais”, questionou o dirigente, completando que não há dúvidas sobre a necessidade de trabalhar rapidamente para que a cidade não pare completamente. “Porém, consideramos imprescindível um período de transição, para que todos possam se ajustar às novas condições.”
    Fernando de Mello Franco, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, disse que a maior crise mundial é a de mobilidade urbana, pois o problema não é de ordem econômica ou ideológica, mas Física. “Dois corpos não ocupam o mesmo lugar”, brincou.
    Ele citou a Rússia como exemplo. “Lá, há rede de avenidas com 12 faixas e, mesmo assim, o modelo de cidade é difuso e disperso, onde 80% da área urbana não têm restrição ao número de espaços para estacionamento de carros.”
    A proposta de diminuir o número de vagas nos novos empreendimentos dentro do Eixo de Estruturação da Transformação Urbana – áreas lindeiras às linhas de transporte público existentes –, contida no PL do PDE, é um primeiro movimento no sentido de solucionar a falta de mobilidade na cidade de São Paulo, de acordo com o secretário. “O projeto do Centro Cultural Moreira Salles, na avenida Paulista, está esperando a aprovação do PL, porque não quer oferecer vagas de garagem.” Porém, é preciso que a prefeitura e o governo do Estado invistam no sistema de transporte, por meio de uma política pública articulada.
    Cidade compacta – O vereador Nabil Bonduki, relator do PL, defendeu durante os debates a construção de uma cidade com usos mistos, distâncias menores e misturas de classes sociais. “O amplo acesso aos bens de consumo tende a se expandir ainda mais e atingir todas as parcelas da população. Uma cidade compacta vai reunir mais pessoas, em um volume maior de espaço construído. Temos de lembrar que o número de domicílios é maior do que o crescimento populacional.”
    Na opinião de Bonduki, o modelo de uso de automóvel individual funcionou quando se restringia a compra do carro à determinada faixa de consumidor. A ampliação dos financiamentos de automóveis e os benefícios fiscais às montadoras ajudaram a aumentar a quantidade de veículos nas ruas. “Conscientes dessa realidade, queremos estimular o uso racional do carro, razão pela qual estamos propondo a diminuição do número de vagas de garagens. Com um menor crescimento horizontal da cidade e a ampliação dos usos dos empreendimentos, ganharemos em áreas para ofertar transporte público”, defendeu o vereador.
    Pedágio urbano – Ricardo Yazbek, vice-presidente de Assuntos Legislativos e Urbanismo Metropolitano do Secovi-SP, disse que em um curto espaço de tempo a prefeitura quer implantar uma nova tendência de vida no município. “Este modelo parece ser o desejado por todos. No entanto, precisamos de um período de transição para que haja a troca do carro pelo transporte coletivo. As vagas nos residenciais são feitas porque há demanda. E, antes da mobilidade, o cidadão quer a segurança que o Estado não provê. Particularmente, sou favorável ao pedágio urbano, com investimento dos recursos arrecadados em transporte urbano”, defendeu o dirigente.
    O empreendedor imobiliário, na explicação de Yazbek, detecta o comportamento humano e atende às suas expectativas e necessidades. “Vamos deixar espaço no PDE para mudanças futuras”, propôs.
    Segurança e mobilidade urbana podem ser reguladas pelo mercado (empresário e consumidor), na opinião de Basilio Jafet, presidente da Fiabci/Brasil (Federação Internacional das Profissões Imobiliárias) e vice-presidente de Desenvolvimento do Sindicato da Habitação. “O crescimento urbano sustentável de São Paulo é muito inferior se comparado ao das cidades asiáticas, que têm enorme adensamento e rede interligada de transporte público.” Para ele, o pedágio urbano pode ser uma boa alternativa.
    Parceria pela mobilidade – Esta não é a primeira vez que o Secovi-SP realiza eventos de grande interesse público em parceria com o ITDP-Brasil. A primeira iniciativa conjunta foi o concurso cultural “A Cidade Somos Nós – Propostas para a São Paulo de 2030”, que contemplou, em 2011, seis trabalhos, dentre 106 inscritos, nos quais foram apresentadas as mais criativas propostas para uma área de intervenção compreendida entre a Praça da Bandeira e suas conexões com o Largo São Francisco, Praça do Patriarca e Câmara Municipal, num total de 500 metros de entorno a partir do terminal de ônibus existente no local, e com base nos “10 Princípios da Mobilidade Urbana Sustentável”.
    Em 2012, foi criado um Grupo de Trabalho com representantes do Sindicato e do Instituto voltado ao estudo de uma Política de Estacionamento.
    Helena Orenstein, presidente do Conselho Consultivo do ITDP-Brasil, participou dos debates, que foram mediados por Hamilton Leite.
    Fonte: Secovi

    terça-feira, 21 de janeiro de 2014

    Antes de Comprar: Descubra tudo que envolve a comprovação de renda na compra de um imóvel na planta

    Quando um imóvel é adquirido na planta pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação), um dos pontos importantes a verificar no momento da compra é a comprovação de renda. O potencial de financiamento é, em geral, verificado pelo incorporador na assinatura do contrato. No repasse com o agente financeiro, ou seja, quando o comprador for contratar o financiamento após a conclusão da obra, esta comprovação deve ser formalizada diretamente com o banco.
    Abaixo estão algumas dúvidas com respostas que podem ajudar a esclarecer pontos sobre a comprovação de renda para a compra do imóvel próprio.

    Como é feita a comprovação de renda no momento da compra?

    Muitas incorporadoras exigem uma comprovação formal, inclusive, pedem documentos que confirmem a renda declarada. Há casos em que não é solicitado nenhum tipo informação quanto à renda do comprador ou em algumas situações quem está adquirindo deve apenas informar sua renda. O importante é estar consciente de que a forma de comprovar ou a exigência de comprovação varia de acordo com a empresa.


    Em casos quando a comprovação não é realizada na hora da aquisição, esses documentos não são pedidos em primeira instância porque até o empreendimento ficar pronto - o que deve acontecer dentro de dois a três anos, aproximadamente,- o comprador pode mudar de emprego ou passar por alguma situação que interfira em seus rendimentos.

    Como fazer a comprovação de renda no financiamento?

    Os documentos exigidos variam de banco para banco. Mas, normalmente, são solicitados conforme a ocupação do cliente:

    Trabalhadores contratado em regime CLT, funcionários públicos e aposentados

    Na maioria dos casos deverão ser apresentados os três últimos holerites.

    Profissionais liberais e autônomos

    A maior parte dos bancos exige que o comprador entregue o extrato bancário dos seis meses anteriores e/ou a declaração do Imposto de Renda.

    Uma segunda pessoa pode ajudar a compor a renda?

    Em geral, os bancos aceitam a composição de renda do cônjuge atual, incluindo os casos de união estável, noivos ou namorados. Na Caixa Econômica Federal, por exemplo, não há limite de pessoas, nem exigência de grau de parentesco. Porém, a análise é feita caso a caso.

    Quais dicas para não ter problema no momento de comprovar a renda?

     Evite novos endividamentos. A compra de um carro, por exemplo, vai comprometer a sua renda e possivelmente a aprovação do financiamento.
     Quando o momento do repasse estiver se aproximando, busque não mudar de emprego, pois é um período de experiência, que pode gerar instabilidade nos seus ganhos.
     Faça uma compra consciente: as parcelas do financiamento comprometem cerca de 30% da sua renda.
     Organize-se para reunir as documentações de remunerações extras - como alugueis e trabalhos temporários - ou esporádicas, como bônus, participação nos lucros e etc.

    Fonte: Tib news
    http://www.tiberio.com.br/Blog/antesComprar/veja-como-comprovar-renda-na-compra-de-um-imovel-na-planta

    quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

    Vendas de imóveis residenciais novos crescem em São Paulo

    De acordo com a Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP, em novembro de 2013 a comercialização de unidades foi 28,6% superior à do mês de outubro 

    10/01/2014
    Vendas de imóveis residenciais novos crescem em São Paulo
    A venda de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo fechou em alta no mês de novembro de 2013 e confirmou a expectativa de crescimento prevista no segundo semestre do ano pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
    De acordo com a Pesquisa do Mercado Imobiliário elaborada e divulgada mensalmente pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, foram vendidas em novembro 2.777 unidades, volume 28,6% maior que o observado no mês de outubro, que registrou 2.160 vendas.
    Monetariamente, a comercialização de novembro do ano passado foi de R$ 2,02 bilhões, resultado 79,8% maior que o do mês anterior, quando as vendas somaram R$ 1,12 bilhão.
    Destaques de novembro – Durante o lançamento – período que corresponde aos seis primeiros meses de oferta das unidades no mercado –, foram vendidas 2.332 unidades, representando 84,0% do total comercializado durante o penúltimo mês de 2013.
    Unidades de três dormitórios destacaram-se com as vendas de 1.044 unidades, ou seja, 37,6% do volume total. Novembro foi o segundo melhor mês do ano para imóveis dessa tipologia, ficando atrás apenas de junho, quando foram escoados 1.081 apartamentos.
    Apesar do destaque, imóveis de dois dormitórios lideraram as vendas de novembro, com 1.124 unidades comercializadas e participação de 40,5% do total.
    O indicador VSO (Vendas Sobre Oferta) acumulado no período de dezembro de 2012 a novembro de 2013 foi de 63,5%, relativamente inferior aos 66,3% de outubro de 2013, porém superior ao registrado em novembro de 2012 (58,7%) e dezembro de 2012 (56,7%).
    A oferta final do mês de novembro de 2013 foi de 18.701 unidades, segundo maior volume registrado no ano, ficando atrás somente de março (18.883 imóveis).
    Lançamentos residenciais na Capital – De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio), foram lançadas 4.997 unidades residenciais novas em novembro de 2013. Comparativamente às 2.954 lançadas em outubro, o crescimento foi de 69,2%. Esse foi o melhor resultado em termos de volume de lançamentos registrado desde dezembro de 2011, mês em que foi ofertado o volume recorde de 7.240 unidades novas.
    Diferentemente das vendas, os imóveis de três dormitórios representaram o maior número de lançamentos no mês de novembro, com 1.932 unidades e participação de 38,7% do total. Em seguida, vêm os apartamentos de dois dormitórios, com 1.817 lançamentos (36,4%).
    Lançamentos residenciais na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) – A Região Metropolitana de São Paulo, que é composta por 39 municípios e a Capital, foi responsável por 6.375 vendas em novembro de 2013, resultado 38,1% superior ao de outubro do mesmo ano, com 4.616 unidades.
    Destaques da RMSP – Os lançamentos atingiram 8.805 unidades novas, um crescimento de 30,4% em relação a outubro (6.750 imóveis).
    Imóveis de dois dormitórios apresentaram o maior volume de lançamentos, com 4.736 unidades novas e participação de 53,8% do total, e de vendas, com a comercialização de 4.011 unidades (62,9% do total).
    Considerações Finais – As quase cinco mil unidades lançadas na cidade de São Paulo no mês de novembro do ano passado comprovam a capacidade de o empreendedor imobiliário desenvolver produtos aderentes à demanda trazida por um novo tipo de comprador. “Esse foi o melhor resultado dos últimos 23 meses”, afirma Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
    Novembro de 2013 representou a retomada dos apartamentos de três dormitórios, tanto em volume de lançamentos quanto de vendas. “Esse tipo de produto representou, aproximadamente, 40% da oferta total”, lembra Petrucci, completando que a cidade de São Paulo participou com 56,8% dos lançamentos da RMSP, e 43,6% das vendas.
    “Mesmo com o alto custo da terra, as empresas do mercado estão formatando produtos adequados à demanda e ao poder aquisitivo dos compradores. Se o Plano Diretor Estratégico, que está na Câmara de Vereadores, aprimorar os mecanismos de incentivo à produção imobiliária, a tendência é que possamos ter maior oferta de produtos, o que é bom para o mercado”, opina Claudio Bernardes, presidente do Sindicato da Habitação.
    Para os dirigentes da entidade, os resultados de novembro de 2013 fortalecem as expectativas de fechar o ano com 33 mil novas unidades lançadas, e chegar a um volume de vendas entre 34 mil e 35 mil unidades. “Acreditamos que o comportamento do mercado imobiliário em 2014 será bastante próximo ao do ano passado. Apesar de tantos eventos importantes, como Copa do Mundo e eleições, esperamos um crescimento de 5% a 10%, tanto para vendas quanto para lançamentos”, conclui Bernardes.
    Fonte: Secovi

    sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

    Apartamento em Ipanema é anunciado por R$ 66 milhões

    Os altos preços de imóveis no Rio não são novidade, mas recentemente um anúncio chamou a atenção de especialistas no mercado carioca e abriu discussão sobre a especulação no setor.
    Um apartamento de 560 m² com quatro quartos no edifício Cap Ferrat, em Ipanema (zona sul), foi anunciado por R$ 66 milhões em um site estrangeiro -R$ 118 mil por m².
    Editoria de arte/Folhapress
    Com vista para o mar, o imóvel é quase quatro vezes mais caro do que a casa, em um dos endereços mais exclusivos de Miami, escolhida pelo ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira como refúgio após a saída do comando do futebol brasileiro.
    No mesmo site, o James-Edition, com sede na Suécia, é anunciado por € 15 milhões (R$ 48 milhões) um apartamento de 578 m² em Paris, próximo à igreja Notre Dame -€ 5 milhões (R$ 16 milhões) menos do que o apartamento de Ipanema.
    "É um prédio de grife [o Cap Ferrat]. Mas não vejo justificativa para esse valor, a não ser que tenha sido construído no apartamento um palácio, com piso de ouro ou diamante", afirma o vice-presidente do Secovi Rio (sindicato da habitação), Leonardo Schneider.
    O prédio, localizado no número 564 avenida Vieira Souto, tem amplas varandas e um apartamento por andar -são 17. Entre seus moradores e ex-moradores estão os empresários Alexandre Accioly (dono das academias Body Tech) e André Esteves (do BTG).
    O preço médio do m² em Ipanema era de R$ 19.651 em dezembro, segundo o Secovi Rio. O valor sobe para até R$ 45 mil nos prédios da orla, diz Schneider. No caso do Cap Ferrat, um dos condomínios mais valorizados da cidade, atinge R$ 60 mil -o que faria o imóvel custar R$ 33 milhões.
    O anúncio foi retirado do site recentemente. A reportagem apurou que isso ocorreu diante da grande repercussão sobre o preço. Outro apartamento no mesmo edifício foi anunciado em um site brasileiro por R$ 37 milhões.
    Frederico Judice Araujo, sócio-diretor da imobiliária Judice & Araujo, diz que no mercado carioca são comuns negócios entre R$ 15 milhões e R$ 30 milhões. São, por exemplo, casas no ponto mais sofisticado do Leblon (também na zona sul), o Jardim Pernambuco, com área construída entre 500 m² e 700 m².
    Fachada do edifício Cap Ferrat (prédio mais alto), em frente à praia de Ipanema, no Rio

    Fonte: Folha São Paulo

    Levantamento do Secovi-SP mostra que inadimplência em condomínio continua em declínio

    Em novembro, foram ajuizadas 722 ações de cobrança na capital paulista, contra 808 casos no mês anterior 
    02/01/2014
       Levantamento do Secovi-SP mostra que inadimplência em condomínio continua em declínio
    Pelo segundo mês consecutivo, o levantamento realizado pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo mostra queda no número de ações de cobrança por falta de pagamento da taxa condominial na capital paulista.
    O Tribunal recebeu 808 processos em outubro e 722 ações em novembro, o que equivale a diminuição de 10,6%. Na comparação com novembro de 2012 (894 registros), a redução foi de 19,3%.
    Também houve recuo no acumulado do ano. De janeiro a novembro, foram protocoladas 9.124 ações, diante de 9.833 no registradas no mesmo período de 2012, o que representa queda de 7,2%.
    Conforme explica Hubert Gebara, vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Sindicato e diretor do Grupo Hubert, dentre os fatores que contribuíram para reduzir as pendências, estão os acordos extrajudiciais, que surtem efeito na maioria das vezes.
    “Os inadimplentes preferem negociar e parcelar”, afirma o dirigente, acrescentando que, para o condomínio, é melhor receber parcelado do que esperar anos por um resultado na Justiça.
    Gebara reitera a importância de os síndicos e administradoras reforçarem as negociações amigáveis. “Devemos encerrar o ano com menos ações que as 10.500 registradas no ano passado”, prevê o vice-presidente do Secovi-SP.
    Histórico – Em 2006, foram protocoladas 17,2 mil ações judiciais por falta de pagamento de condomínios nos fóruns da cidade de Paulo. Esse número caiu para 15,9 mil em 2007 e manteve a tendência de queda em 2008, com 13,1 mil registros. Em 2009, o volume diminuiu ainda mais, chegando a 11,4 mil ações. Sofreu ligeiro aumento em 2010 (11,8 mil casos) e despencou para 9,9 mil ações em 2011. Em 2012, foram ajuizados 10,5 mil processos.

    sábado, 4 de janeiro de 2014

    Aumento do IPTU chega a 670% para imóveis em São Sebastião

    O ano de 2014 começou "salgado" para veranistas e moradores do litoral norte de São Paulo. Em São Sebastião, eles foram surpreendidos com aumento entre 40% e 670% no valor do IPTU.
    Para tentar reverter a situação, os frequentadores da região dizem que vão seguir o exemplo da capital e levar o caso à Justiça. Uma decisão judicial do fim do ano passado suspendeu em São Paulo a correção de valores proposta pelo prefeito Fernando Haddad (PT).
    A reportagem teve acesso aos boletos de alguns moradores que comprovam a alta do imposto, considerada "abusiva" por quem tem casa em São Sebastião e pelos próprios caiçaras, que têm medo de serem obrigados a deixar a região por não poderem arcar com o reajuste.
    Bruno Poletti/Folhapress
    Eronides Braz, 70, que vai pagar 260%a mais de IPTU pela sua casa em Barra do Una
    Eronides Braz, 70, que vai pagar 260%a mais de IPTU pela sua casa em Barra do Una
    O maior aumento identificado foi de um imóvel na Paúba, que o proprietário, em 2013, pagou R$ 1.705,97 de IPTU. Neste ano, ele terá que desembolsar R$ 13.129,34.
    Os donos de casas já falam em repassar o reajuste para os aluguéis de temporada, o que pode afugentar os turistas em pleno verão.
    Frequentadores das praias da costa sul vão enviar cópias dos boletos ao Ministério Público, questionando o reajuste. Também foi organizado um abaixo-assinado e um protesto, previsto para o dia 7, no centro.
    O ex-prefeito e presidente do PMDB local, Juan Garcia, diz que vai entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade na semana que vem para resolver o caso. "Se na capital se fez um tremendo rebu, e o aumento era de até 40%, imagina aqui no litoral", compara.
    Editoria de Arte/Folhapress
    Para o empresário Alfredo Pinho, 58, do sertão de Juqueí -com 80% de aumento estampado no carnê-, o reajuste não condiz com a estrutura de muitas praias. "Moro numa rua em que não passa nem o lixeiro e cobram até a taxa de lixo [junto do IPTU]."
    Eronides Braz, 70, que mora numa casa modesta de 72 m² na Barra do Una, onde nasceu, levou um susto ao ver o aumento de 260%. Aposentado, ele vive com R$ 1.500 mensais e diz não ter como bancar o valor, reajustado de R$ 782 para R$ 2.818 -alta motivada pela correção do preço do terreno, de 253 m².
    "Como uma pessoa de baixa renda vai pagar esse aumento? Querem expulsar os caiçaras daqui", diz Rodrigo Sulina, da Associação Comunitária Amigos de Cambury.
    Em nota, a prefeitura diz que há 11 anos não havia atualização, e que o reajuste ocorreu só para o valor venal dos terrenos -os imóveis foram corrigidos pela inflação. O prefeito Ernane Primazzi (PSC) afirma que "havia muitas situações irreais e valores completamente defasados" e que "está pensando nas receitas do município para o futuro". Segundo ele, o reajuste também compensará a gradativa redução de arrecadação do município, como as perdas estimadas de R$ 5 milhões mensais em royalties.
    Os descontos também aumentaram, de acordo com a prefeitura -de 10% para 20% no pagamento à vista.
    Fonte: Folha São Paulo